X DOMINGO DO TEMPO COMUM
“NÃO CHORE!” (Lc 7,13b).
Diácono Milton Restivo
Finalizadas as
comemorações do Tempo Pascal retomamos ao Tempo Comum que teve reinício
imediato na segunda-feira após as festividades de Pentecostes. A festa da
Santíssima Trindade, está inclusa no Tempo Comum, ou seja, este ano teria sido
o VIII Domingo de Tempo Comum. A liturgia, no Tempo Comum se veste de verde,
cor da esperança, da expectativa e da caminhada com Jesus Cristo, bebendo de
seus ensinamentos, mostrando-nos um Deus que se faz presente nas coisas mais
simples dos seus filhos amados e da sua criação.
O Tempo comum
compreende trinta e três ou trinta e quatro semanas e é dividido em duas partes: a primeira parte fica
compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, sendo que a Quaresma é um
momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de
Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento.
O Tempo Comum é o momento do cristão colocar em
prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo
Jesus disse, ser “sal da terra e luz do
mundo”: “Vocês são o sal da terra.
Ora, se o sal perde o sabor, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais
nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz
do mundo. Não pode ficar escondida uma
cidade construída sobre o monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la
debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para
todos os que estão em casa”. (Mt 5,13-15).
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para
celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos. O Tempo Comum é um
período que não destaca grandes festas litúrgicas, sem grandes acontecimentos.
É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É
tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo
Reino." (CNBB - Documento 43, 132).
Na liturgia da
Palavra deste décimo domingo de Tempo Comum, tanto na primeira leitura como no
Evangelho, transparece o poder, a sensibilidade, a misericórdia e o amor de
Deus ao fazer voltar à vida aquele que estava morto.
Na primeira
leitura o profeta Elias, como instrumento de Yahweh, devolve à mãe sofrida, que
era viúva (1Rs 17,9.10), seu filho que havia morrido. Desta forma Yahweh
confirma Elias como seu profeta pela maneira como a viúva o agradeceu: “Agora vejo que você é um homem de Deus e
que a palavra do Senhor é verdadeira em sua boca”. (1Rs 17,24).
O Salmo
proclamado é um agradecimento profundo que se faz ao Senhor por ter preservado
a vida da morte e transformado o luto em alegria: “Transformaste o meu luto em dança, e minha roupa de luto em roupa de
festa. Por isso o meu ser canta para ti e jamais se calará. Yahweh, meu Deus,
eu te louvarei para sempre”. (Sl 30,(29),12-13).
Na segunda
leitura o Apóstolo Paulo narra a história de sua vocação e atesta que não
recebeu o Evangelho que pregava de homem nenhum, mas do próprio Jesus Cristo: “Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por
mim anunciado não é invenção humana. E, além disso, não o recebi nem aprendi
através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo”. (Gl 1,11-12). A
seguir Paulo se penitencia e faz uma confissão de como perseguia a Igreja de
Deus, tendo, inclusive, assistido, participado e aprovado o apedrejamento e
morte do diácono Estevão: “Saulo era um
daqueles que aprovavam a morte de Estevão”. (At 8,1). Não está claro se
isso aconteceu porque Paulo gostava de violência, mas fica preciso porque, principalmente,
Paulo julgava que, o que estava fazendo, era determinação de Yahweh, pois
estava cumprindo fielmente a Lei de Moisés, de quem era ferrenho e cuidadoso
seguidor: “Certamente vocês ouviram falar
do que eu fazia quando estava no judaísmo. Sabem como eu perseguia com
violência a Igreja de Deus e fazia de tudo para arrasá-la. Eu superava no
judaísmo a maior parte dos compatriotas da minha idade, e procurava seguir com
todo o zelo as tradições dos meus antepassados”. (Gl 1,13-14). Mas, apesar
de tudo isso, Jesus Cristo escolheu Paulo para ser seu apóstolo, e Paulo não
decepcionou e respondeu-lhe positivamente e se abriu para a graça de Deus,
tornando-se o Apóstolo das multidões que conhecemos hoje: “Deus, porém, me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua
graça”. (Gl 1,15). Paulo repete e deixa claro que não recebeu instrução ou
orientação de qualquer dos apóstolos, mas sim do próprio Senhor Jesus: “Quando, porém, aquele que me separou desde
o ventre materno e me chamou por sua graça se dignou revelar-me o Seu Filho,
para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei a ninguém nem subi, logo,
a Jerusalém para estar como os que eram apóstolos antes de mim”. (Gl
1,15-17). De perseguidor da Igreja de Jesus Cristo, Paulo se transformou no seu
mais ferrenho defensor e divulgador. Graças ao trabalho de Paulo e Barnabé a
Igreja de Jesus Cristo deixou de ser limitada às fronteiras da Palestina para
se expandir para todo o mundo conhecido da época.
