IMACULADO CORAÇÃO
DE MARIA
A devoção ao coração imaculado de Maria é tão antiga como a
devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Ela surgiu com os membros de várias
confrarias do Rosário que tinham o costume de dedicar quinze sábados seguidos à
Rainha do Santíssimo Rosário. Isto mostra quão unido está o Coração Imaculado
de MARIA ao Sagrado Coração de JESUS Seu Filho e Nosso Senhor.
Assim os dois
Corações são inseparáveis pois onde está Um está também o Outro tornando-se
assim a Mãe Co-redentora da Humanidade.
Quem não honra a Mãe, despreza Seu
Filho JESUS. Vejamos como DEUS, A Virgem Imaculada, os Anjos, Santos do Céu e a
Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana através de seus Papas estão
intimamente unidos pela salvação da humanidade. "Durante muito tempo, os membros das
várias Confrarias do Rosário tiveram o costume de dedicar quinze sábados
seguidos à Rainha do Santíssimo Rosário, antes da Sua festa ou em alguma outra
época do ano. Em cada um destes sábados, todos recebiam os sacramentos e
realizavam exercícios piedosos em honra dos quinze mistérios do Rosário".
Em 1889, o Papa Leão XIII concedeu a todos os fiéis uma indulgência plenária
num destes quinze sábados. Em 1892, "concedeu também, àqueles que estavam
legitimamente impedidos ao sábado, a possibilidade de realizar este exercício
piedoso no Domingo, sem perder as indulgências".
Os doze Primeiros Sábados
do mês. Com o Papa São Pio X, a devoção dos primeiros sábados do mês foi
aprovada oficialmente: "Todos os
fiéis que, no primeiro sábado ou no primeiro domingo de doze meses seguidos,
dedicarem algum tempo à oração vocal ou mental em honra da Imaculada Conceição
da Santíssima Virgem ganham, em cada um desses dias, uma indulgência plenária.
As condições são: confissão, comunhão e oração pelas intenções do Soberano
Pontífice".
A devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês. Por
fim, a 13 de Junho de 1912, São Pio X concedeu novas indulgências a práticas
que parece anteciparem exatamente os pedidos de Pontevedra: "Para promover
a devoção dos fiéis para com a Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, e para
fazer reparação pelos ultrajes dos homens ímpios ao Seu Santíssimo Nome e aos
Seus privilégios,
São Pio X concedeu ao primeiro sábado de cada mês uma
indulgência plenária, aplicável às almas do purgatório. As condições são:
confissão, comunhão, oração pelas intenções do Soberano Pontífice e exercícios
piedosos com o espírito de reparação, em honra da Virgem Imaculada".
Exatamente
cinco anos depois deste dia 13 de Junho de 1912, aconteceu em Fátima a grande
manifestação do Imaculado Coração de Maria, "cercado de espinhos que O
pareciam cravar". A Irmã Lúcia disse depois: "Nós compreendemos que
era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que
exigia reparação".
A 13 de Novembro de 1920, o Papa Bento XV concedeu
novas indulgências a esta mesma prática, quando realizada no primeiro sábado de
oito meses seguidos. Uma devoção tradicional ...
Que maravilhoso é ver o Céu
contente pela coroação dum grande movimento de piedade católica, sem fazer mais
nada senão dar precisão às decisões de um Papa, sendo esse Papa São Pio X!
Também a Santíssima Virgem tinha vindo a Lourdes, confirmar as declarações
infalíveis do Papa Pio IX. Ora bem: ao pedir ao Papa a aprovação solene da
Devoção de Reparação revelada em Pontevedra, Nossa Senhora não estava realmente
a pedir nada impossível.
A Providência tinha preparado tudo tão bem que, em
1925-1926, esta devoção concordava perfeitamente com uma série de decisões
papais que foram precursoras e que "anunciavam" a devoção do Primeiro
Sábado. Em Fátima, no entanto, uma devoção novíssima... Apesar do que foi dito,
encontramos novos elementos na mensagem de Pontevedra! Em primeiro lugar, a
concessão de excessos de generosidade que só o Céu pode ter a liberdade de
conceder: no dia 10 de Dezembro, a Virgem Maria já não pede quinze, nem doze, nem
sequer oito sábados a Ela dedicados;
Ela bem sabe da nossa falta de constância e
pede só cinco sábados – tantos como as dezenas do nosso Terço.
Porém, é sobretudo a promessa unida a
esta devoção que aumentou de um modo impressionante. Já não é um caso de
indulgências (ou seja, a remissão do castigo por pecados já perdoados);
trata-se, antes, de uma graça muito mais notável: a certeza de receber, à hora
da morte, "todas as graças necessárias para a salvação". É
difícil imaginar uma promessa mais maravilhosa, porque se refere ao êxito ou ao
fracasso na "nossa única e mais importante tarefa: a da nossa salvação
eterna".
A Revelação do dia 29 de Maio
de 1930 - A Irmã Lúcia estava em Tuy - Espanha
nessa época. O seu confessor, o Padre Gonçalves, tinha-lhe feito uma série de
perguntas por escrito. Lembramos aqui só a quarta: "Porque hão de ser
cinco sábados – perguntou ele – e não nove, ou sete em honra das Dores de
Nossa Senhora?” Nessa mesma noite, a vidente implorou a Nosso Senhor que a
inspirasse com uma resposta a essas perguntas. Poucos dias depois, ela enviou o
seguinte ao seu confessor. "Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da
noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930 (sabemos que era seu
costume ter uma hora santa das onze à meia-noite, especialmente às
quintas-feiras, segundo os pedidos do Sagrado Coração de Jesus à Santa
Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673), e falando a Nosso
Senhor das duas perguntas, quarta e quinta, senti-me, de repente, possuída mais
intimamente da Sua Divina Presença. E, se não me engano, foi-me
revelado o seguinte: “Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies
de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:
1.
As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2.
As blasfêmias contra a Sua Virgindade;
3.
As blasfêmias contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo,
recebê-La como Mãe dos homens;
4.
Os que procuram publicamente infundir, no coração das crianças, a
indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5.
Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens.
Eis,
Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir
esta pequena reparação...”
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