domingo, 5 de junho de 2016

O FILHO DA VIÚVA DE NAIM

X DOMINGO DO TEMPO COMUM

“NÃO CHORE!” (Lc 7,13b).



Diácono Milton Restivo

Finalizadas as comemorações do Tempo Pascal retomamos ao Tempo Comum que teve reinício imediato na segunda-feira após as festividades de Pentecostes. A festa da Santíssima Trindade, está inclusa no Tempo Comum, ou seja, este ano teria sido o VIII Domingo de Tempo Comum. A liturgia, no Tempo Comum se veste de verde, cor da esperança, da expectativa e da caminhada com Jesus Cristo, bebendo de seus ensinamentos, mostrando-nos um Deus que se faz presente nas coisas mais simples dos seus filhos amados e da sua criação.
O Tempo comum compreende trinta e três ou trinta e quatro semanas e é dividido em duas partes: a primeira parte fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, sendo que a Quaresma é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento.
O Tempo Comum é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser “sal da terra e luz do mundo”: “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o sabor, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre o monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa”. (Mt 5,13-15).
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos. O Tempo Comum é um período que não destaca grandes festas litúrgicas, sem grandes acontecimentos. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132). 
      Na liturgia da Palavra deste décimo domingo de Tempo Comum, tanto na primeira leitura como no Evangelho, transparece o poder, a sensibilidade, a misericórdia e o amor de Deus ao fazer voltar à vida aquele que estava morto.
Na primeira leitura o profeta Elias, como instrumento de Yahweh, devolve à mãe sofrida, que era viúva (1Rs 17,9.10), seu filho que havia morrido. Desta forma Yahweh confirma Elias como seu profeta pela maneira como a viúva o agradeceu: “Agora vejo que você é um homem de Deus e que a palavra do Senhor é verdadeira em sua boca”. (1Rs 17,24).
O Salmo proclamado é um agradecimento profundo que se faz ao Senhor por ter preservado a vida da morte e transformado o luto em alegria: “Transformaste o meu luto em dança, e minha roupa de luto em roupa de festa. Por isso o meu ser canta para ti e jamais se calará. Yahweh, meu Deus, eu te louvarei para sempre”. (Sl 30,(29),12-13).
Na segunda leitura o Apóstolo Paulo narra a história de sua vocação e atesta que não recebeu o Evangelho que pregava de homem nenhum, mas do próprio Jesus Cristo: “Irmãos, eu declaro a vocês: o Evangelho por mim anunciado não é invenção humana. E, além disso, não o recebi nem aprendi através de um homem, mas por revelação de Jesus Cristo”. (Gl 1,11-12). A seguir Paulo se penitencia e faz uma confissão de como perseguia a Igreja de Deus, tendo, inclusive, assistido, participado e aprovado o apedrejamento e morte do diácono Estevão: “Saulo era um daqueles que aprovavam a morte de Estevão”. (At 8,1). Não está claro se isso aconteceu porque Paulo gostava de violência, mas fica preciso porque, principalmente, Paulo julgava que, o que estava fazendo, era determinação de Yahweh, pois estava cumprindo fielmente a Lei de Moisés, de quem era ferrenho e cuidadoso seguidor: “Certamente vocês ouviram falar do que eu fazia quando estava no judaísmo. Sabem como eu perseguia com violência a Igreja de Deus e fazia de tudo para arrasá-la. Eu superava no judaísmo a maior parte dos compatriotas da minha idade, e procurava seguir com todo o zelo as tradições dos meus antepassados”. (Gl 1,13-14). Mas, apesar de tudo isso, Jesus Cristo escolheu Paulo para ser seu apóstolo, e Paulo não decepcionou e respondeu-lhe positivamente e se abriu para a graça de Deus, tornando-se o Apóstolo das multidões que conhecemos hoje: “Deus, porém, me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua graça”. (Gl 1,15). Paulo repete e deixa claro que não recebeu instrução ou orientação de qualquer dos apóstolos, mas sim do próprio Senhor Jesus: “Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça se dignou revelar-me o Seu Filho, para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei a ninguém nem subi, logo, a Jerusalém para estar como os que eram apóstolos antes de mim”. (Gl 1,15-17). De perseguidor da Igreja de Jesus Cristo, Paulo se transformou no seu mais ferrenho defensor e divulgador. Graças ao trabalho de Paulo e Barnabé a Igreja de Jesus Cristo deixou de ser limitada às fronteiras da Palestina para se expandir para todo o mundo conhecido da época.
