SANTA
REBECA (RAFKA) - 1832-1914
Em 20 de junho
de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em
português significa: Pedrinha.
Quando se tornou religiosa adotou o nome de
Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete
anos.
Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa.
Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na Síria.
Após quatro anos
voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito
confusa e angustiada com o seu possível matrimônio. Uma tarde foi a igreja
rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir.
A noite
sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu
ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à
congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya. A congregação a acolheu como
postulante, era o ano de 1853.
Rebeca, três anos depois, completava o noviciado
pronunciando os votos e se formando professora.
Foi enviada como missionária e
professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos
carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando
pelo exemplo e pela palavra.
Em 1871,
a congregação da Filhas de Maria que era diocesana,
passava por uma crise e seria fechada. Rebeca, ouvindo novamente a voz que a
guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez
sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.
Assim,
iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir
dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a
várias cirurgias.
Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de
cura. Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava
da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria. Foram vinte e seis
anos de sofrimento na cidade de Aitou.
Depois, com outras cinco religiosas
Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta.
Neste período ficou completamente cega e paralítica.
Mesmo assim se manteve
feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã. Rafka ainda
vivia e a população falava dela como santa. Depois da sua morte em 23 de março
de 1914 a
sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas.
Os prodígios e
milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em
2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.
O seu corpo repousa na
igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano. Santa Rafka, ou Rebeca
continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o
mundo.
São comemorados, também, neste dia: São Bento de Campânia (eremita), São
Turíbio de Mongrovejo, São Félix de Montecassino (monge), Santo Otaviano, São
Félix e companheiros (mártires da África), São José Orioli.
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