No Evangelho,
na sua caminhada de evangelização, Jesus, com seus apóstolos, discípulos e uma
grande multidão, se aproxima da cidade de Naim. Esta passagem é narrada somente
no Evangelho segundo Lucas; os demais Evangelhos omitem esse acontecimento.
A cidade de
Naim, até então era desconhecida nas Sagradas Escrituras por não existir qualquer
outra referência desta cidade em todos os escritos sagrados a não ser esta. Naim
era uma cidadezinha perdida no tempo e no espaço. Nenhum personagem que se
julgasse importante perderia seu tempo visitando a pequena currutela de Naim.
Tanto na
primeira leitura como no Evangelho, o personagem atingido pela dor é uma mãe
que tem em comum ser viúva e que tem um filho único.
Na sociedade
judaica a mulher não tinha valor. A mulher era apenas ou propriedade do pai, ou
propriedade e objeto do marido. A mulher que tinha a infelicidade de ficar
viúva não tinha amparo nem por parte da família do marido nem de sua própria
família e nem pela sociedade, e tinha que ter uma vida irrepreensível para que
a comunidade não a tratasse com mais desprezo, conforme vemos no tratamento que
lhe dispensava a própria Igreja nascente: “Honre
as viúvas que são realmente viúvas. Porém, se alguma viúva tiver filhos ou
netos, estes aprendam a cumprir seus deverem para com a própria família e a
recompensar os seus pais, pois isso é agradável diante de Deus. Aquela que é
verdadeiramente viúva, que fique sozinha, deposita a sua confiança em Deus e
persevera dia e noite em súplicas e orações. Mas a viúva que só busca prazer, mesmo
se vive, já está morta. Portanto, ordene tudo isso, a fim de que elas sejam irrepreensíveis.
[...] A mulher só será inscrita no grupo das
viúvas com sessenta anos e não menos, se tiver sido esposa de um só marido, se
tiver em seu favor o testemunho de suas boas obras, criado filhos, sido
hospitaleira, lavado os pés dos fiéis, socorrido os atribulados, aplicada a
toda boa obra. Rejeita as viúvas mais jovens; pois quando seus desejos se
afastam de Cristo, elas querem se casar, tornando-se censuráveis por terem
rompido o seu primeiro compromisso. Além disso, elas aprendem a ficar ociosas,
correndo de casa em casa; elas não são apenas desocupadas, mas também
fofoqueiras e indiscretas, falando o que não devem. Desejo, pois, que as viúvas
jovens se casem, criem filhos e dirijam
a sua casa para não darem ao adversário
nenhuma ocasião de maledicência. Porque já existem algumas que se
desviaram seguindo a Satanás”. (1Tm 5,3-7.9-15).
Jesus, que não
se deixou contaminar pelos preconceitos do seu povo e do seu tempo, cita como
exemplo de total desprendimento a atitude de uma viúva pobre que depositou suas
economias no tesouro do Templo: uma viúva tímida, quase que ocultamente,
deposita sua oferta nos cofres do Templo, pois somente Jesus, que chamou a atenção
de seus discípulos para o fato, presenciou o seu gesto: era a oferenda obscura
e insignificante da viúva, fruto do seu trabalho e indispensável para seu
sustento e, possivelmente, de seus filhos, e Jesus a elogia, dizendo: “Todos depositaram o que estava sobrando
para eles. Mas a viúva, na sua pobreza, depositou tudo o que tinha, tudo o que
possuía para viver”. (Mc 12,44).
Outro exemplo
de abandono de uma mãe viúva e que perde o seu filho único pode-se ver no
Calvário, quando Jesus, estando à morte, pede para que um de seus discípulos, que
não pertencia à sua família, considerando que ele não tinha irmãos, não
abandone e cuide de sua mãe, que era viúva, possivelmente por saber que, depois
de sua morte, nem a sociedade, nem a família de sua mãe e, muito menos a família
de seu pai lhe daria amparo e, por isso, por ser filho único de uma viúva, a
entrega aos cuidados de um estranho da família: “Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então
disse à mãe: ‘Mulher, eis ai o seu filho.’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a
sua mãe.’ E dessa hora em diante o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo
19,26-27). Os ensinamentos da Igreja e a nossa fé nos dizem que esse acontecimento
do Calvário tem explicações teológicas e doutrinárias que suplantam a narrativa
simples do evangelista e isso nos conforta.