No Evangelho, na sua caminhada de evangelização, Jesus, com seus apóstolos, discípulos e uma grande multidão, se aproxima da cidade de Naim. Esta passagem é narrada somente no Evangelho segundo Lucas; os demais Evangelhos omitem esse acontecimento.
A cidade de Naim, até então era desconhecida nas Sagradas Escrituras por não existir qualquer outra referência desta cidade em todos os escritos sagrados a não ser esta. Naim era uma cidadezinha perdida no tempo e no espaço. Nenhum personagem que se julgasse importante perderia seu tempo visitando a pequena currutela de Naim.
Tanto na primeira leitura como no Evangelho, o personagem atingido pela dor é uma mãe que tem em comum ser viúva e que tem um filho único.
Na sociedade judaica a mulher não tinha valor. A mulher era apenas ou propriedade do pai, ou propriedade e objeto do marido. A mulher que tinha a infelicidade de ficar viúva não tinha amparo nem por parte da família do marido nem de sua própria família e nem pela sociedade, e tinha que ter uma vida irrepreensível para que a comunidade não a tratasse com mais desprezo, conforme vemos no tratamento que lhe dispensava a própria Igreja nascente: “Honre as viúvas que são realmente viúvas. Porém, se alguma viúva tiver filhos ou netos, estes aprendam a cumprir seus deverem para com a própria família e a recompensar os seus pais, pois isso é agradável diante de Deus. Aquela que é verdadeiramente viúva, que fique sozinha, deposita a sua confiança em Deus e persevera dia e noite em súplicas e orações. Mas a viúva que só busca prazer, mesmo se vive, já está morta. Portanto, ordene tudo isso, a fim de que elas sejam irrepreensíveis. [...] A mulher só será inscrita no grupo das viúvas com sessenta anos e não menos, se tiver sido esposa de um só marido, se tiver em seu favor o testemunho de suas boas obras, criado filhos, sido hospitaleira, lavado os pés dos fiéis, socorrido os atribulados, aplicada a toda boa obra. Rejeita as viúvas mais jovens; pois quando seus desejos se afastam de Cristo, elas querem se casar, tornando-se censuráveis por terem rompido o seu primeiro compromisso. Além disso, elas aprendem a ficar ociosas, correndo de casa em casa; elas não são apenas desocupadas, mas também fofoqueiras e indiscretas, falando o que não devem. Desejo, pois, que as viúvas jovens se casem, criem filhos e dirijam  a sua casa para não darem ao adversário  nenhuma ocasião de maledicência. Porque já existem algumas que se desviaram seguindo a Satanás”. (1Tm 5,3-7.9-15).   
Jesus, que não se deixou contaminar pelos preconceitos do seu povo e do seu tempo, cita como exemplo de total desprendimento a atitude de uma viúva pobre que depositou suas economias no tesouro do Templo: uma viúva tímida, quase que ocultamente, deposita sua oferta nos cofres do Templo, pois somente Jesus, que chamou a atenção de seus discípulos para o fato, presenciou o seu gesto: era a oferenda obscura e insignificante da viúva, fruto do seu trabalho e indispensável para seu sustento e, possivelmente, de seus filhos, e Jesus a elogia, dizendo: “Todos depositaram o que estava sobrando para eles. Mas a viúva, na sua pobreza, depositou tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver”. (Mc 12,44).
Outro exemplo de abandono de uma mãe viúva e que perde o seu filho único pode-se ver no Calvário, quando Jesus, estando à morte, pede para que um de seus discípulos, que não pertencia à sua família, considerando que ele não tinha irmãos, não abandone e cuide de sua mãe, que era viúva, possivelmente por saber que, depois de sua morte, nem a sociedade, nem a família de sua mãe e, muito menos a família de seu pai lhe daria amparo e, por isso, por ser filho único de uma viúva, a entrega aos cuidados de um estranho da família: “Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então disse à mãe: ‘Mulher, eis ai o seu filho.’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a sua mãe.’ E dessa hora em diante o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,26-27). Os ensinamentos da Igreja e a nossa fé nos dizem que esse acontecimento do Calvário tem explicações teológicas e doutrinárias que suplantam a narrativa simples do evangelista e isso nos conforta.
