sábado, 23 de fevereiro de 2019

MÃE NÃO TEM COROA... TEM AMOR...

MÃE NÃO TEM COROA... TEM AMOR...

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Todos nós, que amamos Maria, a Nossa Senhora, amamos sobremaneira ao Senhor Nosso Deus e nos esforçamos para amá-lo mais e mais a cada dia que passa.
Tudo o que fazemos deve ser sempre para a maior glória de Deus. Amamos Maria porque o Senhor Nosso Deus a amou primeiro que nós.
Manifestamos nosso amor por Maria de muitas maneiras.
Cada um de nós tem uma maneira especial de manifestar o seu amor pela boa mãe do céu.
Já nos acostumamos ouvir muitas pessoas dizerem – “Como é boa Nossa Senhora” -. Como é boa a nossa Maria. 
Todos nós, que desejamos alguma melhora na nossa vida, ou na vida de alguém da família, ou de algum amigo ou amiga, de alguma pessoa que amamos, todos que desejamos a vinda de melhores dias, de um emprego, uma graça para vencermos um defeito particular, ou um pedido com lágrimas para a conversão do marido, filho, pais, irmãos ou amigos, quando precisamos de uma grande graça,  não hesitamos e logo corremos aos pés de Maria e dificilmente de lá saímos sem que a Virgem tenha atendido ao nosso pedido ou nos dado forças para superar o problema.
Quantas vezes recorremos à Virgem Maria quando notamos tristemente que a nossa fé vacila, ou porque nos afligimos por ter de carregar uma grande cruz que nos parece muito pesada para a nossa fraqueza, ou ainda, quando temos no seio da nossa família perturbações e infelicidades domésticas que nos parecem dificultar até a nossa própria salvação eterna, e, para todos nós, para essas tristezas a oração parece trazer tão pouco alívio.

Qual é então o remédio que nos falta? Qual é o remédio indicado pelo próprio Senhor Nosso Deus?    É, sem dúvida, e segundo a revelação dos grandes santos e santas, devotos fervorosos da Virgem Maria, o refúgio no manto maternal de Maria.
Mas, a devoção que consagramos a Maria é fraca, escassa, mesquinha, deturpada pela nossa ignorância religiosa e, muitas vezes, chega até às raias da heresia.        Como eu gostaria de mostrar a todos os fieis devotos de Maria como realmente ela foi - sem tronos e sem coroas, apenas uma mulher simples, de avental sujo de ovo ou caldo de feijão, cabelos em desalinho pelo trabalho doméstico, olhos lagrimejantes por cortar cebola ou pela fumaça da madeira verde que queimava no fogão à lenha, enquanto preparava o alimento para seu filho e seu esposo, tal qual nossas esposas e mães, ainda que nossas esposas e mães levem vantagem sobre isso, considerando que hoje, principalmente nas cidades, não existem mais fogões a lenha e sim a facilidade do fogão a gás. 
Gostaria de mostrar uma Maria tão pequena  e humilde para que todos nós nos sentíssemos bem à vontade junto dela. A nossa ignorância tira de Maria todo o esplendor de sua humildade.
E é por essa razão que Jesus Cristo não é amado como deveria ser. É por não amarmos como deveríamos amar Maria que os homens não se convertem. É por isso que a nossa Igreja não é exaltada.
Quantas almas que poderiam ser santas e que desfalecem  na fé tomando caminhos diferentes daqueles que levam até Deus porque são mal orientados sobre a devoção de Maria, e por isso tomam caminhos diferentes daqueles que levam a Deus.
Por uma falsa distorção com respeito à devoção à Maria que os sacramentos não são frequentados como deveriam ser. 
É pela falsa devoção ou distorção na devoção de Maria que as almas não são evangelizadas com o entusiasmo do zelo apostólico.
Pelos erros na devoção à Maria que Jesus não é conhecido, porque a devoção à Maria é destorcida e por isso, muitas vezes, é deixada no esquecimento ou é procurada por seus devotos apenas por interesses egoístas e mesquinhos.   
Quantas almas se desviam do verdadeiro caminho porque Maria está distante delas.     
A devoção mal orientada à Maria é a causa de todas as nossas misérias, de todos os nossos males, de todas as nossas omissões, de toda nossa tibieza, de toda nossa frieza.     
Segundo as revelações dos nossos Santos grandes devotos de Maria, tal como foi São Luiz Maria Grignon de Montfort, o Senhor Nosso Deus quer uma devoção mais vasta, mais extensa, mais sólida, uma devoção muito diferente da que temos hoje, da que temos atualmente para com a Santíssima Virgem Maria. Se Jesus não é conhecido como deveria ser é porque nós não amamos como deveríamos amar a sua Mãe Santíssima.

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