domingo, 17 de fevereiro de 2019

"BEM-AVENTURADOS OS POBRES, PORQUE DELES É O REINO DE DEUS" (Lc 6,20).

VI DOMINGO DO TEMPO COMUMANO “C”
Ano: C - Cor: verde – Leituras: Jr 17,5-8; Sl 1; 1Cor 12,12.16-20; Lc 6,17.20-26.

"BEM-AVENTURADOS OS POBRES, PORQUE DELES É O REINO DE DEUS" (Lc 6,20).

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Diácono Milton Restivo

Na primeira leitura desta liturgia o profeta Jeremias repete as palavras de advertência que Yahweh colocou em sua boca:
·         “Isso diz o Senhor: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto”. (Jr 17,5.7).
O que Deus quis dizer por intermédio do profeta Jeremias? Será que ele sugere que fiquemos desconfiados do nosso próximo? Não, não é isso.
É uma tendência natural do ser humano colocar suas esperanças em outro ser humano e muitas vezes se decepcionar por não encontrar respaldo aos seus anseios.

Quem confia no Senhor, primeiramente conversa com ele e aguarda uma resposta dele antes de tomar uma decisão envolvendo outro ser humano ou uma questão humana importante.
O reclame do Senhor é contra aquele que confia em si mesmo; maldito é o homem que confia em suas próprias forças e aparta-se do Senhor.
Ciente da fragilidade do homem, Jesus advertiu:
·         “Sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,5).
Esta verdade torna-se evidente quando Deus diz:
·         "Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor" (Jr 17,7).
Este versículo não está desencorajando a confiança mútua, antes alerta o homem quanto ao confiar em si mesmo. Deus usou Jeremias para alertar o povo, isto porque o povo havia se esquecido de Deus; Deus proveu e deu garantias ao povo de Israel para que houvesse uma relação de confiança entre Deus e o povo.
E o que aconteceu?
Aconteceu que o povo quebrou a relação estabelecida por Deus; que o povo passou a confiar em suas próprias forças e acordos com outros povos, deixando o Senhor de lado.
Então Deus afirma:
·         “O coração é mais enganador do que qualquer outra coisa, e dificilmente se cura; quem de nós pode entendê-lo?” (Jr 17,9).
Deus demonstra que ele conhece o coração do homem, e por isso assevera:
·         “Maldito o homem que confia em seu próprio coração, em seus próprios planos, pois está seguindo um coração enganoso e corrupto”.
O Salmo responsorial que, aliás, é o primeiro do livro dos Salmos, comunga a sua exortação com o contido em Jeremias:
·         “Feliz o homem que não vai ao conselho dos injustos, não para no caminho dos pecadores, não se assenta na roda dos zombadores. Pelo contrário, seu prazer está na lei de Yahweh, e medita  sua lei, dia e noite.” (Sl 1,1-2).
Agora fica a dúvida se a sequência do Salmo foi copiada de Jeremias ou se Jeremias copiou esse Salmo para a sua exortação acima. Não importa. O importante é que, tanto o Salmo quanto a exortação de Jeremias, são Palavras do Senhor.
O Sermão da Montanha, tanto do Evangelho de Mateus, que é o mais completo e abrange os capítulos de 5 a 7, como no de Lucas, é o texto mais importante do Novo Testamento.
Aqui estão expressos os principais conceitos do cristianismo e contém, sem dúvida, a síntese da mensagem de Jesus.
Afirmava Mahatma Gandhi que se toda a literatura ocidental se perdesse e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada se teria perdido.
No Evangelho de Lucas, que é abordado nesta liturgia:
·         “Jesus desceu da montanha com os discípulos e parou num lugar plano. [...] E levantando os olhos para os discípulos, disse: ‘Bem-aventurados vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence.” (Lc 6,17.20).
Bem-aventurados os pobres porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os que colocam todas as suas esperanças no Senhor Nosso Deus.
Bem-aventurados os que fazem do Senhor o seu rochedo salvador, o seu farol orientador, a sua bússola fiel.              
Bem-aventurados aqueles que acreditam somente no Senhor, e, nas mãos do Senhor, colocam toda a sua vida aos seus cuidados, não confiando jamais nos bens materiais, não se apegando ao dinheiro, e assim desprezando ao Senhor, porque
·         “Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Você não pode servir a Deus e ao dinheiro.” (Mt 6, 24),
