sábado, 25 de maio de 2013

SANTÍSSIMA TRINDADE

SANTÍSSIMA TRINDADE
Ano – C; Cor – Branco; Leituras: Pr 8,22-31; Sl 8; Rm 5,105; Jo 16,12-15.

“SENHOR, QUE É O HOMEM, PARA DELE ASSIM VOS LEMBRARDES E O TRATARDES COM TANTO CARINHO?” (Sl 8,5).

Diácono Milton Restivo

Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; seguí-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou.” (Conferência de Aparecida, 18).
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A primeira leitura desta liturgia é do livro dos Provérbios e fala da sabedoria de Deus. Sabedoria é prudência, moderação, temperança, reserva, discernimento das coisas de Deus. Saber é conhecer, ter informação. Saber é o conjunto coerente de conhecimentos adquiridos em contato com a realidade ou pelo estudo. Para o cristão a sabedoria é o saber do amor que o Pai lhe tem e é o sabor que gostosamente degusta das maravilhas que o Senhor opera em sua existência.
A Sabedoria é transmitida pelo modo de viver, pelos gestos, pela palavra, e Jesus Cristo é a Sabedoria do Pai, Jesus Cristo é a plenitude do tempo, Jesus Cristo é a Palavra do Pai: “a Palavra que se fez homem e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória: glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade”. (Jo 1,14).
O Apóstolo Paulo diz que Jesus Cristo é a sabedoria de Deus: “Mas para aqueles que são chamados, tantos judeus como gregos, ele é o Messias, poder de Deus e sabedoria de Deus”. [...] “Ora, é por iniciativa de Deus que vocês existem em Jesus Cristo, o que se tornou para nós sabedoria que vem de Deus, justiça, santificação e libertação, a fim de que, como diz a Escritura: ‘Aquele que se gloria, que se glorie no Senhor”. (1Cor 1,24.3); “... a fim de conhecerem o mistério de Deus: Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”. (Cl 2,3b).
               Cristo é o ponto culminante do plano amoroso de Deus iniciado com a criação.
Já no princípio, conforme nos narra a primeira leitura, a Sabedoria de Deus, Jesus Cristo, foi o protagonista da ação criadora de Deus: Deus usou a palavra para designar o que deveria ser criado, porque, “no começo, a Palavra já existia, a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus”. (Jo 1,1); a Palavra de Deus é Jesus Cristo: “e a Palavra se fez homem e veio habitar entre nós”. (Jo 1,14).
O evangelho de João diz que Jesus Cristo é a Palavra que realiza o que significa. Agora, na plenitude dos tempos, continua a ser a Palavra que realiza o que significa: Deus ama-nos e faz de nós membros da sua  família divina. Deus Pai ama-nos como filhos e Deus Filho nos ama como irmãos. A Palavra realizou este mistério da comunhão humano-divina vindo a habitar no nosso meio: “A Palavra estava no mundo, o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a conheceu. Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam. Ela, porém, deu o poder de se tornarem filhos de Deus a todos aqueles que a receberam, isto é, àqueles que acreditam no seu nome”. (Jo 1,10-14). Deste modo a História atinge a plenitude dos tempos, isto é, a fase dos acabamentos ou divinização do homem.
