MARIA, A MÃE DE
JESUS, ENTROU NA JOGADA
Maria é a
“mulher” por excelência. Às vezes nós a imaginamos diferente demais de todos
nós.
Colocamos
Maria tão alto e tão distante que até parece que ela não viveu a nossa vida,
não teve os nossos problemas. Nós veneramos Maria, pedimos à Maria graças e
favores mas fica difícil de imitar as virtudes de Maria porque nós colocamos
Maria longe do nosso alcance.
Sempre
dizemos: “Maria é a Mãe de Deus, Maria
não conheceu pecado, Maria foi sempre Virgem, , Maria está no céu de corpo e
alma, Maria é diferente demais da gente...”
Está certo,
tudo isso é verdade... Mas, o que acontece na realidade é que tudo isso não
passa de desculpas esfarrapadas, furadas para não a imitarmos, para
continuarmos com a nossa vidinha cômoda, sem esforços e sem buscas. Nós
simplesmente nos conformamos em sermos o inverso de Maria: Maria, a Imaculada e
nós, os pecadores.
Na sua vida
terrena Maria não foi diferente de nós; Maria teve problemas, e nós temos
problemas. No entanto, o mais importante em Maria é ela ter aceito a Palavra de
Deus e a colocado em prática. E Maria aceitou a palavra de Deus muitas vezes
sem a compreender; com dificuldades, com sofrimentos, e sofrimentos maiores dos
que passamos hoje.
O importante é
que Maria aceitou entrar na jogada.
Maria aceitou
colaborar com Deus na realização do
Plano de Salvação, e isso todos nós podemos fazer. Basta que peguemos os Santos
Evangelhos que falam de Maria: A anunciação do Anjo, no Evangelho de Lucas, 1,
26-56; o Nascimento de Jesus Cristo, no mesmo Evangelho de Lucas no capítulo 2; a perda do Menino Jesus
ainda no Evangelho de Lucas, 2, 41-51; Maria nas bodas de Canaã, Jo 2 e Maria
na morte de Jesus, Jo 19, 25-27.
Todas essas
passagens, e muitas outras mostram que não foi fácil para Maria realizar a
Palavra de Deus, e tudo isso trás um desafio para nós: assim como Maria fez,
também nós podemos aderir aos planos de Deus. E se fizermos como Maria fez,
também teremos condições de ouvir o elogio que Jesus fez à sua Mãe: “Antes felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe
em prática.”, porque se Maria, por assim dizer, não fez nenhum esforço para
nascer sem pecado, por outro lado, para ser a escolhida para ser a Mãe de Deus
teve de esforçar-se para viver intensamente a palavra de Deus.
E é acima de
tudo isso que Maria é bem-aventurada. É nisso que Maria é o nosso modelo: em “ouvir a palavra de Deus e a colocar em
prática.” E será que poderíamos dizer que nisso não podemos imitar Maria? Como
para Maria serviu a palavra do Anjo, quando disse: “o Senhor está contigo”, para nós também serve essa palavra do
Anjo.
Maria, nossa
Mãe.
Costumamos ver
Maria tão alto, a contemplar a santidade de Maria tão longe da nossa, e isso
não passa uma realidade mesclada de
falhas e pecados que, muitas vezes, nos esquecemos que Maria partilhou a nossa
vida, e que também para Maria foi pedido que aceitasse e realizasse a palavra
de Deus em toda a sua vida. Agora, talvez, compreendamos: o que coloca Maria
tão acima de nós não são os privilégios de que ela foi cumulada, mas a sua
prontidão e disponibilidade em aderir ao plano de Deus.
E devemos
compreender também que é nesse ponto que
podemos nos assemelhar a Maria.
Maria, nossa
Mãe.
Maria, que
aceitou entrar na jogada de Deus. Maria, que modificou a sua vida e nem sempre
foi fácil realizar, mas que expressa toda a sua grandeza, faça, Senhora, que
nós também aceitemos viver essa mesma palavra de tal modo que o Verbo que em
nós assumiu a vida humana, seja também a razão de nossa vida...
(Irmã Helena G
Silveira - Mensageiro do Coração de
Jesus - março 82.).
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