PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO - ANO “C”
Cor roxa – Leituras: Jr 33,14-16; Sl 24; 1Ts
3,12 - 4,2; Lc 21,25-28.34-36.
“PORTANTO, FICAI ATENTOS E ORAI A TODO
MOMENTO” (Lc 21,36).
Diácono Milton Restivo
Estamos
começando um novo Ano Litúrgico; estamos entrando no tempo do Advento.
O Ano litúrgico
é o período de doze meses divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram,
como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos.
A Igreja estabeleceu, para o Rito Romano, uma sequência
de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas
solenidades mais importantes.
As leituras desses dias são divididas em ano “A”, “B”
e “C”.
No ano “A” lêem-se as passagens do Evangelho de
Mateus; no ano “B”, as de Marcos e no ano “C”, as de Lucas.
Já o Evangelho de João é reservado para as
ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Estamos entrando no ano “C”, onde predomina o
Evangelho de Lucas.
Nos dias da semana do Tempo Comum há leituras
diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que é
repetido de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se
acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.
O Ano
Litúrgico da Igreja não acompanha o ano civil e comercial que começa no dia 01
de janeiro e termina no dia 31 de dezembro de cada ano. O Ano Litúrgico começa no
domingo mais próximo ao dia 30 de novembro, que corresponde a quatro domingos
antes de Natal, que são denominados Domingos do Tempo do Advento, e termina
antes das vésperas do Natal.
Este ano,
portanto, o Ano Litúrgico começa no dia 02 de dezembro e, com ele, o Tempo do
Advento. Serão quatro domingos, quatro semanas que servirão de preparação para
o Natal.
As leituras da
liturgia, no primeiro período, convidam a viver a esperança na vinda do Senhor
em todos os seus aspectos: sua vinda no fim dos tempos, sua vinda agora a cada
dia, e sua vinda dos dois mil anos atrás. No segundo período somos orientados
mais diretamente à preparação do Natal.
Somos convidados
a viver com mais alegria porque estamos próximos do cumprimento do que Deus
prometera.
Advento é,
portanto, tempo de voltarmos-nos para o Deus que nos ama e que está bem perto
de nós. Advento é tempo da fé nas coisas novas, no novo céu e nova terra, onde
habitam a justiça e a paz. Advento é tempo de purificação, limpeza, busca da
pureza e arrependimento, de opção por uma vida saudável, onde deve sobrar
espaço para a solidariedade, a verdade, a paz e a comunhão.
Advento é
tempo da construção da esperança e da vida comunitária que rompem os nossos
limites e entendimento. Advento é tempo de alegria, de festejar o amor de Deus
por nós.
Os evangelhos
destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus.
Com a intenção
de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime, durante
o Advento, uma série de elementos festivos. Desta forma, na Santa Missa já não
rezam o Glória e nem se proclama o Aleluia. Deveria limitar-se a músicas com
poucos instrumentos.
Os enfeites
festivos deixam de ser exibidos. As vestes litúrgicas são de cor roxa. Os
enfeites normais da Igreja deverão ser mais sóbrios, etc. Todas estas coisas
são uma maneira de expressar que, enquanto dura nosso peregrinar, falta-nos algo
para que nosso gozo seja completo.
E quem espera,
é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo,
haverá chegado à Igreja a sua festa completa, significada pela Solenidade do
Natal. Temos quatro semanas nas quais, de domingo a domingo, vamos nos
preparando para a vinda do Senhor.
A primeira
semana do Advento está centralizada na vinda do Senhor no final dos tempos.
A liturgia
convida-nos a estarmos atentos, mantendo uma especial atitude de conversão.
A segunda
semana do Advento convida-nos, por meio de João Batista, a “preparar os caminhos do Senhor”; isso é, a manter uma atitude de
permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho
que se percorre durante toda a vida.
A terceira
semana do Advento preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez
mais próximo o dia da vinda do Senhor.
Finalmente, a
quarta semana do Advento fala-nos da vinda do Filho de Deus ao mundo. Neste
domingo Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa expectativa.
Quanto às leituras
das Santas Missas dominicais, as primeiras leituras são tomadas de profetas que
anunciam a reconciliação de Deus e a vinda do Messias.
