SÃO JOSÉ BENEDITO COTOLENGO - 1786 - 1842
Fundou as
Pequenas casas da Divina Providência. José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na
província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786.
Foi o mais
velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas
cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para
saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse,
queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu
hospital".
O episódio foi
um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa. Com dezessete
anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na
diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos
mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais
de sua vocação.
Em 1837, padre
José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida,
vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a
internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres.
Ele nada pôde
fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os
familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar
os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a
Providência Divina".
Alugou uma
casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os
doentes marginalizados, trabalhando, ele mesmo, como enfermeiro e buscando
recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão
dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada
para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a Palavra
do Senhor cravada em seus corações.
Os políticos
da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não
desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência
e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os
pequeninos, os deficientes e os doentes. Os fundos deveriam vir apenas das
doações e da ajuda das pessoas simples.
Padre José
Benedito Cotolengo tinha como lema "caridade e confiança": fazer todo
o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na
periferia da cidade e reabriu-a com o nome de "Pequena Casa da Divina
Providência".
Diante do
Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que
se uniram a ele nessa experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os
doentes desamparados, pois, como ele mesmo dizia: "Se soubesses quem são
os pobres, vós os servirias de joelhos!".
Morreu de
fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.
A primeira
casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças
contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga
quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e
voluntárias.
A congregação
pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem
receber ajuda do Estado ou de qualquer outra instituição.
O padre José
Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI em 1934, e sua festa litúrgica
ocorre no dia 30 de abril.
Neste dia são
lembrados também: São Paulo V, São Lourenço de Novara, Santa Hildegarda e Santa
Sofia. Neste dia são lembrados também: São Pio V (papa), São Luiz von Bruck
(menino mártir), Santos Mariano, Tiago e companheiros (mártires da África),
Santa Sofia de Fermo (virgem e mártir).
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