30
DE JULHO
SÃO
LEOPOLDO MANDIC - 1866-1942
Leopoldo
Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais,
católicos fervorosos, batizaram-no com o nome de Bogdan, que significa
"dado por Deus".
Desde pequeno
apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e
determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos
primários na aldeia natal.
Nessa época, a
região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso marcado por profundas
divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito
católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos
Orientais com Roma.
Aos dezesseis
anos, ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Udine, Itália, adotando
o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os
estudos em 1890.
Sua
determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos
cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas não em missão definitiva. Leopoldo foi
destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos por causa da saúde
precária.
Ele era
franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos.
Com grande espírito de fé, submeteu-se à obediência de seus superiores.
Iniciou, assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No
início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se
tornou "o gigante do confessionário".
A cidade de
Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua basílica
que repousam os restos mortais de santo Antônio. Leopoldo dedicava quase doze
horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes, suas palavras
eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor
a Cristo.
Sua fama
correu, e todos o solicitavam como confessor. Foi quando ele percebeu que o seu
Oriente era em Pádua. E
fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta
e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e
frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda
a sua agonia alegremente a Deus.
Frei Leopoldo
Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral
provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo
beatificado em 1976.
O papa João
Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do
confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os
que se dedicam ao ministério da reconciliação.
São comemorados também, neste
dia: São Pedro Crisólogo, São Everaldo Hanse, Santa Julita e Santa Maria de
Jesus Sacramentado Venegas.
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