Imaginemos,
então, uma mãe, viúva, que tem no seu filho único a única possibilidade de
sobrevivência, e o perde. O Evangelho desta liturgia nos narra esta cena
constrangedora: o funeral de um jovem, filho único de uma viúva: “Quando chegou à porta da cidade, eis que
levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva”. (Lc 7,12).
Qual a família
que não tenha passado pela dor da perda de um ente querido? E, principalmente,
quando esse ente querido fosse o sustentáculo, o provedor, aquele de quem toda
a família necessitava para o seu sustento e sua estabilidade? Ou ainda, quando
esse ente querido fosse a alegria da família, uma pessoa amada e querida por
todos?
A dor da perda
de um ente querido é inconsolável, irreparável. Qual é o desespero de um pai,
ou de uma mãe, ao ver o seu filho, a sua filha se definhando na cama, sentindo-se
impotente para que o doente, a doente, volte a ter saúde, alegria e condições
de vida plena. Quantos pais, ao verem seus filhos nessa condição, se colocam
nas mãos de Deus pedindo que poupe seu filho e o leve em seu lugar, porque seu
filho, sua filha ainda é jovem, tem uma vida inteira pela frente e o pai ou a
mãe já viveram o suficiente. Mas, os pensamentos de Deus não são os pensamentos
dos homens... “Porque os meus pensamentos não
são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais
altos do que os vossos pensamentos”. (Is 55,8-9). Quantos pais, numa situação dessa, imita o gesto de Jesus
no Getsêmani, com o coração dilacerado e se sentindo impotente face aos
acontecimentos que se desenrolam e que fatalmente terão um fim dramático,
suplica ao Pai: “Pai, afasta de mim este
cálice. Mas que não seja feita a minha vontade, mas a tua”. (Lc 22,42).
Imaginemos, então, a luta dessa mãe viúva para não perder seu filho único,
razão de sua vida e sustento para o seu lar. A maior tragédia que podia
ocorrer a uma viúva era perder o único filho.
Jesus, ao
chegar às portas da cidade de Naim deparou com a triste cena: a mãe viúva
chorando a perda do filho e uma multidão, a acompanhando. Que comoção. As
pessoas não iam em silêncio, mas lamentando. Grande multidão da cidade
acompanhava o fúnebre cotejo, penalizada com a dor da mãe viúva. Palavras de
dor e muitas lágrimas. Outra multidão entrava na cidade acompanhando Jesus.
Eram seus discípulos, e pessoas ávidas por milagres: “Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus
discípulos e uma grande multidão.” (Lc 7,11). Por onde Jesus andava sempre era
acompanhado por dois tipos de pessoas: os discípulos e a multidão. Qual é a
diferença entre seus discípulos e a grande multidão? A diferença é uma palavra:
“compromisso”. Os discípulos estavam comprometidos com Jesus e a grande
multidão não queria compromisso algum, como muitos que se dizem cristãos nos
nossos dias. Apenas seguia, apenas andava. Queria apenas se beneficiar dos
grandes milagres. Queria apenas uma cura, alimento, porém não queria se
comprometer com Jesus. Nos evangelhos sempre podemos observar Jesus, os
discípulos e a grande multidão. Os discípulos sempre foram poucos, e isto nos
ensina que aqueles que se comprometem com Jesus sempre são poucos. Os que não
querem compromisso com Jesus sempre foi maioria. E como a nossa Igreja anda
sempre cheia dessa grande maioria...
Enquanto Jesus
e seus discípulos entravam na cidade, o cortejo fúnebre saía. O encontro acontece
na “porta da cidade”: “Quando chegou à
porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva.
Grande multidão da cidade a
acompanhava”. (Lc 7,12).
No coração
daquela mãe estaria o mesmo desejo que habitaria o coração dos pais que perdem
seus filhos: “Daria tudo para estar ali, no lugar do meu filho”. E a direção do olhar da
mãe viúva apontava para o esquife que seguia à sua frente, com os olhos cheios
de lágrimas e a boca cheia de prantos. As lágrimas verdadeiras
expressam o mais puro sentimento e dor.
Uma grande multidão
solidarizava-se com aquela mãe viúva nesta dor, fazendo este doloroso trajeto
por entre lágrimas e profundos suspiros. O rosto desfigurado pela dor que
dilacerava o coração daquela mãe era tão evidente e tão forte que, por breves
momentos, quem a via sentia na pele e no coração a sua dor. Esse sofrimento
evidenciava-se claramente no seu caminhar arrastado e na sua postura curvada,
totalmente destruída pela fatalidade de uma perda irreparável. E,
nesse exato momento, Jesus chega às portas da cidade.
