22 DE SETEMBRO
BEM-AVENTURADO INÁCIO DE SANTHIÁ - (1686-1770)
Lourenço Maurício nasceu no dia 5 de junho de 1686, em
Santhiá, província de Vercelli, Itália. Era o quarto de seis filhos, da rica
família dos Belvisotti, cristã, bem posicionada e muito conceituada
socialmente. Aos sete anos, ficou órfão de pai, mas a sua mãe cuidou para que
os filhos recebessem uma excelente instrução por meio de um sacerdote piedoso.
Assim, além de uma formação literária invejável, ele cresceu na oração e
amadureceu a sua vocação sacerdotal.
Completou os estudos teológicos em Vercelli, no ano de
1710. Depois de seis anos de frutuoso ministério sacerdotal, entrou na Ordem
dos Frades Capuchinhos, emitindo os votos religiosos em 1717 e tomando o nome
de frei Inácio. Desde então, foi enviado para vários conventos, sempre
obediente e honrado por poder servir os irmãos da Ordem com a sua humilde
pessoa.
Inácio de Santhiá foi enviado para Turim-Monte, em 1727,
para ser: prefeito de sacristia e confessor dos padres seculares e dos fiéis
paroquianos, tarefa que desempenhou também nos últimos vinte e quatro anos de
vida. Nesse ministério, demonstrou toda sua caridade paterna, sabedoria e
ciência, adquiridas nos livros e por meio das orações contemplativas. Dedicava
os seus dias inteiramente ao serviço do confessionário.
Com isso, a sua fama de
bom conselheiro espiritual difundiu-se rapidamente, trazendo para a paróquia
uma grande quantidade de religiosos, sacerdotes e fiéis desejosos de uma
verdadeira orientação no caminho da santidade. A todos recebia com a maior
caridade, porque os pecadores eram os filhos mais doentes e necessitados de
acolhida e compreensão. Passou a ser chamado de "padre dos pecadores e dos
desesperados".
Em 1731, o seu bom conceito de guia experiente e sábio
levou-o a ocupar os cargos de mestre dos noviços e vigário do Convento de
Mondoví, onde também a sua fama de santidade se espalhou entre a população, entusiasmando
especialmente os jovens. Durante quatorze anos Inácio ficou na direção do
noviciado de Mondoví. Sua única intenção era formar os jovens para a vida, a
mortificação, a penitência, e instruía, corrigia e encorajava com atenção e
palavras amorosas, fazendo o caminho difícil tornar-se ameno. A sua função de
mestre dos noviços só foi interrompida devido a uma grave doença nos olhos, que
quase o cegou. Por isso regressou a Turim, no final de 1744, para receber o
tratamento adequado.
Foi assim que o frei Inácio retomou o seu apostolado do
confessionário, exercido até os seus últimos dias. Morreu com sua fama de
santidade no dia 21 de setembro de 1770, em admirável tranqüilidade. A notícia
espalhou-se rapidamente e uma multidão de fiéis de todas as classes sociais
acorreu para saudar pela última vez o "santinho do Monte", como era
chamado. Os milagres atribuídos à sua intercessão logo surgiram e o seu culto
ganhou vigor entre os devotos. Até que, em 1966, o papa Paulo VI declarou
bem-aventurado Inácio de Santhiá, para ser venerado no dia seguinte à data de
sua morte.
São
comemorados também, neste dia: Santos Maurício, Vital e seus companheiros
(mártires da legião romana de Tebana), Santo Inocente, São Setímio de Jesi
(bispo e mártir) Santo Tomás de Vilanova (bispo), São
Focas, São Santino e São Emerano.
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