quarta-feira, 25 de março de 2015

ANUNCIAÇÃO DE MARIA

ANUNCIAÇÃO DE MARIA
BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES... (Lc 1, 39-45).


É na humildade que o Senhor Nosso Deus se manifesta; e nas coisas humildes que o poder de Deus se realiza. O Senhor gosta das coisas pequenas e das pessoas humildes. 
É por isso que, muitos anos antes  do nascimento de Jesus Cristo, o Senhor anunciou, através do profeta Miquéias, que o Salvador do mundo nasceria  na mais insignificante cidade de Judá, a esquecida localidade de Belém; e, por gosta das pessoas humildes que o Senhor escolheu entre todas as mulheres a mais humilde, mas também a mais bela, a mais santa e a que mais amou ao próprio Senhor Deus.
E Maria foi humilde e acreditou na palavra de Deus; por isso e que ela mereceu se tornar a Mãe de Jesus Cristo. Quando o Anjo do Senhor veio consultar Maria  se ela aceitava ser a Mãe do Filho de Deus, o Anjo lhe disse também que sua prima Isabel, já adiantada em idade e que até então não tinha tido nenhum filho, e por isso o povo judeu a julgava estéril, isto é, não tinha condições de ter filhos, já estava grávida no seu sexto mês de gravides também por obra e graça do Espírito Santo, Maria, a escolhida do Senhor, a predileta de Deus, conhecedora das dificuldades  que sua prima idosa enfrentaria nessa gravides temporã e inesperada, e Maria também grávida do Filho de Deus, não pensou duas vezes; deixou sua casa em Nazaré, deixou seu noivo na oficina de carpintaria, deixou seus afazeres, não se preocupou com os seus problemas e partiu imediatamente “para a região montanhosa, dirigindo-se às pressas a uma cidade da Judéia” onde morava Isabel.
             Maria nos dá um grande exemplo de caridade e socorre uma pessoa em suas necessidades, no caso sua prima Isabel. Maria poderia ter ficado comodamente em sua casinha de Nazaré, mesmo porque ela tinha sido a escolhida pelo Senhor para ser a Mãe do Filho de Deus, e ela já estava grávida do Filho de Deus, e, bem por isso seria o mundo que deveria vir até ela e não ela sair correndo  para socorrer os outros com os mesmos problemas  que ela mesmo tinha.
Mas Maria, com todos os seus problemas, ao saber de alguém em dificuldades, deixa tudo, esquece os seus próprios problemas e parte para socorrer, para auxiliar, para ajudar e para estar presente junto a quem necessitava de uma palavra amiga, de um gesto de carinho, de um conforto espiritual e, acima de tudo, de uma ajuda material.
“Ao chegar na casa de Zacarias, Maria saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo e com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Como posso merecer que a Mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria em meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor sempre prometeu.” (Lc 1, 39-45).
Onde Maria se fazia presente, presente também se fazia a Santíssima Trindade; Deus Pai a cobria com a sua sombra, Deus Filho se mantinha pequenino e humilde no seu ventre aguardando o momento de vir a este mundo, e Deus Espírito Santo permanecia no seu coração e atingia o coração de todos aqueles que mantinham conversação com a Santíssima Virgem Maria grávida de um Deus que se fazia homem. E é por isso que Isabel exclama cheia de alegria e admiração e repleta do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.  
Bendita é você, Maria, que foi humilde e que acreditou na palavra de Deus. Bendita é você, Maria, que não perguntou ao Senhor o “porque” de você ter sido a escolhida como nós fazemos quando o Senhor nos convoca para qualquer missão e perguntamos: “porque eu???” Bendita é você, Maria entre todas as mulheres, porque a nenhuma outra mulher do mundo todo e de todos os tempos o Senhor teria confiado o seu tesouro mais precioso, mais sublime, mais amado, mais divino; a nenhuma outra mulher deste mundo o Senhor teria confiado a guarda do seu próprio e Divino Filho.
E você, Maria foi o sacrário vivo do Filho de Deus, que ganhou vida humana no seu ventre; o Filho de Deus viveu a sua vida, o Filho de Deus se alimentou do seu sangue, o filho de Deus respirou o seu ar, o Filho de Deus tomou a sua carne para ser um de nós. “Bendita és tu entre a mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”, são palavras de Isabel que a nossa Santa Igreja repete  pelos tempos sem fim, e que os anjos, diante do trono da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, não se cansam de repetir, e isso será pelos séculos dos séculos, Amém.

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