VIRGEM
MARIA RAINHA
"O Espírito Santo virá sobre ti, e o
poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer
será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: "Eu sou a serva do
Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc. 1,37-38).
Ainda Lucas,
nos Atos dos apóstolos, coloca Maria no meio dos apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui
o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não
robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade
e fé total na palavra do anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais
humilde do que ela.
E, através de
suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de
seu Filho. Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é Rainha
porque supera todas as criaturas em santidade. "Ela encerra em si toda a bondade das criaturas", diz
Dante na Divina Comédia.
Tudo que se
refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos vêem em
Maria a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os
bens. A Igreja
convida o povo a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de
Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virgindade e de
maternidade divina.
A Virgem Maria
Rainha resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como
sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos
pela dignidade real do Senhor através do Batismo.
O Papa Pio XII
instituiu em 1955 a
festa da Virgem Maria Rainha, como consequência daquela de Cristo Rei.
Inicialmente era celebrada no dia 31 de maio, mês de Maria, encerrando as
comemorações com o coroamento desta singular devoção.
O dia 22 de
agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de Maria.
Mas, a Igreja
desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua gloriosa ascensão ao
céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do seu calendário
litúrgico em 1969.
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