16
DE NOVEMBRO
SANTA
MARGARIDA DA ESCÓCIA - 1046-1093
Uma rainha tão
boa para os súditos que, embora estrangeira, foi profundamente amada por eles.
Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como uma coroa real pode unir-se à
coroa da fé.
Através do
exemplo de sua vida pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua
época até hoje. Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo
escocês. Nascida em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande
devoção cristã, culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina
diplomacia. As questões políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde
conheceria seu futuro marido.
Sua mãe,
Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo,
pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto.
Numa época tão
conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu dar
abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais. Não demorou
muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e nobre
figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em casamento. Margarida
tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim agindo compreendeu que
poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo escocês, ainda pagão.
Seu
marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e ignorante.
Não sabia ler,
por isso tinha grande respeito por sua mulher instruída. Beijava o livro de
orações que ela lia junto dele com devoção e sempre pedia seus conselhos. A
rainha, pacientemente e pouco a pouco, alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à
sua autoridade. Ela era discreta, modesta e humildemente respeitosa à sua
condição de chefe de um povo e uma nação.
Quando o rei
Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado. Essa atitude do rei
mudou completamente os destinos do país, pois o povo também se converteu. O
casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que receberam instrução e
educação cristã necessária aos nobres.
O rei também
passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e
os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça. No palácio, a
rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos,
viúvas, pedintes e velhos desamparados.
O rei
compartilhava dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos
excluídos. Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história
da Escócia, foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e
para a nação.
A rainha
Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave
doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu
marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick.
Morreu no dia
16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline,
Escócia. Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo
papa Inocêncio IV.
O culto que
celebra santa Margarida da Escócia com grande festa ocorre, no dia de sua
morte, em todo o mundo católico.
São
comemorados também neste dia: Santa Gertrudes, a Grande, Afano de Wales
(bispo), Áfrico de Comminges (bispo), Alfrick de Cantuária (monge e bispo),
Edmundo Rich (bispo) e São Elpídio,
Olá,
ResponderExcluirExcelente leitura!
Abraços!