FIM DOS TEMPOS.
“Porque eis que vem o dia, que queima como
forno. Todos os arrogantes e todos aqueles que praticam a iniquidade serão como
palha; o Dia que vem os queimará - disse Yahweh dos Exércitos - de modo que não
lhes restará nem raiz nem ramo.” (Ml 3,19).
Em
todos os tempos o Senhor Nosso Deus sempre se preocupou em chamar a atenção de
todos os homens, dizendo que, tudo o que foi criado, um dia terá um fim e nada
do que existe nesta terra é eterno, com exceção do amor do Senhor.
Quem
é assíduo na leitura das Sagradas Escrituras e, em particular, dos Santos
Evangelhos, nota que o Senhor Jesus não perde oportunidade de chamar a atenção
de seus ouvintes e seguidores para o fim dos tempos.
Na
iminência desse fim último, Amós admoestava:
“Por isso, assim disse Yahweh, Deus dos Exércitos, o Senhor: “Em todas as
praças haverá lamentação e em todas as ruas dirão: “Ai! Ai!” (Am 5,16).
Em
uma alusão ao fim dos tempos, Jesus compara o templo de Jerusalém a tudo o mais
que existe, quando, certo dia, “Saindo do
Templo caminhava e os discípulos se
aproximaram dele para mostrar-lhe as construções do Templo. Ele disse-lhes:
“Estais vendo tudo isso? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra
que não seja demolida... Atenção para que ninguém vos engane. Pois muitos virão
em meu nome, dizendo: “O Cristo sou eu”, enganarão muitos. Haveis de ouvir
sobre guerras e rumores de guerra. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso
que aconteça, mas ainda não é o fim. Pois se levantará nação contra nação, e
reino contra reino. E haverá fome e terremotos em todos os lugares. Tudo isso
será o princípio das dores.” (Mt 24,1-8).
Logicamente,
como nós nos atemorizamos com essas afirmativas, os discípulos que as ouviram
da própria boca do Mestre também ficaram aterrorizados porque, muitas vezes, a
verdade dói e mete medo. E Jesus continua nos seus anúncios do fim dos tempos: “Logo após as tribulações daqueles dias, o
sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os
poderes dos céus serão abalados. (Mt 24,29). Os profetas do Antigo
Testamento já haviam transmitido ao povo os oráculos de Iahweh a respeito
desses acontecimentos: “Acontecerá
naquele dia - oráculo de Yahweh - que eu farei o sol declinar em pleno meio-dia
e escurecerei a terra em um dia de luz.”
(Am 8,9); “Eis o dia de Iahweh, que
vem implacável, e com ele o furor ardente da ira, reduzindo a terra à desolação
e extirpando dela os pecadores. Com efeito, as estrelas do céu e Orion não
darão a sua luz. O sol se escurecerá ao nascer, e a lua não dará a sua
claridade.” (Is 13,9-10). “Erguei ao
céu os vossos olhos, olhai para a terra cá em baixo, porque os céus se desfarão
como a fumaça, e a terra se desgastará como uma veste; os seus habitantes
perecerão como mosquitos... (Is 51,6).
Jesus
é claro e preciso em suas declarações, não deixa margem à dúvidas e não
antecipa nem o dia e nem a hora desses tétricos acontecimentos: “Passarão o céu e a terra. Minhas palavras,
porém, não passarão. Daquele dia e da hora, ninguém sabe, nem os anjos dos
céus, nem o Filho, mas só o Pai.” (Mt 24,35-36). “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e na terra, as nações
estarão em angústia, inquietas pelo bramido do mar e das ondas; os homens
desfalecerão de medo, na expectativa do que ameaçará o mundo habitado, pois os
poderes dos céus serão abalados. E então verão o Filho do Homem vindo numa
nuvem com poder e glória. Quando começarem a acontecer essas coisas, erguei-vos
e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação.” (Lc 21,25-28).
Pedro
Apóstolo, em seus escritos, afirma: “Há,
contudo, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: é que para o Senhor um dia
é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não tarda a cumprir a sua
promessa, como pensam alguns, entendendo que há demora; o que ele está é usando
de paciência convosco, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos
venham a converter-se. O dia do Senhor chegará como um ladrão e então os céus
se desfarão com estrondo, os elementos, devorados pelas chamas, se dissolverão
e a terra, juntamente com as suas obras, será consumida.” (2Pd 3,8-10).
Para
esses momentos terríveis, que fatalmente acontecerão, Jesus nos exorta a não
descuidarmo-nos, a não nos acomodarmos, a orarmos sem cessar: “Levantai-vos e orai, para que não entreis
em tentação.” (Lc 22,46).
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