SE VOCÊ
CONHECE ALGUÉM QUE É IRRITANTE OU INSUPORTÁVEL, O PAPA FRANCISCO LHE CONVIDA A
AGIR ASSIM
Super dicas do Papa Francisco!
A última catequese do Papa Francisco na Audiência Geral
antes do encerramento do Jubileu da Misericórdia foi dedicada a “suportar com
paciência as fraquezas do próximo”.
“Somos todos muito bons em identificar uma presença que
pode nos incomodar: acontece quando encontramos alguém pela rua, ou quando
recebemos um telefonema… Imediatamente pensamos: por quanto tempo terei que ouvir
as lamentações, as lamúrias, os pedidos ou as fofocas dessa pessoa?’”.
Francisco começou a explicar assim o significado desta obra
de misericórdia e assegurou que “acontece também, por vezes, que as pessoas que
nos incomodam são aquelas mais próximas a nós: entre parentes há sempre alguém;
no trabalho não faltam; nem mesmo no tempo livre estamos isentos”.
Então, “o que devemos fazer?”. “Por que entre as obras de
misericórdia foi também inserida esta?”, perguntou aos fiéis reunidos na Praça
de São Pedro.
O Papa recordou que na Bíblia “vemos que o próprio Deus
deve usar a misericórdia para suportar as lamentações do seu povo”.
“Fazemos alguma vez exame de consciência para ver se também
nós, às vezes, podemos ser pessoas incômodas aos outros?”, questionou. “É fácil
apontar o dedo contra os defeitos e faltas dos outros, mas devemos aprender a
nos colocarmos no lugar do outro”.
Francisco convida a “olhar para Jesus”. “Quanta paciência
teve nos três anos de sua vida pública!”. “Jesus ensina a ir sempre ao essencial
e olhar além para assumir com responsabilidade a própria missão. Podemos ver
aqui também uma recordação de outras duas obras de misericórdia espirituais: a
de advertir os pecadores e ensinar os ignorantes”.
“Pensemos também no grande compromisso que se pode ter
quando ajudamos as pessoas a crescer na fé e na vida. Pensemos, por exemplo,
nos catequistas, entre os quais existem tantas mães e tantas religiosas que
dedicam tempo para ensinar às crianças os elementos básicos da fé”. “Quanta
fadiga, sobretudo, quando os jovens prefeririam jogar em vez de escutar o
catecismo”.
Em suma, “acompanhar na busca do essencial é muito bonito e
importante, porque nos faz compartilhar a alegria de aproveitar o sentido da
vida”.
“Frequentemente acontece que se encontram pessoas que se
detêm em coisas superficiais, efêmeras e banais. Às vezes, porque não
encontraram alguém que as estimulasse a procurar algo diferente e apreciar os
verdadeiros tesouros”.
Em seguida, o Pontífice explicou que “ensinar a olhar o
essencial é uma ajuda determinante, especialmente em um tempo como o nosso, que
parece ter perdido a orientação e seguir satisfação de curto prazo”.
Deve-se “ensinar a descobrir o que o Senhor quer de nós e
como podemos corresponder; isso significa colocar no caminho, crescer na
própria vocação, na estrada da verdadeira alegria”.
No entanto, não se deve esquecer que “a exigência de
aconselhar, advertir e ensinar não deve nos fazer sentires superior aos outros,
mas nos obriga, antes de tudo, a entrarmos em nós mesmos para verificar se
somos coerentes com aquilo que pedimos aos outros”.
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