22
DE NOVEMBRO
TOMÁS
REGGIO - 1818-1901
Fundou a Congregação das
Religiosas de Santa Marta.
Descendente de
nobres, Tomás nasceu na cidade de Gênova, na Itália, em 9 de janeiro de 1818.
Aos vinte anos, decidiu dedicar-se à vida religiosa, deixando para trás o luxo
e uma carreira brilhante. Escolha essa definitiva, pois, ao receber a ordenação
sacerdotal, fez voto de pobreza.
Apesar da
pouca idade, foi nomeado vice-reitor do seminário de Gênova, aos vinte e cinco
anos, e logo depois assumiu a titularidade da reitoria. Sua dedicação na
formação dos futuros sacerdotes era para que realmente eles estivessem
dispostos a um compromisso pleno e total de suas vidas, sem receios, com Deus e
com Igreja. Em 1877, foi consagrado bispo de uma diocese genovesa muito pobre,
chamada Ventimiglia, onde foi um pastor visionário e verdadeiro guia espiritual
do seu rebanho.
Convocou três
sínodos em quinze anos, criou novas paróquias, renovou a liturgia e trabalhou
para aumentar a atuação da assistência social aos pobres e doentes da diocese.
No primeiro ano de seu bispado, fundou a Congregação das Religiosas de Santa
Marta, com o objetivo de acolher os mais pobres entre os pobres. Essas
religiosas aprenderam com ele a adorar a Deus em silêncio, a alimentar-se da
oração, a encontrar, de joelhos, as razões de uma fé que faz descobrir Cristo
nos mais necessitados.
Mais tarde,
dom Tomás direcionou a Congregação das Religiosas de Santa Marta para servir
como enfermeiras nos asilos, orfanatos e hospitais de misericórdia. Apesar da
idade avançada, quando um terremoto devastou a região dom Tomás agiu
rapidamente. Pedindo ajuda financeira aos nobres locais, imediatamente
construiu um orfanato e um hospital, que foram entregues aos cuidados de suas
religiosas. Também conseguiu verba para reconstruir sua diocese, recuperando
todas as igrejas e paróquias atingidas pela catástrofe.
O papa Leão
XIII nomeou dom Tomás arcebispo de Gênova quando ele já contava com setenta e
quatro anos de idade. Apesar das dificuldades, entrou em ação e criou a
Pontifícia Faculdade Católica de Direito e a Escola Superior de Religião. Foi
ele também que celebrou em Roma o ritual religioso para o sepultamento do rei
Humberto I, assassinado em Monza em 1900.
No ano
seguinte, aceitou o convite para a festa de inauguração da estátua do Redentor
instalada no alto do monte de uma cidade de sua diocese. Quando viajava, como
sempre na terceira classe de um trem, passou mal e não conseguiu chegar ao
destino.
Morreu, na
cidade de Triora, em 22 de novembro de 1901.
O papa João
Paulo II proclamou-o bem-aventurado no ano jubilar de 2000.
As suas
filhas, Religiosas de Santa Marta, hoje se encontram servindo em muitos países
de todos os continentes, até no Brasil. Por isso a festa que celebra a sua
lembrança, e que ocorre no dia de sua morte, é muito comemorada pelos fiéis.
São comemorados
também neste dia: Santa Cecília, Santos Marcos e Estevão (mártires de Antioquia
da Pisídia), Santa Afia e Santo Filemon (mártires – a Filemon São Paulo
escreveu a mais breve de suas cartas), São Pragmácio e São Tomás Réggio.
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