terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ONDE DEVEMOS BUSCAR REFÚGIO

ONDE DEVEMOS BUSCAR REFÚGIO


Na Nossa vida temos momentos de ansiedade, de angústia, de tristeza, de expectativa.    
Isso é normal na vida de qualquer ser humano. Todos nós já vivemos dias sombrios; quantas vezes vivemos momentos de alegria e de exaltação e, de repente, sentimos que uma nuvem negra cobre o nosso entusiasmo, e os nossos dias de sol radiante se transformam em dias escuros, negros e sem vida, e passamos por profundas depressões.
Pensamos, então, que tudo está perdido, que a vida não tem mais sentido, que a existência não tem mais graça, e que essa fase da vida por qual passamos não vai ter mais fim. São momentos terríveis que nos fazem sofrer profundamente.
Às vezes perdemos até toda a nossa esperança. Quando as nossas condições de saúde estão precárias, quando estamos mal no trabalho, quando o nosso ambiente familiar já não é mais aquele que desejaríamos e que sempre sonhamos que fosse, quando o relacionamento com o marido, com a esposa ou com os filhos está difícil, quando não vemos mais saída para nada, nós começamos a nos sentir inúteis e fracos.  E, nesses momentos, nós procuramos refúgio em muitas coisas, em muitos lugares. Se não encontramos soluções para os nossos problemas com aquilo que fazemos ou nos lugares onde as buscamos, geralmente procuramos outras atividades ou estarmos em outros lugares que, na maioria das vezes, nos dá uma falsa segurança, uma falsa sensação de bem estar.
           Outro dia uma senhora me dizia que, quando entrava em depressão, ela fumava dois maços de cigarro por dia. Outras pessoas se apegam em remédios e buscam médicos, numa tentativa de acabar com a sua depressão, acabar com a sua angústia.
Outros, ainda, procuram frequentar lugares de intenso barulho, como bailes, reuniões festivas e muitas outras coisas mais para tentarem  fugir dos problemas que tem, tanto na família, como no trabalho, no dia a dia, no relacionamento com vizinhos e amigos.
Mas, nada disso resolve. A nossa  depressão, a nossa angústia vem de dentro, e a cura também, para isso, deve vir de dentro. Aquela senhora fuma dois maços de cigarro por dia para fugir de seus problemas, de suas frustrações, de suas angústias; fuma dois maços de cigarro por dia para não pensar nas coisas que a deprime. Aquela outra gasta dinheiro com médicos e remédios e mesmo assim não encontra solução para os seus problemas. Outros, ainda, procuram frequentar lugares incompatíveis e perigosos, e com isso só aumentam a sua angústia, a sua tristeza, a sua depressão.         
E nós nos esquecemos do amor de Maria, nos esquecemos do colo de Maria, onde devemos nos refugiar quando nos afundamos nos nossos problemas. Foi no colo de Maria que Jesus chorou muitas vezes, e encontrou refúgio e apoio como homem. Foi no colo de Maria que Jesus, como homem, aprendeu a superar os seus problemas, e, mais tarde ele chamou para si, como Deus, a responsabilidade de confortar, como sua mãe o confortou, e nós não podemos nos esquecer do chamamento de Jesus, que é o único médico, tanto dos problemas do corpo como da alma.           
E Jesus nos diz: “Vinde a mim todos vocês que estão cansados, angustiados, que eu vos aliviarei. O meu peso é leve e o meu jugo é suave. Vinde a mim vocês todos.” Você, meu irmão, você minha irmã, que gasta dinheiro com cigarro, com médicos, com remédios, com diversões perigosas, para fugir dos seus problemas, se, ao contrario, você saísse de dentro de si próprio e fosse ao encontro do irmão necessitado, daquele que tem mais problemas que você, se, no momento de angústia e tristeza você saísse de  dentro de sua casa e fosse visitar um doente, sentira que nessa visita, além de ser um conforto para o irmão doente, vai ver que existe pessoas em pior situação que você.
Se você for a um asilo visitar os velhinhos que lá estão esquecidos pela sociedade e esquecido por seus próprios filhos; se você for a um orfanato visitar as crianças que foram abandonadas nas tuas pelos pais; se você fosse a um hospital visitar os doentes que estão em fase terminal de vida, você viria que seus problemas são uma agulha perdida num palheiro.  Se nas horas em que você não está fazendo nada em sua casa, a não ser pensando que você é a mais infeliz das criaturas,  e se preocupasse em fazer, com os retalhos que você joga fora, alguma roupinha de bebê, e fosse visitar uma mãe pobre que, talvez, não tem com que se vestir e vestir os seus filhos, você se sentiria bem melhor.
Se você, meu irmão, você minha irmã, saísse de dentro de si próprio e parasse de sentir dó de você mesmo, e começasse a se preocupar com o irmão necessitado, a sua angústia, a sua depressão sairia de suas almas e daria lugar à alegria cristã de ter parado de pensar em si próprio e de ter ido ao encontro do irmão necessitado.

Um comentário:

  1. Bom dia Sr. Milton,

    Amei o texto. Com certeza se cada um de nós parássemos para olhar o problema do irmão a nossa volta, veríamos que o nosso problema não é nada comparado a tantos outros. As vezes nem se trata de um problema, e sim de um capricho, que quando não é atendido nos gera angustias... Temos que pedir muito a Deus para que nos faça instrumento de ajuda ao próximo. Levantar do sofá e ir ao encontro dos que precisam.

    Abraços,

    Eliane

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