RENÚNCIA DO PAPA – BISPO DE ROMA
No dia 11 de fevereiro (dia de Nossa Senhora de Lourdes) o
Papa Bento XVI anunciou a renúncia, marcando-a para o dia 28 de fevereiro. Foi
o primeiro papa a deixar o cargo em quase 600 anos.
Papas que abdicaram antes de Bento XVI.
1.
Papa Bento IX - 1045.
2.
Papa Gregório VI - 1046.
3. Papa Celestino
V - 1294
- Com cinco
meses no ofício, o siciliano decretou que todos os papas têm o direito de
renunciar e, em seguida, o fez. Celestino virou ermitão. Faleceu 12 meses
depois.
4. Papa Gregório
XII - 1415 - Ficou no cargo por cerca de 10 anos e renunciou como uma
tentativa de acabar com a Grande Cisma do Ocidente, conflito no qual dividiu a
Igreja Católica entre os anos de 1378
a 1417. Para estancar a crise gerada com o Cisma do
Ocidente, quando a igreja teve um papa em Roma e outro em Avignon, na França,
Gregório XII abdicou em 1415. Seu ato foi parte de uma negociação montada no
Concílio de Constança para acabar com a crise que já vinha desde 1378.
Os nomes mais comuns entre os Papas
Depois de Simão da Galiléia, nenhum papa adotou o nome de
Pedro. Os nomes mais comuns são João (último: XXIII, embora não tenha havido
João XX e João XVI tenha sido um antipapa), Gregório (XVI), Bento (XVI, embora
Bento X tenha sido um antipapa), Clemente (XIV), Inocêncio e Leão (XIII).
Título de Papa
O título de papa não existia antes de 306. O termo “papa”
é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavras latinas: pater
patrum – “pai dos pais”. Esse termo provém do vocábulo pontifex – “construtor
de pontes”, título sacerdotal usado nos ritos pagãos da Roma antiga, designando
aquele que, por seu ofício de sacerdote, formava o elo ou ponte entre a vida na
Terra e na Eternidade.
A forma pontifex máximus (sumo pontífice) era uma das
expressões do culto divino dirigido ao imperador romano, e apenas a este.
Unicamente o imperador era o pontifex máximus.
Essa denominação foi usada pelo papado na gestão de Leão
I, chefe da Igreja entre os anos 440 e 461.
Procedência dos Papas
Dos 263 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 53 restantes, 16
franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da
Síria e três da Palestina, cinco da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma
quantidade da África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia.
Mártires, santos e antipapas.
No total, 21 papas morreram como mártires e outros nove
sob o martírio. Oitenta e cinco papas foram santificados. Outro sete papas
foram beatificados. O anuário pontifício reconhece também 37 antipapas (entre
eles São Hipólito) e mais duas figuras citadas nas notas de páginas.
Papa dos Séculos XX e XXI
Os papas são
testemunhas vivas dos apóstolos e sucessores de São Pedro,
1.
Papa Leão XIII,
de 20 de Fevereiro de 1878 a 20 de
Julho de 1903, foi eleito no século XIX mas é considerado
papa do século XX já que passou a virada do século.
2. São Pio X, de 4 de
Agosto de 1903 a 20 de Agosto de 1914.
3.
Papa Bento XV, de 3
de Setembro de 1914 a 22 de Janeiro de 1922. Foi
o Papa da Primeira Guerra Mundial.
4.
Papa Pio XI, de 6 de
Fevereiro de 1922 a 10 de Fevereiro de 1939.
5.
Papa Pio XII, de 2
de Março de 1939 a 9 de Outubro de 1958. Foi o
Papa da Segunda Guerra Mundial.
6.
Beato João XXIII,
de 28 de Outubro de 1958 a 3 de
Junho de 1963.
7.
Papa Paulo VI, de 21
de Junho de 1963 a 6 de Agosto de agosto de 1978.
8.
Papa João Paulo I,
de 26 de Agosto de 1978 a 28 de Setembro de 1978.
9.
Beato João Paulo II,
de 16 de Outubro de 1978 a 2 de Abril de 2005.
10. Papa Bento XVI - Foi eleito no Conclave de 2005, após a morte do Beato João
Paulo II. Em 11 de fevereiro de 2013 abdicou e deixou o papado em 28 de
fevereiro de 2013.
Renúncia
A renúncia do Papa é
possibilitada pelo cânon 332, parágrafo 2 do Código de Direito Canônico e no cânon
44, parágrafo 2 do Código de Direito Canônico das Igrejas Orientais. As únicas
condições para a validade da abdicação são de que seja realizada livremente e
manifestada adequadamente. O Direito Canônico não especifica qualquer indivíduo
ou entidade a quem o Papa deve manifestar a sua abdicação, deixando, talvez,
em aberto a possibilidade de fazê-lo à Igreja ou ao mundo em geral. Alguns
analistas sustentam que o colégio dos cardeais ou, pelo menos, o seu Decano
deve ser informado, já que os cardeais devem estar absolutamente convencidos de
que o Papa renunciou para que possam proceder validamente para eleger seu
sucessor.
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