Jesus Cristo, sendo a Sabedoria do Pai, é também o medianeiro da Salvação: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem que se entregou para resgatar a todos”. (1Tm 2,5). Jesus Cristo, como Sabedoria do Pai é a imagem perfeita de Deus, e o princípio, o centro e o fim da criação: “Ele é imagem do Deus invisível, o Primogênito, anterior a qualquer criatura; porque nele foram criadas todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres, as visíveis como as invisíveis: tronos, soberanias, principados e autoridades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas e tudo nele subsiste”. (Cl 1,15-17). A Sabedoria tinha uma função da arquitetura da criação do mundo e dos homens; é a forma virtual da realidade que viria a ser criada. A Sabedoria serviu de inspiração para Deus no começo da criação, como vemos na primeira leitura, que é tão lindo que sinto necessidade de transcrevê-la na íntegra: “Yahweh me produziu como primeiro fruto de sua obra, no começo de seus feitos mais antigos. Fui estabelecida desde a eternidade, antes que a terra começasse a existir. Fui gerada quando o oceano ainda não existia, e antes que existissem as fontes de água. Fui gerada antes que as montanhas e as colinas fossem implantadas, quando Yahweh ainda não tinha feito a terra, a erva, nem os primeiros elementos do mundo. Quando ele fixava o céu e traçava a abóbada sobre o oceano, eu ai estava. Eu me achava presente quando ele condensava as nuvens no alto e fixava as fontes do oceano; quando punha um limite para o mar, de modo que as águas não ultrapassassem a praia; e também quando assentava os fundamentos da terra. Eu estava junto com ele, como mestre-de-obras. Eu era o seu encanto todos os dias, e brincava o tempo todo em sua presença; brincava na superfície da terra, e me deliciava com a humanidade”. (Pr 8,22-31).
Agora a Sabedoria passa a ser vista como forma primordial e modelo da ação criadora de Deus. Jesus Cristo, a Sabedoria de Deus, é o primogênito da criação. Por outras palavras, é o modelo, a causa exemplar e inspiradora do projeto criador de Deus. Com o acontecimento de Jesus Cristo, a história atingiu a fase da plenitude, isto é, a humanidade entra na fase dos acabamentos. Jesus Cristo é a base da nossa união orgânica com a divindade: “Nesse dia vocês compreenderão que eu estou no Pai, vocês em mim e eu em vocês.” (Jo 14,20).
Na sua oração após a ceia pascal, Jesus Cristo recorda esta verdade enquanto ora a Deus Pai: “Eu neles, tu em mim, Pai, para que sejam perfeitos na unidade, e para que o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste a eles, como me amaste a mim” (Jo 17, 23).
E a liturgia de hoje festeja a Santíssima Trindade. Ao meditar sobre a Santíssima Trindade, devemos levar em consideração que a palavra “Trindade” não é referenciada uma única vez nas Escrituras. Trindade é um termo usado numa tentativa de descrever o Deus tri-uno, três em um, e o fato de haver três pessoas co-existentes e co-eternas perfazendo um só Deus. Compreenda que de jeito nenhum se sugere aqui que haja três deuses. A Trindade é um Deus em três pessoas.
Não há nada errado em usar o termo “Trindade”, mesmo que esta palavra não se encontre na Bíblia. É mais prático dizer a palavra “Trindade” do que dizer “três pessoas co-existentes e co-eternas perfazendo um só Deus”.
Há um só Deus: “Ouça, Israel! Yahweh nosso Deus é o único Yahweh. Portanto, ame Yahweh seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força. Que esta palavras que hoje eu lhe ordeno, estejam em seu coração”.  (Dt 6,4-6); “... não existe outro Deus a não ser o Deus único” (1Cor 8,4b); “Ora, esse intermediário não representa uma pessoa só, e Deus é um só”. (Gl 3,20); “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem que se entregou para resgatar a todos”. (1Tm 2,5).
A Trindade consiste de três Pessoas e, muito sutilmente, Yahweh deixa transparecer isso no Antigo Testamento quando o verbo é colocado no plural: “Então Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. (Gn 1,26); “Depois Yahweh Deus disse: ‘O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”. (Gn 3,22); “E Yahweh disse [...] Vamos descer e confundir a língua deles, para que um não entenda a língua do outro”. (Gn 11,7); “Ouvi, então, a voz do Senhor que dizia: ‘Quem é que vou enviar? Quem irá de nossa parte?”. (Is 6,8); “E agora Yahweh Deus me enviou com o seu espírito”. (Is 48,16); “O Espírito do Senhor Yahweh está sobre mim, porque Yahweh me ungiu”. (Is 61,1).
