sexta-feira, 1 de junho de 2018

NÃO BASTA CRER NA TRINDADE: É PRECISO TESTEMUNHAR

NÃO BASTA CRER NA TRINDADE: É PRECISO TESTEMUNHAR

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A fé no amor da Santíssima trindade deve levar-nos a assumir compromissos de amor com todos os irmãos. 
Não basta crer; é preciso, antes de mais nada, testemunhar a nossa fé com atitudes, mesmo porque nos disse Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus.” (Mt 7,21).
Se dizemos que cremos e amamos Deus Pai e vivemos tratando os irmãos como escravos, explorando os trabalhadores, excluindo os pequeninos de nossa vida, torturando das mais diversas maneiras  e castigando os inocentes, podemos dizer que temos fé mas não passamos de infiéis e traidores do amor do Pai e, para os que agem assim, Jesus tem duras palavras: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estais cheios de ossos de mortos e de toda a podridão.” (Mt 23,27).
Se dizemos que cremos no Deus Filho e vivemos odiando os inimigos e querendo-lhes mal, atraiçoando os irmãos, oprimindo os mais pobres e violentando os mais fracos; se somos incapazes de perdoar as ofensas e repartir o pão, de consolar os aflitos e proteger os perseguidos, de tratar com amor os doentes, com caridade os pobres, com misericórdia os presos, podemos dizer que temos fé, mas, na verdade, não passamos de crucificadores, e são para os que assim agem essas palavras do Divino Mestre: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o demônio e para os seus anjos, porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me recolhestes; estava nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes. ...Na verdade vos digo; todas as vezes que deixastes de fazer isso a um desses pequeninos , a mim não o fizestes.” (Mt  25, 41-43.45). 

Se cremos no Deus Espírito Santo, que é o princípio da Unidade, e espalhamos discórdia e semeamos calúnias, aceitamos o divórcio e praticamos o aborto, abandonamos o lar e destruímos famílias, podemos até dizer que temos fé, mas não passamos de mentirosos, e é o Espírito Santo quem nos diz isso através dos escritos de João, o Apóstolo amado: “Quem diz que o conhece e não guarda os seus mandamentos, é um mentiroso, e a verdade não está nele” (1Jo 2,4). Na nossa profissão de fé, no nosso Credo, repetimos, orando, “Creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do céu e da terra... creio em Jesus Cristo, seu único filho, Nosso Senhor... Creio no Espírito Santo...”, em suma, cremos na Santíssima Trindade.
A Trindade Santíssima está presente na história da salvação dos homens desde a criação do mundo, muito embora, no Antigo Testamento não exista nenhuma referência expressa sobre esse tão grande mistério da nossa fé.
A Santíssima Trindade está inteiramente voltada e interessada na salvação de todos os homens e foi, bem por isso, que Jesus Cristo, antes de voltar para a casa do Pai, no encerramento de seu ministério e do Evangelho de Mateus, determina aos Apóstolos e discípulos: “Foi-me dado todo o poder no céu e na terra.  Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28,18-20).
Adoremos, para todo o sempre, a Santíssima Trindade, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... A revelação e a apresentação da Santíssima Trindade a todos os homens foi o coroamento supremo da terceira manifestação do Senhor Jesus, na sua transfiguração, a todos os homens antes de sua vida pública.

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