BRASIL TERÁ NOVO BEATO: CONHEÇA A HISTÓRIA DO PADRE JOÃO SCHIAVO
Nascido na
Itália, João Schiavo passou mais de 35 anos de sua vida no Brasil.
O papa Francisco autorizou nesta sexta-feira (02/12) a
promulgação de decretos referentes a diversos processos de beatificação. Entre
eles, está o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do padre João
Schiavo, padre italiano que viveu no Brasil desde os 29 anos de idade. Com
isso, agora só falta marcar o dia da cerimônia de beatificação para que
possamos nos dirigir a ele como Beato João Schiavo.
Homem de profunda piedade eucarística, total entrega à
sua vocação e amor operante aos mais pobres, Schiavo desempenhou o seu ministério
no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Está sepultado no distrito de
Fazenda Souza, em Caxias do Sul.
Giovanni Schiavo – ou João Schiavo, como ficou conhecido
no Brasil – nasceu em 8 de julho de 1903, no Vêneto. Foi ordenado presbítero,
na Congregação dos Josefinos de Murialdo, em 1927, aos 24 anos. Aos 29, veio
para o Brasil, chegando na localidade gaúcha de Jaguarão em setembro de 1931.
Foi diretor de escolas em Ana Rech e Galópolis, onde
também foi pároco. Em 1941, fundou um seminário de sua congregação em Caxias do
Sul. Iniciou ainda diversas obras em favor das crianças e jovens pobres: um
abrigo de menores em Caxias do Sul, outros dois em Pelotas e Rio Grande e um
colégio em Araranguá, já em Santa Catarina.
Foi o superior provincial dos josefinos no Brasil de 1947
a 1956. Além disso, foi o responsável por iniciar no Brasil um grupo do ramo
feminino da sua congregação. Adoeceu gravemente no fim de 1966, com
complicações no fígado causadas por uma hepatite, morrendo em 27 de janeiro do
ano seguinte.
Mais 23 beatos
Com os decretos de hoje, o papa reconheceu ainda o
martírio de 23 servos de Deus, que agora também aguardam a cerimônia de sua
beatificação. A maioria faz parte de um mesmo grupo: são sete padres
vicentinos, cinco padres diocesanos, duas religiosas vicentinas e sete
leigos mortos durante a guerra civil espanhola, entre 1936 e 1937.
Os outros dois nomes são o do arcebispo lituano Teófilo
Matulionis (1873-1962) e o do padre norte-americano Stanley Francis Rother
(1935-1981). Matulionis foi vítima do regime comunista – foi prisioneiro
em gulags soviéticos por mais de dez anos. Rother foi missionário na Guatemala,
onde foi morto por um esquadrão da morte formado por extremistas de direita e
militares.
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