SANTO EGÍDIO - + 720
São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas
com certeza sabemos que ele era grego e pertencia a uma rica família da nobreza
de Atenas.
Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão, para
viver na pobreza e totalmente dedicado a Deus. Para isso distribuiu todos os
bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado na oração e
penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons especiais da cura,
da sabedoria e dos milagres.
Um dos primeiros milagres a ele atribuídos diz que, certo
dia, encontrou na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado.
Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e,
naquele instante, um prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava,
levantou-se completamente curado.
Depois essas curas se repetiram e foram se multiplicando de
tal forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a
procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir. Em 683, viajou para a França.
Conta a tradição que ele salvou o navio repleto de
passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre
a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece,
ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras acalmaram-se na mesma hora e
todos desembarcaram com segurança. Na
França, viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada era
escondida por um arbusto espinhoso.
Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de
raízes e do leite de uma corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada por
Deus. Certa vez, o rei Vamba, dos
visigodos, foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e, em vez de flechar
uma corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão,
que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do
eremita.
O rei, para desculpar-se, passou a visitá-lo com seus
médicos até sua cura completa. Depois
disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência, presenciando vários
prodígios que divulgava na Corte.
Assim, a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele
passou a ter vários discípulos.
O rei, então, mandou construir um mosteiro e uma igreja,
que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina
própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor surgiu o povoado que deu
origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 1º de
setembro de 720. Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto
obrigatório de peregrinação.
O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o
mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o
colocou na lista dos quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo
invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
São
comemorados também, neste dia: Santa Beatriz da Silva Menezes, São Josué, São Vitória,
São Terenciano, Santa Ana (profetiza citada em Lc 2,36-38), Santos
Artur, Patrício e Feganânimo (trinitários mártires), São Constâncio de Aquino
(bispo).
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