22
DE MAIO
SANTA
CATARINA DE GÊNOVA - 1447-1510
No século XV,
os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no
governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi
nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções
políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre
si. Ela teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca,
fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata
família Adorno, dos ghibellini.
A união foi
chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado,
jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos,
era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder
ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera. Ela viveu sob a
influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as
obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso.
Aos vinte e seis
anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe
parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento
de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes. Sua conversão foi tão
sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também.
Colocando todo
o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios
suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no
hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de
conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram
epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre.
Catarina e Juliano
passaram a cuidar desses doentes. Catarina realizou o seu desejo de renovação
espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados.
Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais
despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e
abandonados. Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os
quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se
encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação
do que esta nupcial e doce veste da caridade".
Enquanto isso, a
fama de sua santidade corria entre os fiéis. Catarina, nessa íntima comunhão
com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura.
Em 1507, com o
físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados,
adoeceu e nunca mais se recuperou.
Morreu no dia
15 de setembro de 1510. Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo
papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais
conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova
no dia 12 de setembro.
Sua memória
litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
Neste dia são
lembrados, também: Santa Rita de Cássia, Santa Quitéria, São Casto, Santa Júlia,
Santa Helena de Carnarvon (esposa do imperador Magno Clemente Máximo), Santo
Hemming da Finlândia (bispo e mártir)..
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