A cor dos
paramentos do altar e as vestes sacerdotais e diaconais é o roxo, igual à da
Quaresma, mas que tem outra conotação, outro sentido do da quaresma; no advento
a cor roxa evoca a atenção para a expectativa da chegada da salvação, do
nascimento do Messias e, portanto, para prepararmos-nos devidamente para bem
recebê-lo, enquanto que o roxo da quaresma simboliza austeridade e penitência,
conversão, oração e jejum. Claro que também no advento o cristão precisa,
igualmente, ter essas atitudes.
O Evangelho
desse princípio do Ano Litúrgico parece-se muito com o do fim do ano anterior
(33° domingo “B”), pois ele pertence também aos “apocalipses” dos evangelhos
sinóticos.
O texto de
Lucas é aquele que melhor faz a distinção entre o que diz respeito à destruição
de Jerusalém e a parusia. Entenda-se por parusia o retorno glorioso de Cristo
no fim dos tempos para o Juízo Final e o estabelecimento definitivo do Reino de
Deus.
Como toda a
literatura apocalíptica da Bíblia, o texto de Lucas é um convite à esperança, à
esperança contra toda a esperança, pois é uma esperança dentro dum tempo de
provas, de subversões, uma esperança que não está baseada sobre sinais de
renovação, de melhora, de alívio, mas só sobre a promessa de Deus. Por isso é
que a esperança está simbolizada pela âncora, conforme Hebreus 6,19:
·
“A
esperança é como a âncora para a nossa vida”.
A esperança é
aquela virtude teologal que o Senhor nos deixa para podermos ficar firmemente
agarrados na terra firme das suas promessas no meio das tempestades do mundo.
Ora, qual é
essa promessa? É uma promessa de felicidade, de felicidade infinita, de
felicidade perfeita. É aquela felicidade que nos lembra a primeira Leitura:
·
“Eis que
virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para
a casa de Israel e para a casa de Judá”. (Jr 33,14).
Não é o
Profeta quem o diz, e sim o Senhor, como o próprio profeta diz: “diz o Senhor”.
A promessa é esperança
e esperança também é uma espera. Aquela espera que ultrapassa as nossas
capacidades humanas. Os homens podem esperar com um amor humano uma felicidade
humana, um mundo melhor; mas não podem, entretanto, esperar com uma esperança
teologal sem o auxílio de Deus.
O profeta
Jeremias, nesse texto, retrata o cumprimento da promessa de Yahweh:
·
“Naqueles
dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça que fará valer a
lei e a justiça na terra”. (Jr 33,15).
Jeremias
repete a profecia de Isaias, que havia dito:
·
“Naquele
dia, o rebento de Yahweh se cobrirá de beleza e de glória, o fruto da terra
será motivo de orgulho e um esplendor para os sobreviventes de Israel”. (Is
4,2).
A manifestação
de glória futura do Messias está em gestação no Antigo Testamento, e os
profetas, cada um a seu modo, deixa transparecer, como uma luz no final do
túnel, o momento que é retratado nos evangelhos sinóticos, principalmente no
contido no texto de Lucas desta liturgia que retrata as catástrofes cósmicas e
a manifestação gloriosa do Filho do Homem:
·
“Haverá
sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas,
com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo só em pensar
no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então
eles verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e glória” (Lc
21,25-27).
Em outra
oportunidade Jesus já dissera:
·
“Não julguem que vim trazer paz a terra;
não vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai,
e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do
homem serão os seus mesmos domésticos. (Mt 10,34-36).
·
“Eu vim trazer fogo à terra, e que quero eu, senão que ele se
acenda? Eu, pois, tenho de ser batizado num batismo, e quão grande não é a
minha angústia, até que ele se cumpra? Vocês pensam que eu vim trazer paz à terra?
Não, eu lhes digo, mas separação; porque de hoje em diante haverá, numa mesma
casa, cinco pessoas divididas, três contra duas e duas contra três. Estarão
divididas: o pai contra o filho, e o filho contra seu pai; a mãe contra a
filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua
sogra. (Lc 12,49-53).
Essa é a guerra trazida por Cristo. Exatamente como foi
predito no Gênesis, quando o Criador disse, ao amaldiçoar a serpente:
·
"Eu porei inimizade entre você e a
mulher, entre a descendência de você e os descendentes dela. Estes vão lhe
esmagar a cabeça, e você ferirá o calcanhar deles”. (Gn 3,15).
Hoje muito se fala em paz. Mas não daquela paz verdadeira prometida
pelo próprio Cristo:
·
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o
mundo dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração”. (Jo 14,27).
