SÃO MATEUS - APÓSTOLO E EVANGELISTA
No tempo de Jesus Cristo, na época em
que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram
onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus.
A cobrança desses impostos era feita
por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros
esfoladores do povo.
Um dos piores rendeiros da época era
Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o
"dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas
da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi.
Olhou-o com firmeza nos olhos e disse:
"Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso
negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus. Acredita-se, mesmo, que tal
mudança não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e
espontâneo entusiasmo no Messias.
Na verdade, o que se imagina é que
Levi havia algum tempo cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e
que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho
da fé cristã.
Daquele dia em diante, com o nome já
trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo,
acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. Mateus
foi o segundo apóstolo (considerando que o primeiro foi Marcos) a escrever um
livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de
Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina.
Quando o apóstolo são Bartolomeu
viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.
Depois da morte e ressurreição de
Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a
Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém foi vítima de uma grande
perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos
e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses.
Mas Deus não o abandonou e mandou um
anjo que curou seus olhos e o libertou.
Mateus seguiu, então, para a Etiópia,
onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à
evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao
palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar,
causando grande espanto e admiração entre os presentes.
Com esse ato, Mateus conseguiu
converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser
uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.
São Mateus morreu por ordem do rei
Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo
ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de
casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia
decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem,
Hitarco mandou que seus soldados o
executassem. No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram
transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como
padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração
de são Mateus, apóstolo.
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