quarta-feira, 27 de junho de 2018

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

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Muitos autores afirmam que o primeiro Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado em madeira por São Lucas, no século I, na época em que a Virgem Maria morava em Jerusalém. Revela a tradição que Ela viu a pintura com o Menino Jesus aos braços e apreciou muito, abençoando o artista e o seu trabalho.
Quando Lucas completou o Ícone, é tradição que ele deu de presente ao seu amigo pessoal e patrono Teófilo, e viajou em companhia de São Paulo, no prosseguimento do trabalho de evangelização. Consta ainda de informações antigas, que em meados do século V, o Ícone da Virgem foi encontrado no Império Bizantino.
Santa Pulquéria, que era Rainha e governava o país, ergueu um Santuário em honra da Virgem Maria em Constantinopla, e segundo fontes fidedignas, aquele Ícone permaneceu lá por muitos anos, onde nossa Mãe Santíssima era venerada por milhares de cristãos: reis, imperadores, homens, mulheres e crianças, ricos e pobres, e sobre todos derramava, uma quantidade incontável de graças, milagres e benefícios.

Também neste período, se tem conhecimento de que já existia pelo menos uma copia do original, que se encontrava no salão imperial de audiências da Rainha em Constantinopla.
Por outro lado, desde longa data, a arte sempre foi influenciada pela religiosidade popular, e mais especificamente nos séculos XII e XIII, com muito fervor foi colocada em grande evidência a Natureza Humana de Jesus, sendo divulgados com frequência os sofrimentos da Paixão, o Drama do Calvário do Senhor e as Dores de Nossa Senhora.
Aqueles fatos tristes e terríveis centralizavam a devoção das pessoas, que pelo cultivo deles, revelavam a grandeza de seu piedoso amor e carinho a Jesus e a Virge Maria.
Neste sentido, dois grandes Santos da época contribuíram exercendo uma forte influência com suas pregações, para que existisse de fato um acentuado exercício da devoção aos sofrimentos do Senhor: foram São Bernardo de Claraval e São Francisco de Assis.
Segundo afirma a tradição, São Lucas era grego, da mesma maneira que os seus pais. Assim o estilo bizantino originário daquela região, estava por assim dizer, no seu sangue. Então, nos séculos XII, XIII e XIV, os pintores fizeram diversas cópias em madeira e tela, criando o Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, procurando mesclar o estilo bizantino de Bizâncio, com aquela nova manifestação artística, buscando colocar expressões de sofrimento, dor e expectativa, nas faces da Virgem Maria e do Menino Deus. Entretanto o Ícone original desapareceu misteriosamente.
A tradição comenta que foi durante o cerco de Constantinopla. A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, no dia 29 de Maio de 1453, causou o desaparecimento de diversas relíquias cristãs, de valor inestimável.
Descreve a tradição que na véspera da queda da Cidade, durante o reboliço vivido pela multidão, cada pessoa se movimentava articulando alguma providência para escapar do cerco turco.
À noite alguém se apossou do Ícone da VIRGEM e da Coroa Imperial, dos quais, nunca mais se teve qualquer notícia! Este fato nos faz presente, que a passagem dos séculos não alterou e nem modificou o comportamento e a dedicação de MARIA em relação a humanidade, Ela continua demonstrado o mesmo carinho, a preciosa atenção e o perpétuo auxílio, através do Ícone pintado por São Lucas, assim como de todos os outros Ícones cópias e imagens, que visam, sobretudo, fazer com que Ela, a MÃE DE DEUS, seja mais conhecida e amada pelos seus filhos.
Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.
No ícone observamos a Virgem Mariasegurando o Menino Jesus aos braços, e ele, com uma expressão de expectativa um pouco assustado, segurando fortemente com as duas pequenas mãos, o polegar direito de sua Mãe, e olhando na direção do Arcanjo Gabriel.
O Arcanjo Gabriel está com a Cruz da Redenção e a esquerda da Virgem Maria, está o Arcanjo São Miguel com os instrumentos da Paixão do Senhor: a lança, o cravo de ferro, balde e a cana (vara de hissopo) com a esponja molhada no vinagre (conforme Jo 19, 29).
Como uma criança assustada diante daqueles terríveis instrumentos de Sua Paixão, ELE deve ter se movimentado nos braços da Mãe e involuntariamente soltado de seu pé direito a sandália, que está dependurada.
A face de Nossa Senhora é séria e triste, olhando em nossa direção, nos mostrando o seu pequenino e amoroso FILHO, e ao redor, os instrumentos da sua abominável flagelação e crucificação, suscitando nossa piedade e devoção, e nos convidando a lembrar sempre os motivos do sofrimento e das dores de Jesus para Redimir a Humanidade de todas as gerações. 

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