A paz propagada pelo mundo é a paz dos interesses políticos
e partidários, é paz dos maus, fundada na injustiça. Serve então muito aos que
hoje falam de paz, o que o profeta Jeremias dizia dos maus sacerdotes de seu
tempo, que causaram a guerra e a destruição de Jerusalém:
·
“Eles curavam as chagas das
filhas de meu povo com ignomínia, dizendo: Paz, paz, quando não havia paz.”
(Jr 6,14), porque
·
“Não há paz para os ímpios, diz o Senhor Deus" (Is 22,57, 21).
Se formos
levar ao pé da letra essas afirmativas de Jesus de que ele veio para trazer
fogo à terra e indispor os familiares entre si, deixa transparecer que Jesus
estava se contradizendo, considerando que a sua mensagem era de amor, partindo
dele o exemplo:
·
“Amem-se
uns aos outros como eu vos tenho amado”. (Jo 13,14).
Sabemos que a
essência do ensinamento de Jesus é a lei do amor.
Nessas
afirmativas, aparentemente contraditórias, Jesus quer nos deixar entender que a
sua mensagem não se estabelecerá pacificamente.
Muitos
tentarão apoderar-se dela para tirar proveito próprio ou para escravizar ou
menosprezar o irmão.
Conhecemos,
através da história e dos tempos, acontecimentos de lutas sangrentas, mortes e
assassínios em nome de Jesus e da religião por aqueles que não compreenderam a
mensagem ou não a quiseram compreender para dela tirar vantagens, e ai vemos
irmãos separados por sua crença tirarem espadas uns contra os outros e a
divisão reinando até entre membros de uma mesma família que não professam a
mesma fé.
A espada dos
nossos dias e no meio da família ou da comunidade chama-se “intolerância”.
O que não
dizer, então da convivência dentro de uma comunidade cristã, partícula do mundo
que realmente vivemos?
Existem os que
se fazem de “o irmão mais velho” (conforme a parábola do filho pródigo em Lucas
15,11-32), que são intolerantes com os demais, não dando oportunidade para que
outros, novos e bem intencionados, dediquem-se e trabalhem em prol da
coletividade se não lhe pedir e receber o seu aval ou estar de acordo com o seu
pensamento; os que se escudam em títulos honoríficos como presidentes,
coordenadores ou líderes de movimentos, conselhos, grupos, pastorais, que
castram os de boa vontade que gostariam de fazer alguma coisa, mas que são
inibidos pelos “irmãos mais velhos” que se esqueceram da orientação de Jesus:
·
“Se alguém
quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. (Mc 9,35).
E ai surge a
pergunta: porque é tão difícil surgir nova liderança e outros irmãos se
apresentarem para trabalhar nos diversos setores da comunidade? Não seria por
que não parte dos líderes o exemplo que deveria incentivar aos novos irmãos e
irmãs o desejo de arregaçar as mangas e se colocar a serviço de Deus e da
comunidade sem a preocupação de serem vigiados por aqueles?
Talvez seja
por isso que há tantas reclamações e escassez no que diz respeito ao surgimento
de novas lideranças nas comunidades: as lideranças que desabrocham podem estar
sendo inibidas por aqueles que ocupam determinado cargo a algum tempo.
O que falta,
muitas vezes, é os que ocupam os cargos prepararem, ao longo do tempo, irmãos
ou irmãs que tenham condições de substituí-los no momento oportuno e, sem por
isso, o irmão ou irmã que deixou o cargo de coordenação sentir-se diminuído e
se afastar do trabalho que, possivelmente tão bem desempenhou e desempenha em
grupo.
É bom
reportarmos-nos também ao momento do lava-pés onde Jesus dá o derradeiro
exemplo de serviço aos irmãos:
·
“depois
de lavar os pés dos discípulos, Jesus
vestiu o manto, sentou-se de novo e perguntou: ‘Vocês compreenderam o que eu
acabei de fazer? Vocês dizem que eu sou o Mestre e o Senhor. E vocês têm razão;
eu sou mesmo. Pois bem: eu que sou o Mestre e o Senhor, lavei os seus pés; por
isso vocês devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo: vocês
devem fazer a mesma coisa que eu fiz. Eu garanto a vocês: o servo não é maior
que o seu senhor, nem o mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Se vocês
compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática”. (Jo
13,12-17).
Como seria bom
se os “irmãos mais velhos” do movimento, do conselho, do grupo, da pastoral,
entendessem isso, fizessem isso, incentivassem e dessem oportunidade para que
os que têm boa vontade e gostariam de colaborar não fossem tolhidos em suas
iniciativas.
