Entre os Doze apóstolos de Cristo,
André foi o primeiro a ser seu discípulo.
Além de ser apontado por eles próprios
como o "número dois", depois, somente, de Pedro.
Na lista dos apóstolos, pela ordem
está entre os quatro primeiros.
Morava em Cafarnaum, era discípulo de
João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram
pescadores no mar da Galiléia.
Foi levado por João Batista à verde
planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele
passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a
seguí-lo.
A seguir, André levou o irmão
Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias".
Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos
para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da
resposta de Filipe. André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos
alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes.
Pouco antes da morte do Redentor,
aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois
é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e
ambos contaram a Jesus.
André participou da vida publica de
Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a
Ascensão e recebeu o primeiro Pentecostes.
Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo
a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos
com exatidão. Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi
evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia.
Nessa última, formou um grande rebanho
e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja
nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do
inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.
André ousou não obedecer à autoridade
do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais
ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou
e condenou-o à crucificação.
Para espanto dos carrascos, aceitou
com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria
"pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus". Ficou dois dias
pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas
vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de
André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a
seguir.
Tudo ocorreu sob o império de Nero, em
30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa. O
imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as
relíquias mortais de santo André, Apóstolo.
Elas foram levadas para Roma, onde
permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André,
Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.
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