ONDE DEVEMOS
BUSCAR REFÚGIO
Na Nossa vida
temos momentos de ansiedade, de angústia, de tristeza, de expectativa.
Isso é normal na
vida de qualquer ser humano. Todos nós já vivemos dias sombrios; quantas vezes
vivemos momentos de alegria e de exaltação e, de repente, sentimos que uma nuvem
negra cobre o nosso entusiasmo, e os nossos dias de sol radiante se transformam
em dias escuros, negros e sem vida, e passamos por profundas depressões.
Pensamos,
então, que tudo está perdido, que a vida não tem mais sentido, que a existência
não tem mais graça, e que essa fase da vida por qual passamos não vai ter mais
fim. São momentos terríveis que nos fazem sofrer profundamente.
Às vezes
perdemos até toda a nossa esperança. Quando as nossas condições de saúde estão
precárias, quando estamos mal no trabalho, quando o nosso ambiente familiar já
não é mais aquele que desejaríamos e que sempre sonhamos que fosse, quando o
relacionamento com o marido, com a esposa ou com os filhos está difícil, quando
não vemos mais saída para nada, nós começamos a nos sentir inúteis e fracos. E, nesses momentos, nós procuramos refúgio
em muitas coisas, em muitos lugares. Se não encontramos soluções para os nossos
problemas com aquilo que fazemos ou nos lugares onde as buscamos, geralmente procuramos
outras atividades ou estarmos em outros lugares que, na maioria das vezes, nos
dá uma falsa segurança, uma falsa sensação de bem estar.
Outro dia uma
senhora me dizia que, quando entrava em depressão, ela fumava dois maços de
cigarro por dia. Outras pessoas se apegam em remédios e buscam médicos, numa
tentativa de acabar com a sua depressão, acabar com a sua angústia.
Outros, ainda,
procuram frequentar lugares de intenso barulho, como bailes, reuniões festivas
e muitas outras coisas mais para tentarem
fugir dos problemas que tem, tanto na família, como no trabalho, no dia
a dia, no relacionamento com vizinhos e amigos.
Mas, nada
disso resolve. A nossa depressão, a
nossa angústia vem de dentro, e a cura também, para isso, deve vir de dentro. Aquela
senhora fuma dois maços de cigarro por dia para fugir de seus problemas, de
suas frustrações, de suas angústias; fuma dois maços de cigarro por dia para
não pensar nas coisas que a deprime. Aquela outra gasta dinheiro com médicos e
remédios e mesmo assim não encontra solução para os seus problemas. Outros,
ainda, procuram frequentar lugares incompatíveis e perigosos, e com isso só
aumentam a sua angústia, a sua tristeza, a sua depressão.
E nós nos
esquecemos do amor de Maria, nos esquecemos do colo de Maria, onde devemos nos
refugiar quando nos afundamos nos nossos problemas. Foi no colo de Maria que
Jesus chorou muitas vezes, e encontrou refúgio e apoio como homem. Foi no colo
de Maria que Jesus, como homem, aprendeu a superar os seus problemas, e, mais
tarde ele chamou para si, como Deus, a responsabilidade de confortar, como sua
mãe o confortou, e nós não podemos nos esquecer do chamamento de Jesus, que é o
único médico, tanto dos problemas do corpo como da alma.
E Jesus nos
diz: “Vinde a mim todos vocês que estão
cansados, angustiados, que eu vos aliviarei. O meu peso é leve e o meu jugo é
suave. Vinde a mim vocês todos.” Você, meu irmão, você minha irmã, que
gasta dinheiro com cigarro, com médicos, com remédios, com diversões perigosas,
para fugir dos seus problemas, se, ao contrario, você saísse de dentro de si
próprio e fosse ao encontro do irmão necessitado, daquele que tem mais
problemas que você, se, no momento de angústia e tristeza você saísse de dentro de sua casa e fosse visitar um doente,
sentira que nessa visita, além de ser um conforto para o irmão doente, vai ver
que existe pessoas em pior situação que você.
Se você for a
um asilo visitar os velhinhos que lá estão esquecidos pela sociedade e
esquecido por seus próprios filhos; se você for a um orfanato visitar as crianças
que foram abandonadas nas tuas pelos pais; se você fosse a um hospital visitar
os doentes que estão em fase terminal de vida, você viria que seus problemas
são uma agulha perdida num palheiro. Se
nas horas em que você não está fazendo nada em sua casa, a não ser pensando que
você é a mais infeliz das criaturas, e
se preocupasse em fazer, com os retalhos que você joga fora, alguma roupinha de
bebê, e fosse visitar uma mãe pobre que, talvez, não tem com que se vestir e
vestir os seus filhos, você se sentiria bem melhor.
Se você, meu
irmão, você minha irmã, saísse de dentro de si próprio e parasse de sentir dó
de você mesmo, e começasse a se preocupar com o irmão necessitado, a sua
angústia, a sua depressão sairia de suas almas e daria lugar à alegria cristã
de ter parado de pensar em si próprio e de ter ido ao encontro do irmão
necessitado.
Bom dia Sr. Milton,
ResponderExcluirAmei o texto. Com certeza se cada um de nós parássemos para olhar o problema do irmão a nossa volta, veríamos que o nosso problema não é nada comparado a tantos outros. As vezes nem se trata de um problema, e sim de um capricho, que quando não é atendido nos gera angustias... Temos que pedir muito a Deus para que nos faça instrumento de ajuda ao próximo. Levantar do sofá e ir ao encontro dos que precisam.
Abraços,
Eliane