sexta-feira, 9 de junho de 2017

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA – O TERCEIRO SANTO BRASILEIRO


SÃO JOSÉ DE ANCHIETA - 1534-1597

Resultado de imagem para SÃO JOSÉ DE ANCHIETA – O TERCEIRO SANTO BRASILEIRO

José de Anchieta (1534-1597) foi um padre jesuíta espanhol. O "Apóstolo do Brasil" foi beatificado pelo Papa João Paulo II e canonizado pelo Papa Francisco, no dia 3 de abril de 2014. 
Com 14 anos de idade, estudou no Real Colégio das Artes em Coimbra. Ingressou na Companhia de Jesus e ainda noviço, veio para o Brasil na frota de D. Duarte da Costa, segundo governador-geral. Dedicou-se ao trabalho de educar os filhos dos colonos, a pacificar e catequizar os índios. 
Participou da Fundação de São Paulo. Lutou pela expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. Viajou para Bahia, onde foi ordenado padre. 
Escreveu cartas, sermões, poemas, peças teatrais e a Gramática Tupi, que foi usada em todas as missões dos jesuítas. José de Anchieta (1534-1597) nasceu em San Cristóbal de La Laguna, na ilha de Tenerife, nas Canárias, pertencente à Espanha, no dia 19 de março de 1534. 
Filho de João Lopez de Anchieta, fidalgo basco, e Mência Dias de Clavijo y Lerena, descendente dos conquistadores de Tenerife. Aprendeu as primeiras letras em casa, ingressou na escola dos dominicanos. Aos 14 anos, em companhia de seu irmão mais velho vai para Coimbra. Ingressa no Real Colégio das Artes, onde estuda humanidades e filosofia. Em 1550,
Anchieta candidata-se ao Colégio da Companhia de Jesus, em Coimbra, e em 1551 é recebido como noviço. Em 1553 é escolhido para as missões em terras brasileiras. Com um grupo de religiosos, integra a frota de Duarte da Costa, segundo Governador-Geral do Brasil, enfrentando 65 dias de viagem, chefiados pelo Padre Luís de Grã. Ao descer na Capitania de São Vicente, Anchieta teve seu primeiro contato com os índios. 
      A ação dos jesuítas na catequese dos índios se estendia de São Vicente até os campos de Piratininga. José de Anchieta, junto com outros religiosos, com o objetivo de catequizar os índios carijós, sobe a Serra do Mar, rumo ao Planalto, onde se instala e funda o Colégio Jesuíta. 
No dia 24 de janeiro de 1554, dia da conversão do Apóstolo São Paulo, celebra uma missa, em sua homenagem. Era o início da fundação da cidade de São Paulo. 
Logo se formou um pequeno povoado. José de Anchieta aprendeu a língua tupi, o que mais tarde lhe permitiu escrever a Gramática tupi, que seria usada em todas as missões dos jesuítas. José de Anchieta participou da luta para expulsão dos franceses, que em 1555, haviam invadido o Rio de Janeiro e conquistado os índios tamoios. 
Depois de várias lutas, finalmente foram expulsos no dia 18 de janeiro de 1567. Em 1577, com 43 anos e 24 passados no Brasil, Anchieta é designado provincial, o mais alto cargo da Companhia de Jesus no Brasil. Com a função de administrar os Colégios Jesuítas do país, viaja para Olinda, em Pernambuco, para a Bahia, para Reritiba (hoje Anchieta) no Espírito Santo, para o Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. Foram 10 anos de visitas. Em 1597, o padre José de Anchieta, já doente vai para Reritiba, aldeia que fundou no Espírito Santo, onde passa seus últimos dias, falecendo no dia 9 de junho de 1597. 
O padre José de Anchieta foi canonizado, pelo Para Francisco, no dia 3 de abril de 2014. José de Anchieta, nascido na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, em 19 de Março de 1534, era filho de João López de Anchieta (natural de Urrestilla, bairro da localidade de Azpeitia, em Giupúscoa, país basco) e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena, descendente da nobreza canária. 
O sobrenome "Anchieta" é uma castelhinização do basco Antxieta ou Antxeta. Foi batizado em 7 abril de 1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios (atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna), onde ainda existe a pia de calcário vermelho onde, segundo a tradição, o santo teria sido batizado. Sua certidão de batismo, inscrita no Livro I da Igreja dos Remédios, está preservada no Arquivo Histórico Diocesano de Tenerife, onde se lê: José, filho de Juan de Anchieta e sua esposa, foi batizado no dia 7 de abril por Juan Gutiérrez, vigário e seus padrinhos foram Domenigo Riso e Don Alonso. Seu pai foi um revolucionário basco que tomou parte na revolta dos Comuneros contra o Imperador Carlos V na Espanha e um grande devoto da Virgem Maria. 
Era aparentado dos Loyola, daí o parentesco de Anchieta com o fundador da Companhia de Jesus Inácio de Loyola. Sua mãe era natural das Ilhas Canárias, filha de judeus cristãos novos. O avô materno, Sebastião de Llarena, era um judeu convertido do Reino de Castela. Dos doze irmãos, além dele abraçaram o sacerdócio Pedro Nuñez4 e Melchor.