Bem-aventurados os pobres, os que confiam cegamente no Senhor e, como Maria, repetem sempre:
·         “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra”, e “Porque o Todo Poderoso fez em mim grandes coisas, o seu nome é santo.” (Lc 1,38.49).
·         “Os pobres terão mais alegria em Iahweh, os indigentes da terra se regozijarão no Santo de Israel.” (Is 29,19).
·         “Bem-aventurados são vocês que agora tem fome, porque serão saciados.” (Lc 6,21).
Nem sempre os que dizem promover a justiça são justos; muitos praticam violência, agressões e até injustiças em nome da justiça. Bem-aventurados os que têm fome e sede da justiça divina, daquela que pode demorar um pouquinho, mas que não falha nunca, porque,
·         "Eis que virão dias, - oráculo do Senhor Iahweh - em que enviarei fome à terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra de Iahweh." (Am 8,11).
·         "Ouça-me, você que está à procura da justiça você que busca Iahweh." (Is 51,1).
·         “Bem-aventurados os que agora choram, porque hão de ser consolados.” (Lc 6,21).
Bem-aventurados os que agora choram, porque,
·         "Os que semeiam com lágrimas, ceifarão em meio a canções. Vão andando e chorando ao levar a semente; ao voltar, voltam cantando, trazendo seus feixes." (Sl 126 (125), 5-6).
Somente poderá ser consolado quem estiver aflito, e o consolo de Deus é tudo o que uma alma que peregrina por esse vale de lágrimas pode desejar de melhor.
Somente os que choram e clamam por dias melhores, dias em que o Senhor Nosso Deus venha reinar totalmente sobre a terra, somente esses serão consolados, e assim o profeta Isaias fala do Consolador:
·         "O espírito do Senhor Iahweh está sobre mim, porque Iahweh me ungiu; enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os quebrantados de coração e proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos, a proclamar um ano aceitável  a Iahweh e um dia de vingança de nosso Deus, a fim de consolar todos os enlutados, a fim de dar-lhes um diadema em lugar de cinza e óleo de alegria  em lugar de luto, uma veste festiva em lugar de um espírito abatido." (Is 61,1-3).        
Bem-aventurados os que agora choram, porque estes serão consolados:
·         "Logo após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade,, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu." (Mt 24,29-31).
Bem-aventurados os que agora choram, porque verão o Rei aparecer, com toda a sua glória e majestade, vindo sobre as nuvens do céu, fazendo imperar, ainda que a contragosto dos violentos, o seu reino de paz e amor...
·         “Bem-aventurados serão vocês quando os homens os odiarem, os expulsarem, os insultarem e amaldiçoarem o nome de vocês por causa do Filho do Homem. Alegrem-se nesse dia e exultem, porque será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas.” (Lc 6,22-23).
A responsabilidade dos que aderem totalmente a Jesus Cristo é muito grande.
A responsabilidade do cristão autêntico pesa-lhe nos ombros porque, por onde quer que ele viva, esteja ou ande, existem sempre centenas de olhos a observarem as suas ações e atitudes e a verificarem se, o que ele faz está em conformidade com aquilo que ele fala e prega.
Somente com a sua presença o cristão autêntico incomoda os que não agem direito; somente a presença do cristão verdadeiro incomoda os que não andam de acordo com o modo de agir e pensar do Senhor Jesus, pois quem age de maneira pecaminosa e dúbia não pode se sentir bem na presença de quem irradia luz e verdade, a exemplo do Mestre.
O cristão consciente reprova as transgressões que os ímpios fazem contra a lei, as normas de boa conduta e o respeito aos irmãos. A voz do cristão é sempre uma condenação e acusação contra a imoralidade reinante na sociedade e em todos os lugares onde os maus se fazem presentes.
