BEM-AVENTURADO JOSÉ TIMÓTEO GIACCARDO - 1896-1948
José Timóteo
Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade
de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote
da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do Fundador, Padre Tiago
Alberione.
Nasceu em
Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de
fé e virtudes cristãs. Em 1908 José encontrou-se pela primeira vez com o jovem
padre Tiago Alberione que, em Narzole estava dando sua colaboração na paróquia.
Padre
Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser
padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba.
Tendo como
guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na "Obra de
São Paulo" fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era
a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época.
Desde cedo
José Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser
cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso com grande fé acatou
as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de
evangelização.
José Timóteo,
movido pela fé, foi fiel companheiro da "primeira hora", seguidor
incondicional e colaborador ativo do Fundador da então nascente Família
Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e
sensibilidade.
Além de alguns
livros, deixou como preciosa herança espiritual um "Diário", rico da
presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos.
Sua fé em Deus e amor à missão fazia dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos
em seu "Diário": "Ó Jesus, quero viver de tua vida,
transforma-me. Quero ser "outro Jesus" na minha vida e com todas as
pessoas".
Diante das
grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino
Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão
eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu
esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a
própria vida para a garantir a existência na Igreja desta congregação,
certamente querida por Deus.
E o importante
é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a
falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino
Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948.
A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu
o Fundador: "De 1909 a
1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não
entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da
Eucaristia, sua fervorosa devoção Mariana, a reflexão sobre os documentos
pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios
modernos para anúncio do Evangelho".
Desde 1917,
ainda seminarista, orientava os mais novos; foi chamado e tornou-se para
sempre: o senhor mestre: amado, ouvido, seguido e venerado por todos. Foi o
mestre que a todos precedia com o exemplo, que ensinava, aconselhava e
construía com suas orações iluminadas e fervorosas. Gravou, pode-se dizer, em
cada pessoa sua marca, e imprimiu algo de si em cada coração dos Sacerdotes e Discípulos,
das Paulinas, Discípulas e Pastorinhas e em todos aqueles que se aproximaram
dele por motivos espirituais ou sociais e econômicos.
Foi mestre na
oração: sabia falar com Deus. Vivia intensamente a devoção à eucaristia, a
Nossa Senhora, à liturgia e nutria um grande amor à Igreja e ao Papa.
Foi mestre na
missão. Ele a sentia, a amava e a desenvolvia. Sabia suscitar energias, ser o
sustento para os fracos e luz e sal, no sentido evangélico, para todos.
Foi o coração
e a alma da Família Paulina. Quem quiser conhecer alguém que encarnou
totalmente o ideal e o carisma da missão paulina em sua integralidade, deve
olhar o "senhor mestre". (Alberione) A aprovação e o reconhecimento
de suas virtudes, por parte da Igreja, não se fizeram esperar.
Em 1985 foi declarado
venerável. E a 22 de outubro de 1989, o Papa João Paulo II o declarou
solenemente bem-aventurado.
É venerado
também, neste dia: São Francisco de Sales, Santo Artêmio de Clermont (bispo),
São Bertrando de Saiant-Quentin (abade), São Feliciano de Foligno.
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