“QUEM É O MEU PRÓXIMO?”
Em toda a vida
de Jesus Cristo todos os seus ensinamentos foram no sentido de que os homens se
amassem mutuamente e que os homens, através dos homens, chegassem até o Senhor
Nosso Deus: “Dou-vos um mandamento novo: que
vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisso
reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos
outros.” (Jo 13,34-35). “Se alguém me
ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará
e a ele viremos e nele estabeleceremos morada. Quem não me ama não
guarda minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me
enviou.” (Jo 14,23-24). “E sabemos
que o conhecemos por isso: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz:
”Eu o conheço”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade
não está nele. Mas o que guarda a sua palavra, nesse, verdadeiramente, o amor
de Deus é perfeito. Nisso reconhecemos que estamos nele. Aquele que diz que permanece
nele, deve também andar como ele andou.” (1Jo 2,3-6).
Com essa
declaração o Apóstolo João nos deixa claro que, quem diz que ama o Senhor Jesus
deve amar a todos como ele amou, deve sentir pelos irmãos o que ele sentiu,
deve se doar pelos outros como ele se doou e deve andar no amor, na justiça e
na caridade como ele andou, e João complementa, dizendo: Aquele que diz que está na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas
até agora. O que ama o seu irmão permanece na luz, e nele não há ocasião de queda. Mas o que
odeia o seu irmão está nas trevas; caminha nas trevas, e não sabe onde vai,
porque as trevas cegaram os seus olhos.” (1Jo 2,9-11). “Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser:
“Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é
um mentiroso: pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê,
não poderá amar. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a
Deus, ame também o seu irmão. Todo o que crê que Jesus é o Cristo nasceu de
Deus, e todo o que ama ao que gerou ama também o que dele nasceu. Nisto
reconhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os
seus mandamentos. Pois este é o amor de Deus: observar os seus mandamentos. E
os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o
mundo.” (1Jo 4,19-21; 5,1-4).
E o Senhor
Jesus, quando inquirido pelos fariseus sobre qual seria o maior dos
mandamentos, bem, assim nos narra Mateus: “Os
fariseus, ouvindo que ele (Jesus) fechara a boca dos saduceus, reuniram-se em
grupo e um deles - a fim de pô-lo à prova - perguntou-lhe: “Mestre, qual é o
maior mandamento da Lei?” Ele respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o
primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse. Amarás o teu próximo como a
ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mt
22,34-40).
Jesus nos diz
que o maior dos mandamentos é amar ao Senhor nosso Deus e o segundo é amar o
próximo como a nós mesmos. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mas ai surge a
pergunta: “Quem é o meu próximo?” Essa
pergunta não é moderna, não é dos nossos dias. Já fizeram essa pergunta,
pessoalmente, ao Senhor Jesus.
Você se lembra
da parábola do bom samaritano? Seria interessante relembrá-la, lendo Lc 10,25-37.
Mas, não vamos falar dessa parábola, pelo menos agora, mas, repitamos aqui a
pergunta do legista a Jesus: “Mestre, que
farei para herdar a vida eterna?” Ele disse: “que está escrito na lei? Como
lês?” Ele, então, respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento; e ao teu
próximo como a ti mesmo.” Jesus disse: “Respondeste corretamente; faze isso e
viverás.” Ele, porém, querendo se justificar, disse a Jesus: “E quem é o Meu
Próximo?” (Lc 10,25-29).
Quem é o meu
próximo? Essa pergunta é centenária, ou, não seria milenar? Talvez seja até
eterna! O próprio Senhor Jesus recebeu de “queima-roupa” essa pergunta.
E ainda hoje,
dois mil anos depois dos ensinamentos do Senhor Jesus, ainda nos fazemos essa
pergunta: “Quem é o meu próximo?”
O seu próximo é
aquele que está mais perto de você, o seu próximo é aquele que está ao seu
lado: o seu próximo é a sua esposa, o seu esposo, é o seu marido, é a sua
mulher, é o seu filho, sua filha, seu pai, sua mãe, seus irmãos e irmãs, seus
vizinhos, seus companheiros de trabalho, seus amigos, seus inimigos, seu
conhecido, seu desconhecido, é o homem, é a mulher, é o irmão da mesma fé que
está sentado ai, ao seu lado na sua igreja.
Esse é o seu
próximo: aquele que está mais próximo de você. Não precisa procurar, não
precisa se preocupar em encontrá-lo: ele está ai, do seu lado.
Essa é a lei do
Senhor Nosso Deus: ame o seu próximo e perdoa as suas ofensas, porque, o perdão
somente é válido quando é dado com amor e por amor.
Não somos
perdoados se não soubermos perdoar.
Não
adianta somente dizermos: “E perdoa-nos
as nossas dívidas...”, se não
completarmos: “... como também nós perdoamos aos nossos devedores.” (Mt 6,12).
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