...
FILHOS DE EVA ...
Salve Rainha,
Mãe de Misericórdia, doçura da vida, esperança nossa, salve.
A vós bradamos, os
degredados, filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de
lágrimas...
A vós bradamos, a vós gritamos, a vós suplicamos, a vós nos dirigimos
com o coração cheio de dor e mágoa, mas, acima de tudo, cheio de esperança,
porque sabemos que em vós, Maria, em vós, doce Rainha e amada Mãe é que
encontramos o lenitivo para as nossas dores.
Ate vós, doce
Maria, elevamos as nossas vozes, como exilados e infelizes filhos de Eva; nós
suspiramos, gememos e choramos neste vale de lágrimas.
Como esta
linguagem exprime bem os sentimentos de
um coração que aspira o céu... De uma alma que se aterroriza ante a aspereza do
caminho.
Como é suave
vemos elevados para os céus o olhar e as
mãos dos pobres exilados e ouvir este brado de sua fé, que é, ao mesmo tempo,
um suspiro de amor: a vós bradamos, os degredados, filhos de Eva. Depois de ver o céu entreabrir-se, depois de
ter visto descer dele uma mãe, uma verdadeira mãe, cheia de ternura e amor, que
vem consolar o seu filho, refrescar a sua fronte ardente, apertá-lo sobre o seu
coração e encorajá-lo a terminar este curso terrestre, na esperança de um
repouso eterno. Quem poderá avaliar a doçura deste título de Maria,
“Consoladora dos Aflitos?”
Se os males
são intensos e numerosos, muito mais
intensas e numerosas são as consolações, que são sem limites, e como
gostaríamos de sofrer mais apenas pela felicidade de sermos consolados por uma
mãe tão maravilhosa como Maria. As lágrimas são doces e refrescantes quando são
recolhidas pelas mãos virginais de Maria. Quem não gostaria de se aproveitar
disso?
Quem não gostaria de sofrer mais ainda, se entendesse o que é ser
consolado por Maria, e apenas para elevar até Maria o seu olhar e o seu
coração... lançar-se nos seus braços, exprimindo a ternura e o amor de seu
beijo e deliciar-se nesse êxtase de amor, ainda que fosse apenas por um
segundo, entregue nas mãos e aos cuidados da Consoladora dos Aflitos?
Vamos, pois,
recorrer à Maria, quando a dor nos oprimir, quando a inquietação nos agitar ou
o terror nos perseguir. Vamos todos a Maria, choremos todos com ela, e com ela
soframos...
E nosso sofrimento... e nossas lágrimas vão se tornar sementes de méritos e felicidades. Vocês
entendem agora porque amo Maria? Como poderia eu, portanto, deixar de amar
Maria? Como poderia eu não amar com todo
o fervor da minha alma aquela que é o meu socorro em minhas necessidades, meu
apoio nas minhas fraquezas, e minha consolação nas minhas aflições?
Ó Maria,
sejam o meu último suspiro e a minha
última respiração um ato de amor para vós e por vós e de confiança em vossa
proteção. (do livro - Porque amo Maria - Padre Júlio Maria - pg 309 a 311)
E, por isso,
Senhora, repetimos, sem cessar: Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, Doçura da
vida, esperança nossa salve. A vós bradamos, os degredados, filhos de Eva. A
vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia após, Advogada
nossa, esses vossos olhos misericordiosos, a nós volvei. E depois deste
desterro, mostrai-nos a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ò clemente, ò
piedosa, ò doce, sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para
que sejamos dignos das promessas de Cristo.
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