SANTO
INÁCIO DE LOYOLA - 1491-1566
Fundou a ordem
da Companhia de Jesus "Padres Jesuítas".
Iñigo Lopez de
Loyola, este era o seu nome de batismo, nasceu numa família cristã, nobre e
muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha,
no ano de 1491.
O mais novo de
treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito
fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes,
principalmente os eqüestres, seus preferidos. Em 1506, a família Lopez de
Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de
Castela, do qual era aparentada.
No ano
seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá,
aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras
militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria. Dez
anos depois, em 1517, optou pela carreira militar.
Por isso foi
prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e
vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e
diplomáticas.
Mas, em 20 de
maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da
perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença.
Nesse
meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e
guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi
tocado pela graça.
Incentivado
por uma de suas irmãs, que cuidava dele, não voltou mais aos livros que antes
adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de
militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de
Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao
mundo da corte e das pompas. Durante um ano, de 1522 a 1523, viveu retirado
numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na
solidão e passando as mais duras necessidades.
Lá, durante
esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios
espirituais". E sua vida mudou tanto que do campo de batalhas passou a
transitar no campo das idéias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e
Veneza. Em Paris, em 15 de agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis
companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus.
Entre eles
estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e
também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando
concluíram os estudos, ocasião em
que Iñigo tomou o nome de Inácio.
Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a
nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral. Ele
preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o
cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente.
Entretanto,
desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde.
Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. A sua
contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo,
que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras
cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias.
Foi canonizado
pelo papa Gregório XV em 1622.
A sua festa é celebrada, na data de sua morte, nos
quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi
declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.
São lembrados
também neste dia: São Fábio de Mauritânia (mártir), São Demócrito, São
Calimério de Milão (bispo e mártir), Santos Demócrito, Segundo e Dionísio
(mártires), São Firmo de Tagaste (bispo).
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