MARIA, PESSOA DA AMIZADE DE DEUS
Maria era uma
pessoa da amizade de Deus. Era uma pessoa íntima do Senhor e isso nós vemos
pela maneira com que o Anjo a cumprimentou com muita intimidade, quando disse: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é
contigo” (Lc 1,28).
E nós, todas as vezes que repetimos a oração da Ave
Maria, cumprimentamos Maria com uma saudação toda especial vinda do céu, da
parte do Senhor Nosso Deus. Todas as vezes que repetimos: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo”, dizemos: “eu te saúdo, Maria, porque és a criatura
preferida de Deus que te encheu de presentes, graça e santidade, e, por isso,
mereceste ser escolhida a mãe do Salvador, a mãe do Filho de Deus, a mãe de
Deus, e Deus está por todo o sempre contigo.”
Assim como Jesus Cristo, o
Filho de Deus, Deus portanto, é filho de Maria, nós também deveríamos
nos esforçar para sermos também filhos de Maria, irmãos de Jesus Cristo.
Assim como Jesus, como filho, amou Maria como mãe, nós também, a exemplo de
Jesus deveríamos amar Maria; será que
Jesus, como filho legítimo de Maria que é, não ficaria contente e feliz por ver
sua mãe amada por todos aqueles que dizem que o amam também???
Mas o amor, a
devoção que consagramos à Maria é fraca, escassa, mesquinha, deturpada pela
nossa ignorância religiosa que muitas vezes chega às raias da heresia.
Como
gostaria de mostrar a todos os cristãos, adoradores de Jesus Cristo Deus, como
Maria realmente foi: sem tronos e sem coroas, sem mantos, apenas uma mulher
simples, uma simples dona de casa, de avental, cabelos em desalinho pelo
trabalho doméstico e quotidiano e olhos lacrimejantes pela fumaça ardida da
lenha que arde no fogão.
Gostaria de mostrar uma Maria tão pequena e humilde
que todos os que chegássemos a ela, sentíssemos-nos à vontade junto dela. Infelizmente
a nossa ignorância tira de Maria todo o esplendor de sua humildade. E é por
essa razão que Jesus Cristo não é tão amado como deveria ser: é por não amarmos
Maria como deveríamos amá-la que os homens não se convertem; por não conhecer
Maria como ela foi na realidade de sua pobreza na pobre casa de Nazaré, e de
sua humildade suprema, fazendo-se “...escrava do Senhor” (Lc 1,38).
Enfeitamos
demais a figura de Maria quando, na realidade, ela quer ser somente o caminho
mais curto que nos leva até Jesus, seu Filho.
O Senhor Nosso Deus a escolheu
pobre e humilde e, dentro de sua pobreza e humildade ela não se engrandeceu por
ter sido escolhida a mãe do Filho de Deus, muito pelo contrário, se
auto-proclamou “...escrava do Senhor”. (Lc 1,38).
E, consciente da sua
responsabilidade perante o universo, Maria eleva ao Senhor um dos mais belos
cânticos já feito, em forma de oração e agradecimento ao Senhor, quando diz: Minha alma glorifica o senhor, e o meu
espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque lançou os olhos para a humildade
de sua serva; portanto, eis que de hoje em diante, todas as gerações me
chamarão bem-aventurada, porque o Todo Poderoso fez em mim grandes coisas, o
seu nome é santo. E sua glória perdura de geração em geração, para aqueles que
o temem. Agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de coração
orgulhoso, depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou, cumulou de
bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias, socorreu Israel, seu
servo, lembrando de sua misericórdia, - conforme prometera a nossos pais - em favor de Abrahão e de sua descendência
para sempre”. (Lc 1,46-55).
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