SÃO
JOÃO DE BRITO - 1647-1693
O povo
português em muito ajudou a divulgação do cristianismo e a sua propagação pelo
mundo, nos tempos das grandes navegações.
Enquanto alargava suas fronteiras,
levava junto com sua bandeira a cruz dos cristãos, empunhada principalmente
pelos padres jesuítas que, desta forma, puderam evangelizar pelos quatro cantos
do planeta.
Através das suas missões a religião católica chegou ao Brasil e a
tantos outros países. Foi numa missão jesuítica, na Índia, que brotou em sua
plenitude o apostolado do sacerdote português João de Brito.
João nasceu em
Lisboa ao 1º de março de 1647, filho de um membro da corte portuguesa que, mais
tarde, seria governador do Rio de Janeiro, Salvador de Brito Pereira e da nobre
Brites de Portalegre.
Apesar de ter saúde débil, desde a infância João
alimentou o desejo de se tornar evangelizador. Fez os estudos superiores na
famosa Universidade de Coimbra, mas queria completar os estudos teológicos na
Índia.
Aos vinte e seis anos, ordenou-se sacerdote e entrou para a Companhia de
Jesus e, apesar da fragilidade física, rumou para o país onde sonhava pregar
seu apostolado.
Começou sua atividade missionária
A sua figura tornou-se emblemática do
novo método de evangelização seguido na Índia pelos missionários. Na mão
segurava uma cana de bambu, vestia roupão cor avermelhada e calçava palmilhas
de madeira. Em tudo vivia como um habitante hindu; nas vestimentas, nos
costumes alimentares e no comportamento, porém sempre revelando sua fé e
pregando o cristianismo.
Mesmo assim, sofreu perseguições, foi preso e
torturado, mas não desistiu.
Ocorre que as
idéias defendidas por ele iam totalmente contra os princípios da sociedade
hindu que, com suas divisões de castas, tinha verdadeiro horror à pregação de
"um só rebanho onde todos são iguais perante o Criador".
Mesmo com
toda a oposição dos poderosos, João de Brito converteu comunidades inteiras de
hindus. Foram 15 anos de um difícil e cansativo apostolado, ao fim dos quais
chegou a voltar para Portugal. Lá, recebeu o convite para ser conselheiro do
rei Pedro II e preceptor de seu filho, mas recusou a oferta e voltou para a
Índia onde, por sua fé, encontraria a morte.
Mal pisou em Malabar deparou com
um verdadeiro inferno: cristãos haviam sido mortos, suas casas e igrejas
saqueadas e queimadas.
Era uma revolta dos sacerdotes hindus, chamados
brâmanes, especialmente contra cidadãos cristãos. João de Brito foi também
preso e sumariamente decapitado. Era o dia 04 de fevereiro de 1693. No mesmo
local onde conseguiu permissão para orar, antes da execução, seu corpo foi
exposto, depois de ter os membros decepados.
O Papa Pio XII proclamou Santo
João de Brito em 1947 marcando sua festa litúrgica para o dia de seu martírio.
São lembrados, também, neste dia: Santa Catarina de Ricci (virgem), Santa Joana
de Valois (rainha, viúva, fundadora), Santo André Corsini, São Gilberto.
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