quinta-feira, 12 de março de 2015

MARIA, OBRA PRIMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE.


MARIA, OBRA PRIMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE.


Quantos já escreveram sobre ti, Maria. Quantos já escreveram de ti, ó Imaculada.
Todos, porém, confessaram humildemente que nada conseguiram escrever que correspondesse à sua dignidade. O único consolo para todos os escritores que escreveram sobre ti foi esta convicção que tu mesma sabes falar às almas, a teu jeito, e sabes ensinar os humildes e puros muito melhor do que eles próprios o entendiam, escrevendo. Dignai-me louvar-te, ò Virgem Santíssima, apesar de eu saber que nem sou digno de escrever de ti, nem a inteligência humana é capaz de entender a tua glória.
Tu és o Refúgio dos pecadores, Auxílio dos fiéis, Rainha dos apóstolos, dos mártires, dos confessores, de todos os santos e até dos anjos; Mãe de Cristo, Mãe do Salvador, Mãe do Redentor, verdadeira Mãe de Deus. Aqui para a inteligência humana incapaz de compreender o infinito de Deus e, consequentemente, a dignidade da Mãe de Deus.
Deus é amor.  Na plenitude deste amor, o Pai gera o Filho e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.   Sendo que Deus amou todas as suas semelhanças limitadas, a algumas delas deu uma existência verdadeira. Estas criaturas, pela força da reação, aperfeiçoam-se voltando-se, assim, para Deus, de quem procedem. Os homens, dotados de vontade livre, tendem assim a Deus, mesmo que muito imperfeitamente, distante da perfeita vontade de Deus.
            Deus, porém, previu, desde os séculos, uma criatura que nem no mínimo lhe contrariasse, não perdesse graça nenhuma, não se apropriasse de nada que dele recebesse.
Desde o primeiro momento em que começou a existir, habitou na alma dessa criatura privilegiada o Doador das graças, o Espírito Santo, possuindo-a tão plenamente que o nome da esposa do Espírito Santo responde apenas imperfeitamente, mesmo que de verdade, à sombra daquela união perfeita.
O Espírito Santo não deixou que essa criatura fosse manchada pela mácula do pecado original, e essa criatura foi concebida sem mácula, e ela é a Imaculada Conceição.
Na cidade de Lourdes, a Virgem Imaculada, às repetidas perguntas de Bernadete que lhe perguntava qual era o seu nome, respondeu: “Eu sou a Imaculada Conceição.” Com estas palavras exprimiu claramente que não é somente Imaculada Concebida, e sim a própria Imaculada Conceição. Uma coisa é branco, outra é brancura; uma coisa é perfeito, outra é perfeição. Deus, falando à Moisés, disse: “Eu sou o que sou quem sou.” (Ex. 3, 14), e isso quer dizer: “A minha  essência pertence para que eu tenha a minha natureza em mim mesmo, sempre, sem início.”
A Virgem Imaculada recebe a sua existência de Deus, é criatura, é conceição, porém, é Conceição Imaculada. Que profundos mistérios encerram essas palavras.
E, como no nível natural e sobrenatural, tudo vem do Pai e desce pelo Filho e Espírito Santo até as criaturas, assim também todas as criaturas sobem pelo Espírito Santo e Filho até o Pai.
A mais perfeita, porém, das criaturas, a Virgem Maria Imaculada, eleva-se acima de todas as criaturas e é toda de Deus.
O Filho de Deus desceu do Pai através do Espírito Santo e habitou em Maria, encarnou-se em Maria, até que Maria tornou-se Mãe do Deus-Homem, Mãe de Jesus.  Desde este momento, toda graça do Pai, através do encarnado Filho, Jesus, é distribuída pela Imaculada. Assim, também, todo ato de amor das criaturas purificado das imperfeições, pela Imaculada e por Jesus sublimado até o valor infinito, é digno da Majestade do Pai Celeste, e vai ate a face do Pai.
A união do Espírito Santo com a Virgem Imaculada é tão perfeita que, o Espírito Santo, penetrando na alma da Imaculada, somente por meio dela atua em outras almas.
Por isso Maria Imaculada torna-se Medianeira de todas as graças; por isso Maria Imaculada se tornou verdadeira mãe da Divina Graça, Rainha dos Anjos e Santos, Auxílio dos fiéis e Refúgio dos pecadores. Como tão pouco ainda é conhecida Maria, a Virgem Imaculada. Quando será que as almas vão amar o Coração da Imaculada, o Coração de Jesus e, através deles, o Pai do Céu?
(escritos de São Maximiliano Maria Kolbe - Cavaleiro da Imaculada - Junho 81 - nr 6-30).

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