É por isso que o cristão autêntico está sendo sempre observado por aqueles que não levam a sério as leis do Senhor, porque os maus não toleram os bons que, com o seu modo de vida, em conformidade com os ensinamentos do Mestre, condenam o modo de vida e de procedimento dos maus. A responsabilidade dos cristãos autênticos e fieis aos ensinamentos, aos mandamentos e às leis do Senhor, promulgadas através das Sagradas Escrituras e ratificadas pelo Divino Mestre, é muito grande, porque o mundo e os maus estão sempre observando os seus atos, e os maus fazem festas quando o cristão comete falhas, caem, porque assim os maus se sentem mais aliviados e dirão que os cristãos, seguidores do Mestre, são uma farsa e não são coerentes com o que falam e pregam. Isso não é coisa nova: centenas de anos antes do nascimento de Jesus, as Sagradas Escrituras já alertavam os fieis a se cuidarem a respeito disso, tendo o livro da Sabedoria colocado estas palavras na boca dos maus:
·         “Vamos armar ciladas para o justo, porque ele nos incomoda e se opõe às nossas ações. O justo reprova as transgressões que cometemos contra a Lei, e nos acusa de faltas contra a educação que recebemos. Ele declara ter o conhecimento de Deus, se diz filho do Senhor. Ele se tornou uma condenação para os nossos pensamentos, e somente vê-lo já é coisa insuportável. Sua vida não se parece com a dos outros, e seus caminhos são todos diferentes. Ele nos considera moeda falsa e se afasta dos nossos caminhos para não se contaminar. Proclama feliz o destino dos justos e se gaba de ter Deus como Pai. Vejamos se é verdadeiro o que ele diz, e comprovemos o que lhe vai acontecer no fim. Se o justo é filho de Deus, Deus cuidará dele e o livrará das mãos de seus adversários. Vamos prová-lo com insultos e torturas, para verificar a sua serenidade e examinar a sua resistência. Vamos condená-lo a sofrer morte vergonhosa, porque ele mesmo diz que não lhe faltará socorro.” (Sb 2,12-20).
Não foi assim que aconteceu com o Mestre? E a vida e o destino de Jesus teria sido diferente?
Os que se julgavam donos da verdade não se conformaram com o modo de vida e os ensinamentos do Divino Mestre que aconteceu quando
·         “os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no átrio do sumo pontífice, que se chamava Caifás, e tiveram conselho acerca dos meios de prenderem a Jesus por astúcia, e de o matarem.. Mas diziam eles: ‘Não no dia da festa, não suceda levantar-se algum tumulto entre o povo’”. (Mt 26,3-5).
Preocupado com a perseguição que sofreriam os seus seguidores como ele mesmo foi perseguido o tempo todo, Jesus prevenia e consolava:
·         “Bem-aventurados serão vocês quando os homens os odiarem, os expulsarem, os insultarem e amaldiçoarem o nome de vocês por causa do Filho do Homem. Alegrem-se nesse dia e exultem, porque será grande a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas.” (Lc 6,22-23).
Bem-aventurados os perseguidos, os presos, os espoliados por causa da justiça, porque com o Cristo aconteceu a mesma coisa, e assim ele nos diz:
·         "Não existe discípulo superior ao mestre, nem servo superior ao seu senhor. Basta que o discípulo se torne como o mestre e o servo como o seu senhor." (Mt 10,24-25).
Se o Mestre passou pelo que passou, o discípulo não pode esperar sorte melhor.           
Aqueles que procuram justiça encontrarão justiça, ainda que, para isso, tenham, assim como aconteceu com Cristo, que passar pelo Calvário.
Pedro Apóstolo, assimilando com perfeição esse ensinamento do Mestre, escreve aos fieis:
·         “Alegrem-se por estarem participando dos sofrimentos de Cristo, para que vocês também se alegrem e exultem ao se revelar a glória dele. Bem-aventurados são vocês quando forem insultados por causa do nome de Cristo; isso significa que o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês. Que ninguém de vocês sofra por ser assassino ou ladrão, malfeitor ou delator. Todavia, se alguém sofre como cristão, não se sinta envergonhado; ao contrário, glorifique a Deus por levar o nome de cristão.” (1Pd 4,14-16).
E complementa:
·         “Portanto, aqueles que sofrem de acordo com o projeto de Deus, põe sua confiança em Deus criador, praticando o bem.”  (1Pd 4,19).
O profeta Jeremias sentiu na carne o problema da perseguição dos ímpios aos fieis às leis do Senhor, quando escreveu:
·         “Eu era como um manso cordeiro, que é levado a ser vítima. Não soube que eles formaram desígnios contra mim, dizendo: “Ponhamos lenho no seu pão, exterminemo-lo da terra dos vivos, não haja mais memória do seu nome.” (Jr 11,19).