Nos momentos de
solidão, tristeza, dor e angustia, devemos nos lembrar sempre de uma coisa: a
história da humanidade nunca foi o homem procurando Deus, mas, pelo contrário,
Deus sempre procura o homem para libertá-lo de sua dor, de sua tensão, de sua
escravidão. Deus nunca abandona seus filhos. Deus vai atrás dos seus filhos.
Deus é capaz de deixar as grandes cidades e ir até Naim. E ali a morte vem de
encontro com a vida.
Possivelmente,
a mãe viúva, cegada por sua dor, ignora aqueles estranhos que chegavam à
cidade. Ela sabia que não tinha mais nada para ser feito. O pior já havia
acontecido. A mãe viúva não pediu
ajuda a Jesus; aliás, ela nem supunha quem fosse ele.
Quantas vezes, na nossa dor, no nosso desespero,
Deus se aproxima de nós e nós o ignoramos porque não o conhecemos. Quem sabe se,
por acaso, o olhar de desespero e dor da mãe viúva não tenha se cruzado com o
olhar benevolente e misericordioso de Jesus. E Jesus encheu-se de compaixão e,
espontaneamente, sem ninguém lhe pedir, sem restrição ou pretensão, agiu para
restabelecer o filho, que era a única fonte de sustento e alegria que a mãe viúva
possuía: “Ao vê-la, o Senhor sentiu
compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chore’.” (Lc 7,13). É o coração
misericoridioso de um Deus que vai ser traspassado na cruz do Calvário se
apiedando da miséria, da impotência e da impossibilidade do ser humano em
reverter uma situação dramática e, por isso, “aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos
misericórida, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno”. (Hb
4,16).
Jesus
estava realizando as Boas Novas: ele viera para restaurar o que estava
destruído, encontrar o que estava perdido: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que
estava perdido.” (Lc 19,10). As
boas-novas são que Jesus viera para ajudar seu povo. Jesus “aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então
Jesus disse: ‘Jovem, eu te ordeno, levanta-te. O que estav morto sentou-se e
começou a falar”. (Lc 7,14-15a). Bastou uma palavra do Mestre, para
que o que havia morrido voltasse à vida.
Lucas, nesta
passagem do seu evangelho, traz-nos esse relato magnífico do encontro de uma mãe
viúva sem esperança, sem sonho, sem futuro, com o Cristo que é capaz de
ressuscitar não somente o seu filho, mas os seus sonhos, os seus planos futuros
e lhe devolver tudo aquilo que, aparentemente ela perdeu. Jesus, o Filho de Deus, aquele que caminha com o povo,
que é solidário com o sofrimento das pessoas, é o comunicador da vida. Jesus é
o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo
14,6), que revela o amor do Pai. É o educador que ajuda cada pessoa a
desabrochar para a vida plena. Essa foi a primeira vez que Jesus ressuscitou
alguém. “O que estava morto
sentou-se e começou a falar. E o
Jesus o entregou à sua mãe.” (Lc 7,15).
A história do
filho da viúva da Naim é o processo pelo qual Jesus comunica a vida de Deus a
quem dela precisa. Para devolver a vida a quem está morto, Jesus não se preocupa com a lei,
e muito menos com a Lei de Moisés que proibia o contato, de qualquer maneira,
com o morto, mesmo que fosse tocar o caixão, porque isso provocava contaminação
cerimonial e ficava impuro durante sete dias. Os seguidores do cotejo fúnebre,
com certeza, ficaram atônitos. Como poderiam acreditar no que estavam vendo?
Quem seria aquele homem que, ignorando a lei de Moisés e apenas com um toque de
sua mão e uma ordem de sua boca, expressa: “Jovem, eu te ordeno,
levanta-te”, faz voltar à
vida aquele que estava morto?
O espanto foi geral e “todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um
grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo.” (Lc
7,16).
Os Evangelhos
narram três milagres de ressurreição realizados por Jesus: a criança, filha de
Jairo, um líder da sinagoga de Cafarnaum (Mc 5,35-43); o jovem, filho da viúva
de Naim (Lc 7,11-17), e a ressurreição de Lázaro, de Betânia, um exemplo de
ressurreição quando já havia deterioração do corpo (Jo 11,1-44).
Cada um desses milagres foi realizado numa circunstância e local diferente. Foi
uma demonstração do poder de Deus para devolver a vida àqueles que estavam
mortos conforme afirmativa do próprio Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. (Jo
10,10). “Pois Deus amou de tal forma o
mundo, que entregou seu Filho único, para que todo o que nele acredita não
morra, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16).
Se Cristo pôde
ressuscitar os que estavam completamente e fisicamente mortos, quanto
mais dar uma nova qualidade de vida aos que estão completamente e espiritualmente mortos.
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