“TENHAM CONFIANÇA, SOU
EU, NÃO TENHAM MEDO.”
Na nossa vida, às vezes, parece que
estamos num mar de rosas; tudo é realização, tudo é maravilhoso, tudo dá certo,
tudo vai bem como sempre desejaríamos que fosse, mas, no nosso cancioneiro de música popular existe
uma música com o verso seguinte: “Tristeza
não tem fim, felicidade sim...” e, bem por isso, de repente, como num
estalar de dedos, parece tudo ao contrário; nos sentimos mergulhados numa depressão, numa tristeza, numa angustia
que parece não ter fim; dá-nos a impressão que estamos caminhando sobre as
águas e sentimos que, num relance, nos falta a força, coragem, confiança, apoio
e... estamos sozinhos, dando-nos a sensação que vamos submergir, sem chances de
nos afirmarmos ou ter alguém que nos socorra.
Quantas vezes nos falta confiança em
tudo e em todos; dá-nos a impressão que ninguém, mas ninguém mesmo nos
compreende e que todos nos viraram as costas, deixando-nos entregues à nossa
própria sorte.
E, nessas condições, nos desesperamos,
deixamos de acreditar em tudo e em todos e, nessa descrença, chegamos ao cúmulo
de perguntar: “Onde está Deus???”
Reportemo-nos às Sagradas Escrituras: “Imediatamente Jesus obrigou os seus
discípulos a subir para a barca e a passarem antes dele à outra margem do lago,
enquanto ele despedia as turbas. Despedidas as turbas, subiu só a um monte para
orar. Quando chegou a noite, achava-se ali só. Entretanto, a barca achava-se a
muitos estádios da terra e era batida pelas ondas, porque o vento era
contrário. Porém, na quarta vigília da
noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar. E os discípulos, quando o viram andar sobre o
mar, turbaram-se, dizendo: É um fantasma. E, com medo, começaram a gritar. Mas
Jesus falou-lhes imediatamente, dizendo: “tenham confiança, sou eu, não tenham
medo.” Respondendo Pedro, disse:
“Senhor, se és tu, manda-me até onde estás por sobre as águas.” Ele disse: “Vem.”
Descendo Pedro da barca, caminhava sobre a água para ir a Jesus. Vendo, porém,
que o vento era forte, temeu, e, começando a submergir-se, gritou, dizendo:
“Senhor, salva-me.” Imediatamente Jesus estendendo a mão o tomou e lhe disse;
“Homem de pouca fé, porque você duvidou?” Depois que subiram para a barca, o
vento cessou. Os que estavam na barca aproximaram-se dele e o adoraram ,
dizendo: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.” (Mt 14,22-33).
Quantas vezes o barco de nossa vida se
encontra na escuridão da noite no meio do lago, sendo jogado de um lado para o
outro por fortes ondas dos contratempos, das ansiedades e de tudo o mais que
vem conturbar a nossa paz, o sossego que gostaríamos de jamais ter perdido.
E, nessas confusões da vida, julgamos
sempre que estamos sozinhos, que o nosso barco vai soçobrar, que as ondas
fatalmente o despedaçarão e o engolirão;
e, numa situação dessa nos assustamos sobremaneira até com a presença amiga e
salvadora de Jesus Cristo que vem ao nosso socorro e, no desespero de sairmos
dessa tempestade confundimos o Senhor Jesus com os fantasmas que nós mesmos
criamos.
Mas, buscando nas Sagradas Escrituras
encontramos respostas a todos os nossos anseios, encontramos apoio a todas as nossas
dificuldades, encontramos respostas a todas as nossas indagações e vemos que,
ainda que todos nos abandonem nos momentos mais difíceis de nossa vida, o
Senhor Jesus nos estende a mão e nos tira das situações mais críticas, mais
incômodas, mais embaraçosas, mais constrangedoras, mais tristes. Nos momentos
mais angustiantes e mais difíceis de nossa vida encontramos sempre o Senhor
Jesus nos estendendo a mão.
Foi assim que, nessa situação
dramática, quando Pedro sentia que estava começando submergir, gritou: “Senhor, salva-me. Imediatamente Jesus estendeu a mão , o
tomou...” (Mt 14,30-31).
E quando a sogra de Simão Pedro se
encontrava acamada com uma forte febre,
“Jesus aproximou-se, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a deixou a
febre e ela pôs-se a servi-los.” (Mc 1,31). E quantos mais lugares dos
Santos Evangelhos vemos Jesus estender a mão para salvar, para curar, para
amenizar sofrimentos, para consolar.
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