06
DE SETEMBRO
SÃO
LIBERATO DE LORO - SÉC. XIII
Liberato
nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à
nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem
Liberato, ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria,
abandonou toda riqueza e conforto para seguir a vida religiosa. Renunciou às
terras e ao título de senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio, em
favor de seu irmão Gualtério, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.
Ordenado
sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações
contemplativas, retirou-se ao pequeno e ermo Convento de Sofiano, não distante
do castelo de Brunforte.
Lá, vestiu o
hábito da Ordem dos Frades Menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes
valeu-lhe a fama de santidade.
Em
"Florzinhas de são Francisco", encontramos o seguinte relato sobre
ele: No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena
comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as
orações chegava a elevar-se do chão. Por onde andava, os pássaros o
acompanhavam, posando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente.
Amigo da
solidão, raramente falava, mas, quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos
anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, à penitência e à oração
contemplativa. Os demais irmãos dedicavam-lhe grande consideração.
Quando atingiu
a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Caiu
gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada;
por outro lado, recusava-se a receber tratamento com medicina terrena,
confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na sua abençoada Mãe.
Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava, em oração,
preparando-se para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande
multidão de anjos, aproximou-se de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande
consolo e alegria de alma e de corpo, e suplicou-lhe, em nome de Jesus, que o
levasse para a vida eterna, se tivesse tal merecimento. Chamando-o por seu
nome, a Virgem Maria respondeu: "Não temas, filho, que tua oração foi ouvida,
e eu vim para confortar-te antes de tua partida desta vida".
Assim frei
Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.
No século XV,
o culto a Liberto de Loro era tão vigoroso que nas terras dos Brunforte recebeu
autorização para ser chamado são Liberato. Até o novo convento, construído, por
ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram, também, uma
igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato.
Porém só no
século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o
seu culto foi reconhecido pelo papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica
para ser chamado santo.
A festa de são
Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 6 de setembro, quando suas
relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário
de São Liberato, na sua terra natal.
São
comemorados também neste dia: São Ledo, São Mansueto e São Beltrão.
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