SANTA
MARTINHA - + 224
O pai de
Martinha era um homem público, eleito três vezes cônsul de Roma. Ele pertencia
a nobreza, era muito rico e cristão. Quando a menina nasceu, no começo do
século III, o acontecimento foi amplamente divulgado na corte, entre o povo e
pelos cristãos, pois a pequena logo foi batizada.
Martinha
cresceu em meio à essa popularidade, muito caridosa, alegre e uma devota fiel
ao amor de Jesus Cristo. Com a morte de seu pai a jovem recebeu de herança duas
fortunas: uma material, composta de bens valiosos e a outra espiritual, pois
foi educada dentro dos preceitos do cristianismo. A primeira, ela dividiu com
os necessitados assim que tomou posse da herança.
A segunda, foi
empregada com humildade e disciplina, na sua rotina diária de diácona da
Igreja, na sua cidade natal.
Desde o ano
222, o imperador romano era Alexandre Severo, que expediu um decreto mandando
prender os cristãos para serem julgados e no caso de condenação seriam
executados. Chamado para julgar o primeiro grupo de presos acusados de praticar
o cristianismo, o imperador se surpreendeu ao ver que Martinha estava entre
eles e tentou afastá-la dos seus irmãos em Cristo.
Mas ela
reafirmou sua posição de católica e exigiu ter o mesmo fim dos companheiros.
A partir deste
momento começaram os sucessivos fatos prodigiosos que culminaram com um grande
tremor de terra. Primeiro, Alexandre mandou que fosse açoitada. Mas a pureza e
a força com que rezou, ao se entregar à execução, comoveram seus carrascos e
muitos foram tocados pela fé. Tanto que,
ninguém teve coragem de flagelar a jovem.
O imperador
mandou então que ela fosse jogada às feras, mas os leões não a atacaram.
Condenada à fogueira, as chamas não a queimaram. Martinha foi então decapitada.
No exato instante de sua a execução a tradição narra que um forte terremoto
sacudiu toda cidade de Roma.
O relato do
seu testemunho correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu
à santidade de Martinha, todos os prodígios ocorridos durante a sua tortura
assim como o terremoto, ocasionando um cem número de conversões.
No século IV,
o papa Honório mandou erguer a conhecida igreja do Foro, em Roma, para ser
dedicada à ela, dando novo impulso ao seu culto por mais quatrocentos anos.
Depois, as
relíquias de Santa Martinha ficaram soterradas e sua celebração um pouco
abandonada, durante um certo período obscuro vivido pelo Cristianismo.
Passados mais
quinhentos anos, ou melhor catorze séculos após seu martírio, quando era papa,
o dinâmico Urbano VIII, muito empenhado na grande contra-reforma católica e
disposto a conduzir o projeto de reconstrução das igrejas.
Começou pela
igreja do Foro, onde as relíquias de Santa Martinha foram reencontradas. Nesta
ocasião, proclamou Santa Martinha padroeira dos romanos e ainda compôs hinos em
louvor à ela, inspirado na vida imaculada, da caridade exemplar e do seu
corajoso testemunho a Cristo.
São venerados,
também, neste dia: Santa Jacinta Marescotti, Santo Agripino de Alexandria
(bispo), Santo Alexandre de Jerusalém (mártir), São Barso de Edessa (bispo),
Santo Hipólito de Antioquia (presbítero mártir).
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