SANTA
GERTRUDES – A GRANDE – 1256- 1302
A vida
contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus.
Nascida em
Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem,
ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos
fervorosos.
Aos cinco anos
de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu
adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma
místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande
mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma
de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.
Matilde foi o
personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam.
Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico.
Com ela,
Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida,
através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.
partir dos
vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma
narrou, transformaram sua vida.
Toda a sua
rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino
amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia
mística.
Nele, também
conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas
profundas advindas do estudo da Palavra. Essa notável mística cristã do período
medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus,
culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria
Alacoque, no século XVII.
Mais tarde,
foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu
muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo,
Jesus, na casa do Pai, em 1302.
A tradicional
festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta
data pelo papa Clemente XII, em 1738.
São
comemorados também neste dia: Santa Margarida da Escócia, Afano de Wales
(bispo), Áfrico de Comminges (bispo),
Alfrick de Cantuária (monge e bispo), Edmundo Rich (bispo) e São Elpídio.
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