NOSSA SENHORA DA
SALETTE
Nossa Senhora de La Salette (em francês Notre-Dame
de La Salette )
é o nome dado à Santíssima Virgem Maria nas suas aparições na montanha de La Salete , Isére, nos Alpes
franceses.
Nossa Senhora terá alegadamente aparecido a 19 de
Setembro de 1846 a
duas crianças, Maximin Giraud de 11 anos e Mélanie Calvat de 15 anos.
O culto a Nossa Senhora de La Salette floresceu no
século XX e, assim como Nossa Senhora de Lourdes (1858) e Nossa Senhora de
Fátima (1917), continua a ser uma das mais famosas aparições marianas da idade
moderna.
Tem fortes ligações com essas duas aparições
através da linha do tempo do segredo de La Salette e da confirmação em Fátima das
recomendações de Lourdes.
Os dois pastorinhos - Maximin Giraud e Mélanie
Calvat - tiveram uma visão da Virgem Maria numa montanha perto de La Salette , França a 19 de
setembro de 1846, por volta das três horas da tarde. Fazia muito sol. Maximin
Giraud e Mélanie Calvat haviam recebido apenas uma muito limitada educação.
A aparição consistia em três fases diferentes.
As crianças viram, numa luz resplandecente, uma
bela dama em um estranho costume, falando alternadamente em francês e num
dialeto regional do occitano.
Ela estava sentada sobre uma pedra, e as crianças
relataram que a "Belle Dame" estava triste e chorando, com seu rosto
descansando em suas mãos. A Bela Senhora pôs-se de pé. E disse: "Vinde,
meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!"
"Se meu povo não se quer submeter, sou forçada a deixar cair o braço de
meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais." "Há
quanto tempo sofro por vós." "Dei-vos seis dias para
trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem conceder! É isso que torna tão
pesado o braço de meu Filho." "E também os carroceiros não
sabem jurar sem usar o nome de meu Filho. São essas as duas coisas que tornam
tão pesado o Seu braço." "Se a colheita for perdida a culpa é
vossa (...) Orai bem, fazei o bem." "Se a colheita se estraga,
e só por vossa causa, Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós
nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas,
blasfemáveis usando o nome de meu Filho. Elas continuarão assim e, neste ano,
para o Natal, não haverá mais."
Então, as crianças descem até a Bela Senhora. Ela
não parava de chorar. Segundo os relatos das crianças a Senhora era alta e toda
de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental,
lenço cruzado e amarrado às costas, touca de componesa. Rosas coroavam sua
cabeça, ladeavam o lenço e ornavam seu calçado.
Em sua fronte a luz brilhava como um diadema.
Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia
sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de
outro uma torquês.
Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e
depois a Melânia.
E novamente, os dois em conjunto ouvem as
seguintes palavras: "Se se converterem, as pedras e rochedos se
transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados".
E a Bela Senhora conclui, não mais em patois, e
sim em francês: "Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu
povo." Terminou assim a aparição. Segundo as crianças ela andava, mas as
plantas de seus pés não esmagavam a relva, quase não dobravam os talos. Mélanie
correu e a contemplou de novo lá no alto.
E depois, segundo ela, viu o rosto e a figura da
Senhora desaparecendo à medida que a luminosidade aumentava.
São
comemorados também, neste dia: São Januário ou Gennaro, Santo Afonso de Orozco
e Santa Constância.
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