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DE MAIO
SÃO
FÉLIX DE CANTALÍCIO - 1515-1587
Félix Porro
nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515.
Filho de uma família muito modesta de camponeses teve de trabalhar desde a
tenra idade, assim não podia estudar. Na adolescência, transferiu-se para
Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua
vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos
Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência
constante e à caridade cristã. Aos trinta anos de idade entrou para os
capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a
profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João.
Pertenceu à
primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou
entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para
depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de
São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta
anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício. Nesse período, trajando um
hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande
saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o
convento, pelas ruas da cidade eterna.
Todas as pessoas, adultos, velhos ou
crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A
todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou
seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo
para os seus frades. Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe
perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei
Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro
com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro
fim não tem senão sofrer e trabalhar".
Em vida, foram
muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados
quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los.
Mas quando ele
morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se
despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os
seus milagres e a sua santidade. Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito
nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente.
Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe
Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o
seu papado.
No dia 18 de
maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos
causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem,
frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno.
O papa
Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na
igreja da Imaculada Conceição, em Roma.
São lembrados
também, neste dia: São Leonardo Murialdo, São João I, Santa Cláudia, Santo
Henrique da Suécia (rei e mártir), Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração
(religiosa), Santos Teódoto, Tecusa, Eufrásia e companheiras (mártires de
Ancira).
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