A Trindade no Novo Testamento: “O anjo respondeu: ‘O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus”. (Lc 1,34-35); “Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz, dizendo: ‘Este é o meu Filho amado, que muito me agrada”. (Mt 3,16-17; Jo 1,32-34; Is 42,1; Mt 12,18; Mt 17,5); e, nos Evangelhos, a identidade perfeita da Trindade na despedida de Jesus: “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que eu ordenei a vocês”. (Mt 28,19-20). “Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”. (1Cor 13,13).
Cada membro da Trindade é Deus.
O Pai é Deus: “É este alimento que o Filho do Homem dará a vocês, porque foi ele quem Deus Pai marcou com seu selo”. (Jo 6,27b); “Que a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês”. (Rm 1,7); “Vocês foram escolhidos de acordo com a presciência de Deus Pai e através da santificação do Espírito, para obedecerem a Jesus Cristo e serem purificados pelo seu sangue. Que a graça e a paz sejam abundantes para vocês”. (1Pd 1,2); “Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que age por meio de todos, e está presente em todos”. (Ef 4,6).
O Filho é Deus: “No começo a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. No começo ela estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. Tudo foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. (Jo 1,1-4); “É em Cristo que habita, de modo corporal, toda plenitude da divindade. Em Cristo vocês têm tudo de modo pleno. Ele é a cabeça de todo principado e de toda autoridade”. (Cl 2,9); “Sobre o Filho, porém, afirma: ‘O teu trono, ó Deus, permanece para sempre, e o cetro da retidão é o cetro do teu reino”. (Hb 1,8); “Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu inteligência para conhecermos o Deus Verdadeiro. E nós estamos com o Verdadeiro, graças a seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna”. (1Jo 5,20); “Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real, e ele se chama ‘Conselheiro Maravilhoso’, ‘Deus Forte’, Pai para sempre’, Príncipe da Paz’. Grande será o seu domínio, e a paz não terá fim sobre o trono de Davi e seu reino, firmado e reforçado com o direito e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo de Yahweh dos exércitos é quem realizará isso”. (Is 9,5-6).
O Espírito Santo é Deus: “Porque você está mentindo para o Espírito Santo, conservando uma parte do preço do terreno? [...] Você não mentiu para os homens, mas para Deus”. (At 5,3b.4b); “Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?”. (1Cor 3,16); “Uma vez que o Espírito de Deus habita em vocês, vocês já não estão sob o domínio dos instintos egoístas, mas sob o Espírito, pois quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele”. (Rm 8,9); “Ele é o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele mora com vocês, e estará com vocês”. (Jo 14,16-17): “Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem”. (At 2,4).
A verdade revelada da Santíssima Trindade está nas origens da fé viva da Igreja, principalmente através do Batismo. Pela graça do Batismo “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, mesmo na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna.
Esta é a nossa magnífica vocação. Na nossa extrema ignorância, ousamos designar tarefas aos membros individuais da Trindade:
O Pai é a fonte máxima ou causa do universo: “Contudo, para nós existe um só Deus: o Pai. Dele tudo procede, e para ele é que existimos”. (1Cor 8,6a); “Senhor, nosso Deus, tu és digno de receber a glória, a honra e o poder. Porque tu criaste todas as coisas. Pela tua vontade elas começaram a existir e foram criadas”. (Apo 4,11).
Da revelação divina: “Esta é a revelação de Jesus Cristo: Deus a concedeu a Jesus, para ele mostrar aos seus servos as coisas que devem acontecer muito em breve. Deus enviou o seu servo João o Anjo, que lhe mostrou estas coisas através dos sinais”. (Apo 1,1).
Da salvação: “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele”. (Jo 3,16-17). e
Das obras humanas de Jesus: “Meu Pai continua trabalhando até agora, e eu também trabalho”. (Jo 5,17); “Você acredita que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu digo a vocês, não as digo por mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim, ele é que realiza suas obras. Acreditem em mim: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditem nisso, ao menos por causa dessas obras!”. (Jo 14,10-11).