Essa pretensão
de domínio e autoritarismo é infrutífera e sofre as consequências do fogo
trazido por Jesus à terra, à comunidade, numa tentativa de purificação e
serviço entre os irmãos, e Jesus quer que esse fogo acenda:
·
“Eu vim trazer fogo à terra, e que quero eu, senão que ele se
acenda?” (Lc
12,49).
Jesus veio,
sim, lançar fogo sobre a terra para purificá-la de tudo aquilo que contraria o
verdadeiro amor, que são os erros e preconceitos, da mesma maneira que se ateia
fogo no campo para eliminar as ervas daninhas. Jesus sabia que sua doutrina
causaria disputas de interesses de auto promoção e lutas para galgar postos de
proeminência dentro da própria comunidade.
Não foi assim
que aconteceu com os próprios Apóstolos?
·
“Quando
chegaram à cidade de Cafarnaum e estavam em casa, Jesus perguntou aos discípulos:
‘Sobre o que vocês estavam discutindo no caminho? ’ Os discípulos ficaram
calados, pois no caminho tinham discutido sobre qual deles era o maior.” (Mc
9,33-34).
Jesus previu
também que sua doutrina despertaria ferrenhas disputas, discórdias, separações,
inimizades e que sofreria sérias consequências e conflitos antes de se
estabelecer. E isso não vem acontecendo também nos dias de hoje nas comunidades
e entre irmãos?
E as grandes
chamadas de atenção que recebemos pelo nosso cristianismo interesseiro e mal
vivido, mal interpretado e mal assumido, vêm exatamente de uma pessoa que não
era cristã, mas que gostaria de ter sido se não fossem os maus exemplos dos
cristãos que ele presenciara, e foi exatamente por essa postura indigna dos
cristãos que Mahatma Gandhi, disse frases célebres a respeito disso como:
·
“Eu
seria cristão, sem dúvida, se os cristãos o fossem vinte e quatro horas por
dia”; “Amo o cristianismo, mas odeio os cristãos, pois não vivem segundo os
ensinamentos de Cristo”; “Não sou cristão
por causa dos cristãos”; "Gosto de
seu Cristo, não gosto dos seus cristãos, seus cristãos são tão diferentes de
seu Cristo. Se os cristãos realmente vivessem de acordo com os
ensinamentos de Cristo, como descritos na Bíblia, toda Índia seria cristã
hoje. Só podemos vencer com o amor, nunca com o ódio."
Não tem como discutir se
Gandhi tinha ou não razão; deparamos-nos, tristemente, com isso no dia a dia na
nossa comunidade, na nossa Igreja.
Apesar de todo
mal cometido em seu nome, no entanto, a doutrina cristã jamais foi questionada.
A censura recai sempre sobre aqueles que dela abusaram.
Da mensagem
evangélica sempre se diz que, se fosse mais bem compreendida e melhor
praticada, os atos de intolerância não ocorreriam. E ao saber que tudo isso
aconteceria, Jesus acaba dando um ultimato, e para que os seus seguidores caiam
na real e voltem a ser aquela igreja apostólica onde
·
“todos
tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com algumas
mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.” (At
1,14), e
·
“a
multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava
propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em comum entre
eles. Com grande poder os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus. E todos eles gozavam de grande aceitação. Entre eles ninguém passava
necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o
dinheiro e colocavam aos pés dos apóstolos; depois ele era distribuído a cada
um conforme a sua necessidade”. (At 4,32-37).
O ultimato de
Jesus não é para intimidar, mas para injetar ânimo e esperança de libertação:
·
“Quando
essas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça, porque a sua
libertação está próxima.” (Lc 21,28).
Jesus exorta
pela perseverança, vigilância, atenção e oração permanente
·
“a fim de
ter força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficar em pé diante
do Filho do Homem.” (Lc 21,36).
Neste início
do Ano Litúrgico e começo do Tempo do Advento, quando começamos a nos preparar
para o Natal, Jesus vem até nós que ainda, talvez, estejamos dormindo e
dispersos quanto ao cumprimento da sua mensagem e a vivência harmoniosa com os
irmãos, e nos admoesta, como fez com os apóstolos na sua oração do Getsêmani, dizendo:
·
“Como
assim? Vocês não puderam vigiar nem sequer uma hora comigo? Vigiem e rezem,
para não caírem na tentação, porque o espírito está pronto, mas a carne é
fraca.” (Mt 26,40-41).
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