Imaginemos, então, uma mãe, viúva, que tem no seu filho único a única possibilidade de sobrevivência, e o perde. O Evangelho desta liturgia nos narra esta cena constrangedora: o funeral de um jovem, filho único de uma viúva: “Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva”. (Lc 7,12).
Qual a família que não tenha passado pela dor da perda de um ente querido? E, principalmente, quando esse ente querido fosse o sustentáculo, o provedor, aquele de quem toda a família necessitava para o seu sustento e sua estabilidade? Ou ainda, quando esse ente querido fosse a alegria da família, uma pessoa amada e querida por todos?
A dor da perda de um ente querido é inconsolável, irreparável. Qual é o desespero de um pai, ou de uma mãe, ao ver o seu filho, a sua filha se definhando na cama, sentindo-se impotente para que o doente, a doente, volte a ter saúde, alegria e condições de vida plena. Quantos pais, ao verem seus filhos nessa condição, se colocam nas mãos de Deus pedindo que poupe seu filho e o leve em seu lugar, porque seu filho, sua filha ainda é jovem, tem uma vida inteira pela frente e o pai ou a mãe já viveram o suficiente. Mas, os pensamentos de Deus não são os pensamentos dos homens... Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. (Is 55,8-9). Quantos pais, numa situação dessa, imita o gesto de Jesus no Getsêmani, com o coração dilacerado e se sentindo impotente face aos acontecimentos que se desenrolam e que fatalmente terão um fim dramático, suplica ao Pai: “Pai, afasta de mim este cálice. Mas que não seja feita a minha vontade, mas a tua”. (Lc 22,42). Imaginemos, então, a luta dessa mãe viúva para não perder seu filho único, razão de sua vida e sustento para o seu lar. A maior tragédia que podia ocorrer a uma viúva era perder o único filho.
Jesus, ao chegar às portas da cidade de Naim deparou com a triste cena: a mãe viúva chorando a perda do filho e uma multidão, a acompanhando. Que comoção. As pessoas não iam em silêncio, mas lamentando. Grande multidão da cidade acompanhava o fúnebre cotejo, penalizada com a dor da mãe viúva. Palavras de dor e muitas lágrimas. Outra multidão entrava na cidade acompanhando Jesus. Eram seus discípulos, e pessoas ávidas por milagres: “Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão.” (Lc 7,11). Por onde Jesus andava sempre era acompanhado por dois tipos de pessoas: os discípulos e a multidão. Qual é a diferença entre seus discípulos e a grande multidão? A diferença é uma palavra: “compromisso”. Os discípulos estavam comprometidos com Jesus e a grande multidão não queria compromisso algum, como muitos que se dizem cristãos nos nossos dias. Apenas seguia, apenas andava. Queria apenas se beneficiar dos grandes milagres. Queria apenas uma cura, alimento, porém não queria se comprometer com Jesus. Nos evangelhos sempre podemos observar Jesus, os discípulos e a grande multidão. Os discípulos sempre foram poucos, e isto nos ensina que aqueles que se comprometem com Jesus sempre são poucos. Os que não querem compromisso com Jesus sempre foi maioria. E como a nossa Igreja anda sempre cheia dessa grande maioria...
Enquanto Jesus e seus discípulos entravam na cidade, o cortejo fúnebre saía. O encontro acontece na “porta da cidade”: “Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão  da cidade a acompanhava”. (Lc 7,12).
No coração daquela mãe estaria o mesmo desejo que habitaria o coração dos pais que perdem seus filhos: “Daria tudo para estar ali, no lugar do meu filho”. E a direção do olhar da mãe viúva apontava para o esquife que seguia à sua frente, com os olhos cheios de lágrimas e a boca cheia de prantos. As lágrimas verdadeiras expressam o mais puro sentimento e dor.
Uma grande multidão solidarizava-se com aquela mãe viúva nesta dor, fazendo este doloroso trajeto por entre lágrimas e profundos suspiros. O rosto desfigurado pela dor que dilacerava o coração daquela mãe era tão evidente e tão forte que, por breves momentos, quem a via sentia na pele e no coração a sua dor. Esse sofrimento evidenciava-se claramente no seu caminhar arrastado e na sua postura curvada, totalmente destruída pela fatalidade de uma perda irreparável. E, nesse exato momento, Jesus chega às portas da cidade.
