MARIA, MÃE DE DEUS
O calendário
dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua divina
maternidade, chamada, reconhecida, venerada e verdadeiramente a Mãe de Deus,
pois Maria é a Mãe de Jesus Cristo que, tomando a natureza humana não abdicou a
sua natureza divina, sendo, portando, homem e Deus, e Maria é a Mãe da Pessoa
de Jesus Cristo na sua natureza humana e divina. Esta festa, a de Maria, a Mãe
de Deus é a primeira festa que surgiu na Igreja do Oriente, que proclama que
Maria é verdadeiramente a Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
Esta verdade de fé foi proclamada solenemente no Concílio Ecumênico de Éfeso,
em 431.
Nesse Concílio foi dado a Maria o título de “Theotokos”, isto é,
geradora de Deus. Deus se fez carne no ventre de Maria, por meio de Maria e
começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Maria é o
ponto de união entre o céu e a terra.
Maria, que deu a vida humana ao Filho de
Deus, continua a apresentar para as pessoas a vida divina. É por isso que Maria
é considerada mãe de cada pessoa que nasce para a vida da graça, a vida de
Deus, e mãe de todos. É em nome de Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, que no
dia primeiro de Janeiro, o primeiro dia do calendário anual, se celebra no
mundo inteiro “o dia da paz”, aquela paz que Maria, uma de nós, encontrou no
abraço infinito do amar divino.
Aquela paz que Jesus veio trazer às pessoas que
creram no amor. Tudo isso começou a mais de dois mil anos.
Tudo começou com um
“Sim”! Uma jovem simples, humilde, de nome Maria, da cidade de Nazaré, aceita o
convite de Deus para ser a Mãe do Salvador esperado pelo povo de Israel,
anunciado pelos profetas, aguardado pelo povo pobre e marginalizado.
Com a
adesão e Maria à vontade de Deus, acontece o milagre da vida: a encarnação do
Filho de Deus. Disse o Anjo à Maria: “Eis
que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Disse
então Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.”
(Lc 1,31.37).
Na encarnação, o Filho de Deus une-se em comunhão estreitíssima com
Maria.
É a primeira comunhão de Deus com a criatura, pela qual o Cântico de
Maria é o Mais digno agradecimento: “Minha
alma proclama a grandeza do Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador, porque Ele olhou para a humildade de sua serva. De hoje em diante
todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo Poderoso realizou
em mim grandes obras: seu nome é santo e sua misericórdia chega aos que o
temem, de geração em geração.” (Lc 1,46-50).
Segundo o Beato Tiago
Alberione, “quem encontra Maria, encontra
Jesus. A Igreja e os Santos, guiados pelo Espírito de Deus, jamais separam
Jesus Cristo de Maria. Os pastores e os magos encontraram o Menino com Maria,
sua Mãe. Maria é a haste, Jesus é a flor; Maria é a planta, Jesus o fruto”. Maria
é aquela criatura dócil e humilde, mas, sobretudo, confiante em Deus que nos
trouxe a vida nova: Jesus Cristo. Maria viveu em vista de Jesus e exprime essa
verdade com as palavras: “O Todo Poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc
1,49). A vida de Maria se resumia àquilo
que deve ser o ideal de todo cristão: tudo por Jesus, tudo com Jesus, tudo em
Jesus. Sigamos os passos de Maria que, incansavelmente, acompanhou Jesus de
Belém até o Calvário, até o sepulcro. Caso contrário, aprendemos o que os
outros ensinam, saberemos falar, saberemos até indicar aos outros o caminho,
mas nós mesmos, mas nós mesmos não trilharemos o caminho. Não sejamos dos que
somente ensinam aos outros o caminho; sejamos os primeiros a percorrê-lo e
digamos depois aos outros: “Venham e sigam-me”. Maria leva-nos a conhecer Jesus
de acordo com o tempo, a situação e as ocupações”. (do livro “Um mês em
companhia de Nossa Senhora” do padre Antonio Lúcio, ssp).
ORAÇÃO: - Ò Deus, que
pela virgindade fecunda de Maria, destes à humanidade a salvação eterna,
dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da
vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
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