SANTA
INÊS DE PRAGA (OU BOEMIA) - 1205-1283
Santa Inês,
filha de Premislau I, rei da Boemia, atual República Tcheca, e da rainha
Constancia da Hungria, nasceu em Praga no ano 1205.
Devido a sua condição real,
desde a infância sua vontade nunca pode ser considerada, sendo condicionada a
projetos de matrimônios, conforme as necessidades políticas ou econômicas do
reinado.
Aos três anos foi entregue aos cuidados da abadessa Edwiges, que mais
tarde se tornou Santa, que a acolheu no seu mosteiro cisterciense e lhe ensinou
os primeiros fundamentos da fé cristã.
Voltou para Praga com seis anos, onde
foi para outro mosteiro para receber instrução e ser preparada para as funções
da realeza.
Em 1220, prometida em casamento a Henrique VII, duque da Áustria e
filho do imperador Frederico II, ela foi para esta corte, aonde viveu durante
cinco anos, mantendo-se sempre fiel aos deveres da vida cristã. Inês voltou
para Praga, pois os soberanos romperam o pacto do matrimônio, passando a viver
mais intensamente para as orações e as obras de caridade; após uma profunda
reflexão decidiu consagrar a Deus sua virgindade.
Entretanto, outras alianças
de casamento foram propostas a ela, sendo constrangida a ter de aceitar uma
delas.
Mas, o Papa Gregório IX, a quem havia pedido proteção, interveio
reconhecendo a intenção de sua virgindade. Desde então, Inês adquiriu para
sempre a liberdade e a felicidade se tornar esposa de Jesus Cristo. Através dos
Irmãos Menores de São Francisco, que iam a Praga como evangelizadores
itinerantes, conheceu a vida espiritual que levava em Assis a virgem Clara,
segundo o espírito de São Francisco.
Ficou fascinada e decidiu seguir seu
exemplo. Com seus próprios bens, fundou em Praga, o hospital de São Francisco e
um mosteiro masculino, para que fossem dirigidos por eles. Em 1236, pode
ingressar no Mosteiro das Clarissas de São Salvador de Praga, fundado por ela
mesma, juntamente com cinco irmãs enviadas por Clara direto do seu mosteiro, em
Assis.
Em obediência ao Papa Gregório IX, Inês aceitou ser a abadessa, função
que exerceu até morrer. Inês manteve uma relação epistolar profunda com Clara
de Assis, que lhe consagrou singular amizade chamando-a de "metade de
minha alma", tamanha era a afinidade espiritual que possuíam.
Da inúmera
correspondência trocada, sobre assuntos de perfeição seráfica, ainda se
conservam quatro delas. Dedicou-se de corpo e alma ao serviço dos pobres,
fundando para eles um outro hospital, este entregue à direção das Clarissas.
Assumiu a mais absoluta pobreza, renunciando às rendas e vivendo de esmolas e
doações. Os dons da cura e da profecia lhe foram acrescentados pelo Espírito
Santo, em conseqüência de sua evolução e purificação espiritual. A fama se sua
santidade era muito forte, quando faleceu em Praga, no dia 6 de março de 1283.
Está sepultada na Capela do seu mosteiro em Praga, hoje dedicado à ela. O culto
à Inês de Praga, foi reconhecido em 1874. O Papa João Paulo II a canonizou em
1989 e a declarou Padroeira da cidade de Praga.
São lembrados também, neste
dia: Santa Coleta (Nicoleta), Santa Rosa de Viterbo (virgem), São Basílio de Bolonha (bispo), São Bilfredo de Lindisfarne
(eremita), São Cirilo de Constantinopla (carmelita), São Marciano, São Cônon,
Santo Olegário.
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