Nos momentos de solidão, tristeza, dor e angustia, devemos nos lembrar sempre de uma coisa: a história da humanidade nunca foi o homem procurando Deus, mas, pelo contrário, Deus sempre procura o homem para libertá-lo de sua dor, de sua tensão, de sua escravidão. Deus nunca abandona seus filhos. Deus vai atrás dos seus filhos. Deus é capaz de deixar as grandes cidades e ir até Naim. E ali a morte vem de encontro com a vida.
Possivelmente, a mãe viúva, cegada por sua dor, ignora aqueles estranhos que chegavam à cidade. Ela sabia que não tinha mais nada para ser feito. O pior já havia acontecido. A mãe viúva não pediu ajuda a Jesus; aliás, ela nem supunha quem fosse ele.
Quantas vezes, na nossa dor, no nosso desespero, Deus se aproxima de nós e nós o ignoramos porque não o conhecemos. Quem sabe se, por acaso, o olhar de desespero e dor da mãe viúva não tenha se cruzado com o olhar benevolente e misericordioso de Jesus. E Jesus encheu-se de compaixão e, espontaneamente, sem ninguém lhe pedir, sem restrição ou pretensão, agiu para restabelecer o filho, que era a única fonte de sustento e alegria que a mãe viúva possuía: “Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: ‘Não chore’.” (Lc 7,13). É o coração misericoridioso de um Deus que vai ser traspassado na cruz do Calvário se apiedando da miséria, da impotência e da impossibilidade do ser humano em reverter uma situação dramática e, por isso, “aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórida, encontrarmos graça e sermos ajudados no momento oportuno”. (Hb 4,16).
 Jesus estava realizando as Boas Novas: ele viera para restaurar o que estava destruído, encontrar o que estava perdido: “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.” (Lc 19,10). As boas-novas são que Jesus viera para ajudar seu povo. Jesus “aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse: ‘Jovem, eu te ordeno, levanta-te. O que estav morto sentou-se e começou a falar”. (Lc 7,14-15a). Bastou uma palavra do Mestre, para que o que havia morrido voltasse à vida.
Lucas, nesta passagem do seu evangelho, traz-nos esse relato magnífico do encontro de uma mãe viúva sem esperança, sem sonho, sem futuro, com o Cristo que é capaz de ressuscitar não somente o seu filho, mas os seus sonhos, os seus planos futuros e lhe devolver tudo aquilo que, aparentemente ela perdeu. Jesus, o Filho de Deus, aquele que caminha com o povo, que é solidário com o sofrimento das pessoas, é o comunicador da vida. Jesus é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), que revela o amor do Pai. É o educador que ajuda cada pessoa a desabrochar para a vida plena. Essa foi a primeira vez que Jesus ressuscitou alguém. “O que estava morto sentou-se e começou a falar. E o Jesus o entregou à sua mãe.” (Lc 7,15).  
A história do filho da viúva da Naim é o processo pelo qual Jesus comunica a vida de Deus a quem dela precisa. Para devolver a vida a quem está morto, Jesus não se preocupa com a lei, e muito menos com a Lei de Moisés que proibia o contato, de qualquer maneira, com o morto, mesmo que fosse tocar o caixão, porque isso provocava contaminação cerimonial e ficava impuro durante sete dias. Os seguidores do cotejo fúnebre, com certeza, ficaram atônitos. Como poderiam acreditar no que estavam vendo? Quem seria aquele homem que, ignorando a lei de Moisés e apenas com um toque de sua mão e uma ordem de sua boca, expressa: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te”, faz voltar à vida aquele que estava morto?
O espanto foi geral e “todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo.” (Lc 7,16).
Os Evangelhos narram três milagres de ressurreição realizados por Jesus: a criança, filha de Jairo, um líder da sinagoga de Cafarnaum (Mc 5,35-43); o jovem, filho da viúva de Naim (Lc 7,11-17), e a ressurreição de Lázaro, de Betânia, um exemplo de ressurreição quando já havia deterioração do corpo (Jo 11,1-44). Cada um desses milagres foi realizado numa circunstância e local diferente. Foi uma demonstração do poder de Deus para devolver a vida àqueles que estavam mortos conforme afirmativa do próprio Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. (Jo 10,10). “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16).
Se Cristo pôde ressuscitar os que estavam completamente e fisicamente mortos, quanto mais dar uma nova qualidade de vida aos que estão completamente e espiritualmente mortos.

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