ADEUS ANO VELHO... FELIZ
ANO NOVO...
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Chegamos ao final de mais um ano; mais um ano vivido em
nossa existência; estamos no alvorecer do ano novo. Quantas coisas aconteceram
no ano que se findou; quantas crianças nasceram, quantos entes queridos
se foram para a casa do Pai, quantas coisas boas aconteceram, quantas situações
desagradáveis nos foram impostas.
Para uns, o ano que passou foi um ano de realizações, de
alegria e felicidade; para outros apenas um ano de luta onde a rotina imperou;
para outros, ainda, desilusões, tristezas, amargura, sofrimento, enfim, para
todos, o ano velho chega ao final.
Neste ano que se findou quanto amamos, quantos bens
fizemos, quantas injustiças cometemos, quantas negações aos nossos ideais.
Neste momento, o que tenha acontecido no ano que passou
de bom deve ser renovado, e o que aconteceu de não tão bom deve ser aproveitado
como lição de vida para que não se repita.
O ano
novo já é uma realidade, mas a vida continua dentro de sua normalidade.
Quando se inicia um ano novo, temos a esperança de que
muitas coisas mudarão, muitas dificuldades serão sanadas, muitos problemas vão
ser resolvidos, muitas coisas boas acontecerão; mas, para que a nossa
vida possa melhorar no ano que se inicia depende de nós, somente de nós.
A nossa vida melhorará na medida em que formos melhores
no ano que se finda.
Para termos uma vida melhor, com a consciência mais
tranquila, para que a paz reine em nosso lar, no nosso trabalho, no nosso
círculo de amizade, grande parte depende de nós, somente de nós.
Não adianta querermos a paz, se só promovemos a
discórdia.
O ano novo será bom na medida em que cada um de nós for
bom; o ano que se inicia será melhor que o ano que termina dependendo da
maneira em que formos melhores do que fomos no ano que passou.
Todos temos boa vontade de progredir; todos deveríamos
ser um instrumento de paz.
Cada criatura humana pode ser, na realidade, um
instrumento de paz, daquela paz verdadeira, da paz que somente Deus pode dar.
O maior obstáculo à paz consiste na maneira egoísta que
cada um quer somente para si o que pertence a todos.
Neste ano novo que se inicia deveríamos tomar como
tema e lema e como um objetivo a ser alcançado, a maravilhosa oração do
pobrezinho de Assis, Francisco de Assis: “Senhor, faze de mim um instrumento
de tua paz...” Instrumento da paz de Deus em todos os ambientes onde possa
imperar o ódio, a inveja, a ofensa, a discórdia, a dúvida, o desespero, a
tristeza, a mentira...
Quem se propor a viver assim, com o esforço de cada dia,
constante e sincero, há de ser um instrumento de paz nas mãos de Deus, e
conseguirá levar amor, compreensão, perdão, fé, união, verdade, esperança,
alegria e consolação a toda parte e a toda gente.
Neste ano novo deveríamos ter como programa de vida esta
linda oração do Pobrezinho de Assis; mas este programa de vida requer uma
grande dose de boa vontade; e não foi exatamente aos homens de boa vontade que
Deus prometeu a paz??? “Glória de Deus no mais alto dos céus, e paz na terra
aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14).
É levando a paz aos outros que cada um de nós terá esse
tesouro no próprio coração.
Se não tivermos paz não podemos transmitir a paz, porque
ninguém pode dar o que não tem, mas, é dando que se recebe... Dando a paz é que
recebemos a paz.
Cada um de nós possui a paz no coração, mas, muitas vezes
o nosso egoísmo impede os outros de a terem. No ano novo que se inicia sejamos
instrumentos da paz que vem de Deus.
Comecemos o ano pedindo a Deus com Francisco de Assis:
Senhor, fazei de mim um instrumento de
vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a
esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a
alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida
eterna.
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