MARIA, OBRA
PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO.
“
Tudo
o que se realizou em Maria foi por obra do Espírito Santo. A Virgem Maria é
aquela mulher que, à sombra da potência da Santíssima Trindade, foi a criatura
mais estreitamente associada à obra da
salvação. A Encarnação do Verbo verificou-se sob o coração virginal de Maria
por obra do Espírito Santo. Em Maria começou a raiar a aurora da nova
humanidade que, com Cristo, se apresentava ao mundo para levar a termo o plano
original da aliança com Deus que foi infringida pela desobediência do primeiro
homem. E Jesus Cristo foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da
Virgem Maria. Maria, dando o seu consentimento à palavra divina, se tornou Mãe
de Jesus, e abraçando de todo o seu coração e sem impedimento algum de pecado a
vontade de salvação de Deus, se consagrou totalmente como serva do Senhor à
pessoa e à obra de seu Filho. E por isso Maria não foi utilizada como
instrumento passivo, meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou
livremente, pela fé e obediência, na salvação dos homens.” (LG 56).
“E é muito belo que, assim como Maria
esperou com essa fé a vinda do Senhor, de modo semelhante também, neste final
do segundo milênio, Maria esteja
presente a iluminar a nossa fé nessa perspectiva de Advento de Jesus
Cristo. [...] E, nessa esperança de
tempos novos, recordemos que a obra de renovação da Igreja não poderá nunca
realizar-se senão no Espírito Santo, ou seja, com a ajuda de suas luzes e do
seu poder. Lembremo-nos, ainda, que “a maior obra realizada pelo Espírito
Santo, obra a qual todas as outras se referem constantemente, indo ela
haurir como a uma fonte, é precisamente
a obra da encarnação do Verbo Eterno, a obra do Espírito Santo no seio da
Virgem Maria.” (João Paulo II).
Maria, por
obra e graça do Espírito Santo, se tornou Mãe de Jesus Cristo e, consequentemente,
Mãe de Deus.
“Cristo, Redentor do homem e do mundo, é o
centro da história; Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre.” (Hb 13,
8).
“E, nesse momento em que os nossos
pensamentos e os nossos corações se acham voltados para Maria na perspectiva do
segundo milênio que está para se encerrar e que nos separa da sua primeira
vinda ao mundo, com isso eles se voltam para o Espírito Santo, por obra do qual
se verificou a concepção humana do mesmo Cristo; e se voltam também para aquela
por quem foi concebido e de quem nasceu; voltam-se para a Virgem Maria.”
(João Paulo II).
Assim, os
nossos pensamentos e os nossos corações se voltam de modo especial para o
Espírito Santo e para a Mãe de Deus, Maria.
Glorificamos
a maternidade divina da Virgem Maria, e, simultaneamente, glorificamos a
particular obra do Espírito Santo.
Obra que se
concretizou, quer na concepção e no nascimento do Filho de Deus por obra do
Espírito Santo, quer ainda e igualmente por obra do Espírito Santo na
maternidade santíssima da Virgem Maria. Esta maternidade não é só fonte e fundamento de toda a santidade excepcional
de Maria e de sua particularíssima participação em toda a economia da salvação,
mas estabelece também um permanente vínculo materno de Maria com a Igreja,
devido ao fato de Maria ter sido escolhida pela Santíssima Trindade para ser a
mãe de Cristo, o qual é a “cabeça do corpo, que é a Igreja.” (Cl
1, 18).
Este vínculo
revela-se, particularmente, aos pés da cruz, onde Maria esteve “padecendo
profundamente com seu Filho Unigênito, e associando-se com coração de Mãe ao
sacrifício dele... Jesus Cristo, que
agonizante na cruz deu Maria por mãe ao seu discípulo, com esta palavras: “mulher, eis ai o teu filho.” (Jo 19,
26-27 - LG 58 - João Paulo II).
(Irmão José
Milson - Marista.)
E é por isso
que devemos sempre repetir: “Salve Santa e Imaculada e Gloriosa sempre Virgem
Maria, Mãe de Deus e Mãe de Igreja. Salve obra maravilhosa do Espírito Santo”.
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