quarta-feira, 4 de março de 2015

MARIA, A MÃE DE JESUS, ENTROU NA JOGADA

MARIA, A MÃE DE JESUS, ENTROU NA JOGADA


Maria é a “mulher” por excelência. Às vezes nós a imaginamos diferente demais de todos nós.
Colocamos Maria tão alto e tão distante que até parece que ela não viveu a nossa vida, não teve os nossos problemas. Nós veneramos Maria, pedimos à Maria graças e favores mas fica difícil de imitar as virtudes de Maria porque nós colocamos Maria longe do nosso alcance.
Sempre dizemos: “Maria é a Mãe de Deus, Maria não conheceu pecado, Maria foi sempre Virgem, , Maria está no céu de corpo e alma, Maria é diferente demais da gente...”
Está certo, tudo isso é verdade... Mas, o que acontece na realidade é que tudo isso não passa de desculpas esfarrapadas, furadas para não a imitarmos, para continuarmos com a nossa vidinha cômoda, sem esforços e sem buscas. Nós simplesmente nos conformamos em sermos o inverso de Maria: Maria, a Imaculada e nós, os pecadores.
Na sua vida terrena Maria não foi diferente de nós; Maria teve problemas, e nós temos problemas. No entanto, o mais importante em Maria é ela ter aceito a Palavra de Deus e a colocado em prática. E Maria aceitou a palavra de Deus muitas vezes sem a compreender; com dificuldades, com sofrimentos, e sofrimentos maiores dos que passamos hoje.
O importante é que Maria aceitou entrar na jogada.
Maria aceitou colaborar  com Deus na realização do Plano de Salvação, e isso todos nós podemos fazer. Basta que peguemos os Santos Evangelhos que falam de Maria: A anunciação do Anjo, no Evangelho de Lucas, 1, 26-56; o Nascimento de Jesus Cristo, no mesmo Evangelho de  Lucas no capítulo 2; a perda do Menino Jesus ainda no Evangelho de Lucas, 2, 41-51; Maria nas bodas de Canaã, Jo 2 e Maria na morte de Jesus, Jo 19, 25-27.
            Todas essas passagens, e muitas outras mostram que não foi fácil para Maria realizar a Palavra de Deus, e tudo isso trás um desafio para nós: assim como Maria fez, também nós podemos aderir aos planos de Deus. E se fizermos como Maria fez, também teremos condições de ouvir o elogio que Jesus fez à sua Mãe: “Antes felizes são  aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática.”, porque se Maria, por assim dizer, não fez nenhum esforço para nascer sem pecado, por outro lado, para ser a escolhida para ser a Mãe de Deus teve de esforçar-se para viver intensamente a palavra de Deus.
E é acima de tudo isso que Maria é bem-aventurada. É nisso que Maria é o nosso modelo: em “ouvir a palavra de Deus e a colocar em prática.” E será que poderíamos dizer que nisso não podemos imitar Maria? Como para Maria serviu a palavra do Anjo, quando disse: “o Senhor está contigo”, para nós também serve essa palavra do Anjo.
Maria, nossa Mãe.
Costumamos ver Maria tão alto, a contemplar a santidade de Maria tão longe da nossa, e isso não passa uma realidade  mesclada de falhas e pecados que, muitas vezes, nos esquecemos que Maria partilhou a nossa vida, e que também para Maria foi pedido que aceitasse e realizasse a palavra de Deus em toda a sua vida. Agora, talvez, compreendamos: o que coloca Maria tão acima de nós não são os privilégios de que ela foi cumulada, mas a sua prontidão e disponibilidade em aderir ao plano de Deus.
E devemos compreender também  que é nesse ponto que podemos nos assemelhar a Maria.
Maria, nossa Mãe.
Maria, que aceitou entrar na jogada de Deus. Maria, que modificou a sua vida e nem sempre foi fácil realizar, mas que expressa toda a sua grandeza, faça, Senhora, que nós também aceitemos viver essa mesma palavra de tal modo que o Verbo que em nós assumiu a vida humana, seja também a razão de nossa vida...
(Irmã Helena G Silveira - Mensageiro do Coração de  Jesus - março 82.).

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