E ainda mais:
·         “Todos os homens que viviam em paz comigo e que estavam ao meu lado, diziam: “Vejamos se comete alguma falha, e prevaleçamos contra ele e vinguemos-nos dele”. (Jr 20,10).    
O rei e salmista Davi assim se pronunciou em um de seus salmos:
·         “Porque ouvi as injúrias de muitos, no meio dos quais eu estava. Quando deliberavam conta mim, resolveram tirar-me a vida”. (Sl 31 (30),14).
A vida do Senhor Jesus, no que diz respeito a sua mansidão, a sua coerência de vida, aos insultos, perseguições e sofrimentos por que passou, o modo de morte a que foi submetido, e a maneira como venceu os maus através de sua ressurreição, dá incentivo ao cristão de compreender e aceitar as incompreensões e perseguições que sofre pelos maus.
A vida do cristão autêntico, que segue de perto as pegadas do Divino Mestre, é de muita responsabilidade, porque o objetivo dos maus não é se tornarem bons para deixarem de ser maus, mas é fazer com que os bons se tornem, como eles, maus, para que ninguém mais possa condenar as suas atitudes e transgressões, as suas omissões, imoralidades e injustiças.
A responsabilidade do cristão autêntico é muito grande...
As palavras dessas bem-aventuranças vencem o tempo e ainda ressoam em nossos ouvidos como se estivessem sido ditas hoje e agora para cada um de nós.
São nessas bem-aventuranças, é nesse sermão da montanha, que estão assentados os fundamentos da doutrina cristã, da doutrina do Senhor Jesus.
É na nossa sociedade, onde só os ricos são mais privilegiados, são aparentemente felizes; onde os poderosos têm mordomias e os grandes e os que têm bens são respeitados e bem vistos pelo povo, é nessa sociedade onde soam as palavras de Jesus Cristo enaltecendo a pobreza, deixando claro que no seu reino só tem lugar para pobres, para os desprendidos das coisas deste mundo.        
Aos que proclamam a riqueza material como valor supremo e felicidade total, Jesus Cristo exalta o desprendimento, a caridade e a virtude como valores supremos.               
A doutrina do Senhor Jesus é o inverso dos ensinamentos do mundo.
O mundo, a sociedade, só respeita o rico, somente o rico tem direitos e mordomias; no reino de Jesus Cristo, o maior é quem se tornar pequenino como uma criança, porque, assim perguntaram a Jesus:
·         “Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Ele chamou perto de si uma criança, colocou-a no meio deles e disse "Em verdade eu digo a vocês que, se vocês não se converterem e não se tornarem como as crianças, de modo algum vocês entrarão no Reino dos Céus. Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus." (Mt 18,1-4).
Se alguém quiser ser o maior, tem que servir a todos, porque, assim diz o Mestre:
·         "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos." (Mc 9, 35).
No Reino de Jesus Cristo só entra o pobre, o pobre em espírito, o que tem coração de criança... No mundo só sobem na vida e na sociedade os que brigam, pisam nos irmãos, maltratam, escravizam, fazem pouco caso do irmão se isso lhes ajudar a subir na vida ou ter promoções no serviço, ainda que isso custe lágrimas e sangue dos outros.
No Reino de Jesus Cristo só entram os pobres, os mansos, os aflitos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os que são perseguidos por causa da justiça, os injuriados e perseguidos por causa do nome de Jesus Cristo...
Cada palavra pronunciada por Jesus Cristo tem uma profundidade eterna.
E como deveria ser gostoso sentar na relva, ao lado do Senhor Jesus e ouvir de sua boca as verdades que transformariam o homem e dariam ao mundo uma dimensão de eternidade.
Mas Jesus continua a nos falar ainda hoje; nós o ouvimos cada vez que pegamos os Evangelhos e os meditamos, palavra por palavra, toda a mensagem, e bebemos, na leitura evangélica, toda a sabedoria, todo o amor e todo o conhecimento que nos é transmitido para ser colocado em prática na nossa vida, no nosso dia-a-dia.
Mas, tudo isso de nada valeria se, realmente, não for colocado em prática...

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