SÃO
CONSTANTINO - +598
São
Constantino faz parte da heróica história do cristianismo na Escócia. Ele era
rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e se casou com a filha do rei da
Bretanha. Depois se tornou o maior evangelizador de sua pátria e o responsável
pela conversão do país.
O rei Constantino não foi um governante justo, até sua
conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, em sua
terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da
esposa.
Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Ao
saber da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que
decidiu transformar sua vida. Primeiro abriu mão do trono em favor de seu
filho, depois se converteu, recebendo o batismo.
Em seguida se isolou no
mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as
tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio.
Os ensinamentos de Columbano,
que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em
missão apostólica, o levaram a se ordenar sacerdote. Desse modo, partiu para
evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a
época em que era rei, para a conversão do seu povo.
As atitudes de Constantino
passaram a significar um pouco de luz no período obscuro da Idade Média. A
Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças
ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja,
e outros religiosos.
Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou
vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos.
Sua terra, antes conhecida como "o país dos Pitti", assumiu o nome de
Escócia, que até então pertencia a Irlanda. Porém, antes de se tornar um estado
católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado.
Foi justamente lá que,
quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente,
amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o
sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a
cada um de seus seguidores. Morreu no dia 11 de março de 598, e se tornou o
primeiro mártir escocês.
O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua
anglo-saxônica, atingiu a Europa e se propagou por todo o mundo cristão,
ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu
martírio.
Também são lembrados neste dia: Santo Eulógio,
Santo Eutímio de Sardes (bispo e mártir), São Firmino (de Amiens (abade), São
Virgílio de Auxerre (bispo e mártir), São Vindiciano de Cambrai (bispo) e São Zózimo.
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