sexta-feira, 14 de setembro de 2012

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ



14 DE SETEMBRO
                   EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

Para seus oponentes, a crucificação de Cristo tinha como objetivo principal a humilhação e, conseqüentemente, o esquecimento por parte da população daquele que se dizia o Messias.
Porém, as coisas não deram certo para os infiéis, pois a humilhante crucificação foi vista pelos fiéis como a prova de resignação e humildade do Cristo. O suplício infame acabou tornando a cruz um dos símbolos máximos da religião cristã. Dessa forma, seus inimigos viram fortificar-se ainda mais a fé naquele que, ressuscitado, se tornaria o Rei dos reis.
Por isso, se comemora e se exalta a santa cruz, como uma das grandes solenidades da Igreja. Essa festa foi celebrada pela primeira vez no ano 335. Em 615, os exércitos persas invadiram e saquearam a Palestina, levando com eles vários troféus, dentre os quais, a parte principal da cruz em que Jesus havia sido crucificado. Inconformado com o roubo da santa cruz, o imperador de Constantinopla, Heráclito, combateu os persas vencendo-os e recuperando a relíquia, que ele mesmo fez questão de reconduzir a Jerusalém, carregando-a nos ombros. Com esse ato, Heráclito tornou o dia 14 de setembro de 628 um dia de triunfo e alegria para os cristãos. Dessa forma a cruz, que a princípio tinha o objetivo de ser um símbolo de derrota e humilhação, hoje é usada e venerada por todos os que crêem em Jesus. Nos momentos alegres e nos tristes, a cruz está e estará sempre presente, acompanhando por séculos a humanidade.

Santa Cruz: Santa Helena e a Veneração a Santa Cruz
A veneração a Santa Cruz remonta ao ano de 292, quando a imperatriz Helena, esposa de Constâncio Cloro, perseguida pela obsessão de encontrar a Cruz de Cristo, pediu ao imperador autorização para demolir o templo dedicado a um dos deuses do império romano, construído no monte Calvário, uma vez que estava convicta de encontrar a relíquia debaixo do grande templo.
Conseguida a autorização, mobilizou muitos obreiros, tendo encontrado os escombros do templo não uma, mas três cruzes, deduzindo que uma deveria corresponder a Cristo e as outras a cada um dos ladrões, com as quais haviam sido crucificados. Como saber qual das cruzes seria a de Jesus?
Diz-nos a lenda que Helena ordenou que trouxessem perante si um defunto, que encontrara prestes a ser sepultado, sobre o qual foram colocando cada uma das cruzes. Ao tocar uma delas, o defunto recuperou a vida. A dúvida havia-se dissipado: esta era a cruz em que morreu o Redentor do mundo.
Por esta razão a imperatriz Helena foi canonizada, e se venera como Santa Helena da Cruz (ou Santa Cruz). Com a morte de Constâncio Cloro, foi proclamado imperador seu filho Constantino, que tomou a Cruz como símbolo protetor, o qual a levaria em todas as batalhas.
A mesma Cruz que seria colocada na sua coroa. Já no século VII, no império romano do oriente, no ano de 611, o rei persa Cosroes II levou a cabo as conquistas das províncias bizantinas orientais, com um poderoso exército, arrasando a Síria e Jerusalém, que viria a cair em suas mãos no ano de 614.
A Igreja do Santo Sepulcro, erigida por Constantino, seria saqueada e incendiada pelos invasores, levando consigo, entre tantas relíquias, a Santa Cruz. Esta seria recuperada pelo imperador Heraclio, que pessoalmente a conduziria a Jerusalém, a 21 de Março de 630, segundo o relato do historiador armênio Sebeos "História do Império Heráclito".
A sua festa teria lugar a 3 de Maio, desconhecendo-se, porém, a razão desta data.
A devoção a Santa Cruz construir-se-ia entre os séculos II e VII, estendendo-se a todo o mundo cristão. Também aqui chegaria alguns séculos mais tarde, talvez na centúria de Quatrocentos.
Porque também aqui se erguia um singelo templo, de invocação a Santa Helena, a mesma que emprestaria o seu nome à aldeia, num sinal de humildade, testemunhando uma vez mais, as qualidades demonstradas em vida.
São comemorados também nesta data: São Materno de Colônia, Santa Rósula e Santa Noteburga.

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