O Filho é o agente através do qual o Pai faz as seguintes obras:
A criação e manutenção do universo: “E há um só Senhor, Jesus Cristo, por quem tudo existe e por meio do qual também nós existimos”. (1Cor 8,6b); “Tudo foi feito por meio dela (a Palavra), e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela”. (Jo 1,3); “Porque nele foram criadas todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres, as visíveis como as invisíveis: tronos, soberanias, principados e autoridades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas e tudo nele subsiste”. (Cl 1,16-17);
Da divina revelação: “No começo a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. No começo ela estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. Tudo foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela”. (Jo 1,1-3); “Não tenha medo, cidade de Sião. Eis que o seu rei está chegando, montado num jumentinho”. (Jo,12-15); “Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar”. (Mt 11,27); “Esta é a revelação de Jesus Cristo: Deus a concedeu a Jesus, para ele mostrar aos seus servos as coisas que devem acontecer muito em breve”. (Apo 1,1); e
Da salvação: “Ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. (Mt 1,21); “E diziam à mulher (a samaritana): ‘Já não acreditamos por causa do que você disse. Agora, nós mesmos ouvimos e sabemos que este é, de fato, o salvador do mundo”. (Jo 4,42).
O Espírito Santo é o meio pelo qual o Pai faz as seguintes obras:
A criação e manutenção do universo: “Ora, a terra estava vazia e vaga, e as trevas cobriam o abismo, e um vento de Deus (o Espírito de Deus) pairava sobre as águas”. (Gn 1,20); “O seu sopro clareou os céus...”. (Jó 26,13a); “Envia o teu sopro e eles serão criados, e assim renovas a face da terra”. (Sl 104,30);
Divina revelação: “Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar. Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu e o interpretará para vocês. Tudo o que pertence ao Pai, é meu também. Por isso é que eu disse: o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”. (Jo 16,12-15); “Deus não manifestou esse mistério para as gerações passadas da mesma forma com que o revelou agora, pelo Espírito, aos seus santos, apóstolos e profetas: em Jesus Cristo por meio do Evangelho, os pagãos são chamados a participar da mesma herança, a formar o mesmo corpo e a participar da mesma promessa”. (Ef 3,5); “Antes de mais nada, saibam disto: nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação particular, pois a profecia jamais veio por vontade humana. Pelo contrário, impelidos pelo Espírito Santo, os homens falaram como porta-vozes de Deus”. (2Pd 1,20-21);
Salvação: “Quem nasce da carne, é carne, quem nasce do Espírito, é espírito. Não se espante se eu digo que é preciso vocês nascerem do alto”. (Jo 3,6-7); “Ele nos salvou não por causa dos atos justos que tivemos praticado, mas porque fomos lavados por sua misericórdia através do poder regenerador do Espírito Santo. Deus derramou abundantemente o Espírito sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, para que, justificados por sua graça, nós nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna”.  (Tt 3,4b-7); “Vocês foram escolhidos de acordo com a presciência de Deus Pai e através da santificação do Espírito, para obedecerem a Jesus Cristo e serem purificados pelo seu sangue. Que a graça e a paz sejam abundantes para vocês”. (1Pd 1,2); e
Feitos de Jesus: “O Espírito do Senhor Yahweh está sobre mim, porque Yahweh me ungiu”. (Is 61,1; Lc 4,18; At 10,38).
A verdade não se impõe, mas é preciso buscá-la e nessa busca o Espírito oferece sua ajuda, sem a qual jamais chegaremos a encontrá-la. É a verdade total, pois parte dessa verdade, da qual Jesus forma a totalidade, pode ser encontrada por outras pessoas fora do círculo religioso dos discípulos. Porém a verdade total sobre Jesus, o Cristo e Filho de Deus, só é possível vê-la através da iluminação recebida pelo Espírito da Verdade, sobrenome com o qual Jesus o designa.
O Mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode-se dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês” (2Cor 13,13; cf. 1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6).

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