Juventude
Anchieta viveu com a família até aos quatorze anos de idade, quando se mudou para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades, anexo à Univewrsidade de Coímbra. A ascendência judaica foi determinante para que o enviassem para estudar em Portugal, uma vez que na Espanha, à época, a inquisição era mais rigorosa. Ingressou na Companhia de Jesus em 1 de Maio de 1551 como noviço.

Atuação no Brasil
Tendo o padre Manoael da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitado mais braços para a atividade de evangelização do Brasil (mesmo os fracos de engenho e os doentes do corpo), o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou, entre outros, José de Anchieta. 
Desde jovem, Anchieta padecia de tuberculose óssea, que lhe causou uma escoliose, agravada durante o noviciado na Companhia de Jesus. Este fato foi determinante para que deixasse os estudos religiosos e viajasse para o Brasil. Aportou em Salvador a 13 de Julho de 1553, com menos de 20 anos de idade e vindo na armada do segundo governador-geral do Brasil, Dom Duarte da Costa com outros seis companheiros, sob a chefia do padre Luis da Grã. Anchieta ficou menos de três meses em Salvador, partindo para a Capitania de São Vicente no princípio de outubro, com o padre jesuíta Leonardo Nunes, onde conheceria Manuel da Nóbrega e permaneceria por doze anos. Anchieta abriu os caminhos do sertão, aprendendo a língua tupi, catequizando e ensinando latim aos índios. 
Escreveu a primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coímbra em 1595. No seguimento da sua ação missionária, participou da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente, embrião da cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de janeiro de 1554, recebendo este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo Paulo. Esta povoação contava, no primeiro ano da sua existência com 130 pessoas, das quais 36 haviam recebido o batismo. Sabe-se que a data da fundação de São Paulo é o dia 25 de Janeiro por causa de uma carta de Anchieta aos seus superiores da Companhia de Jesus, na qual diz: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!” O religioso cuidava não apenas de educar e catequizar os indígenas, como também de defendê-los dos abusos dos colonizadores portugueses que queriam não raro escravizá-los e tomar-lhes as mulheres e filhos. Esteve em Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig, juntamente com o padre Manuel da Nóbrega, em missão de preparo para o Armistício com os Tubinambás de Ubatuba (Armistício de Iperoig). Nesse período, em 1563, intermediou as negociações entre os portugueses e os indígenas reunidos na Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses. Durante este tempo em que passou entre os gentios, compôs o "Poema à Virgem". Segundo uma tradição, teria escrito nas areias da praia e memorizado o poema, e apenas mais tarde, em São Vicente, o teria trasladado para o papel. Ainda segundo a tradição, foi também durante o cativeiro que Anchieta teria em tese "levitado" entre os indígenas, os quais, imbuídos de grande pavor, pensavam tratar-se de um feiticeiro. Lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baia da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). 
Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade. 
Dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro por três anos, de 1570 a 1573. Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Aanchieta, no Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu por dez anos, sendo substituído em 1587 a seu próprio pedido. Retirou-se para Reritiba, mas teve ainda de dirigir o Colégio do Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo. Em 1595, obteve dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.
São lembrados também, neste dia: São Ricardo de Andria, Santa Diana e Bem-aventurada Ana Maria Taigi, Santo Efrém, São Baithin de Iona (abade), São Cumianol de Bobbio (monge e bispo), São Juliano da Síria (monge), São Maximiano de Siracusa (monge e bispo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário