terça-feira, 15 de janeiro de 2019

EUCARISTIA - O MILAGRE DE LANCIANO

EUCARISTIA - O MILAGRE DE LANCIANO

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Na Itália existe uma cidade de nome “Lanciano”, e, nessa cidade tem uma  igreja dedicada a São Longuinho, nome que se atribui ao soldado que traspassou o peito e o coração de Jesus Cristo com a lança na cruz.
No século VIII um padre, um monge da ordem de São Basílio, durante a celebração da santa missa e depois de ter realizado a consagração do pão e do vinho, começou a duvidar da presença do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo na hóstia e no cálice.
E a dúvida desse padre que era da ordem de São Basílio que, infelizmente não temos nem o nome, fez com que se realizasse um dos maiores, senão o maior dos milagres eucarísticos: ali no altar, devido a dúvida do celebrante  e diante dos olhos atônitos do padre incrédulo a hóstia consagrada se tornou um pedaço sangrento de carne viva e, no cálice, o vinho consagrado tornou-se verdadeiro sangue que, depois de algum tempo, que, depois de algum tempo, se coagulou em cinco pedrinhas irregulares de formas e tamanhos diferentes.
Esses acontecimentos se deram a doze séculos, ou seja, a mais de mil e duzentos anos, e os pedaços de carne que eram a hóstia e o sangue que era o vinho conservam-se até hoje em exposição na igreja da cidade de Lanciano, na Itália.
No correr dos séculos foram feitas várias pesquisas patrocinadas pela Igreja. Atualmente, nos nossos dias, para se certificar da autenticidade desse milagre, no dia 18 de novembro de 1.970, os Frades Menores Conventuais que cuidam atualmente dessa Igreja onde se realizou esse milagre, esses frades decidiram, com a autorização de Roma, confiar a um grupo de cientistas e peritos a análise científica daquelas relíquias datadas de doze séculos.

As pesquisas foram feitas  em laboratórios com estrito rigor, com a maior seriedade possível, e foram realizadas pelos professores e cientistas Linoli e Bertelli, sendo que Bertelli é da Universidade da cidade de Siena, na Itália.
E, a 4 de março de 1.971, estes cientistas davam  o seu veredicto, davam as suas conclusões que foram publicadas em inúmeras revistas de ciências do mundo inteiro.
E olhem as conclusões que os cientistas chegaram: “A carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Tanto a carne como o sangue são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo sanguíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa viva. O diagrama desse sangue corresponde ao de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo humano, NAQUELE DIA MESMO. A carne é constituída de tecidos musculares do coração (miocárdio). A conservação dessas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.”           
Quem é que não fica estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira evidente  e precisa a autenticidade desse milagre eucarístico. Antes mesmo de darem a conhecer essas conclusões de modo oficial, os cientistas e peritos, no fim de suas análises, enviaram aos padres franciscanos da igreja de Lanciano, o seguinte telegrama, dizendo: Et Verbum caro factum est.”, que, traduzindo, quer dizer: “E o Verbo se fez carne.”
Este telegrama não é mais do que um ato de fé dos cientistas que examinaram minuciosamente aquele material que antes era pão e vivo e que se transformara em carne e sangue.
Outro detalhe inexplicável  e impressionante: se se pegassem as pedrinhas de sangue coagulado (que eram cinco e cada uma de um tamanho diferente), cada uma delas tem exatamente o mesmo peso entre si, e todas juntas tem o mesmo peso de cada uma.
Deus parece brincar com o peso normal dos objetos. O Senhor Nosso Deus, por meio de tão grande milagre, vem verdadeiramente em socorro da nossa incredulidade. Depois que foram conhecidas as conclusões desta pesquisa científica, os peregrinos vão de toda parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado que se tornou sangue.
Dois fatos podem espantar a todos nós: o primeiro é que se trata de carne e sangue de uma pessoa viva, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado naquele mesmo dia de uma pessoa viva. É bem uma prova direta de que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, de que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo Glorioso, assentado à direita de Deus Pai e que, tendo saído do túmulo na manhã do domingo da Páscoa, não pode mais morrer.
Tantas tolices tem sido ditas nestes últimos anos contra a ressurreição de Cristo. Alguns desejariam, com empenho, que essa ressurreição não fosse senão um símbolo, elaborado como um rito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos...
Ora, e aí vem a ciência que, de certo modo vem em nosso socorro, e a própria ciência autentica o que a nossa fé nos dá a certeza: a Eucaristia é verdadeiramente o Corpo, o carne e o sangue de Jesus Cristo. Foi verdadeiramente na carne que o Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne que Jesus ressuscitou no terceiro dia.
E a mesma carne - verdadeira carne - nos é dada viva na Eucaristia para que possamos viver a vida de Cristo. Portanto, vendo a Hóstia Consagrada, podemos dizer, como disse o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa, quando colocou  os dedos nas chagas de Cristo: “Meu Senhor e meu Deus”. A Eucaristia é bem a carne viva do Deus vivo.
Um segundo fato impressiona ainda muito mais: A carne que lá está é a carne do Coração, é um pedaço do coração de uma pessoa viva. 
Não é a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a carne do músculo que propulsiona o sangue - e, portanto, a vida - ao corpo inteiro, do músculo que é também o símbolo, o mais manifesto e o mais eloquente do amor do Salvador por nós.
Quando Jesus se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele nos dá a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como este Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais do que a morte, um amor que é o antídoto dos ferimentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa “carne de pecado.”
(Padre Jean Ladame - compilado da tradução de “La revue du Rosaire”, de junho de 1.976, em “Lar Católico, de Juiz de Fora.).

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