quarta-feira, 17 de agosto de 2016

“EU SOU YAHWEH, O TEU DEUS, O SANTO DE ISRAEL, O TEU SALVADOR...”

“EU SOU YAHWEH, O TEU DEUS, O SANTO DE ISRAEL, O TEU  SALVADOR...”


Desde toda a eternidade o Senhor Nosso Deus amou o homem. Amou-o tanto que fez o homem à sua  imagem e semelhança: “Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...” (Gn 1,26). 
O Senhor criou o homem num estado de graça  de extrema perfeição que,  enquanto o homem permaneceu  no paraíso para ele feito por Deus, vivia a própria vida  de Deus, a vida de felicidade total. 
Mas o homem não soube se manter nesse estado de vida. Preferiu seguir as suas próprias idéias, caprichos, inclinações, os seus próprios impulsos e cometeu o pecado da desobediência, da soberba, tentando ser igual a Deus, o seu Criador, deixando-se iludir  pelo demônio que, segundo as Sagradas Escrituras, investido na figura de uma serpente,  o tentou, através de sua companheira:  “A serpente então disse à mulher:  não, não morrereis!  Mas Deus sabe que no dia em que dele (o fruto) comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal.” (Gn 3,4-5). 
O capítulo terceiro do livro do Gênesis narra a degradação e a expulsão do homem, como casal,  do paraíso, perdendo, com isso a participação da vida da graça, da felicidade plena, a participação da vida divina: “E Yahweh Deus expulsou o homem do jardim do Éden para cultivar o solo de onde fora tirado.  Ele baniu o homem e colocou, diante do jardim do Éden, os Querubins e a chama da espada fulgurante para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gn 3, 23-24). 
Apesar de toda a ingratidão por parte do homem em relação ao seu Criador, o Senhor jamais abandonou o homem.
     Mesmo tendo o homem, por sua livre e espontânea vontade, mergulhado no pecado, o Senhor continuou a acompanhá-lo através dos tempos e da história, sempre enviando ao povo homens justos e santos, profetas, que não deixavam o povo se esquecer de seu Deus, afastar-se do seu Senhor.
O Senhor sempre cuidou de seu povo, conforme Ele mesmo disse pela boca do profeta Isaías: “Mas, agora, diz Iahweh, aquele que te criou, ó Jacó, aquele que te modelou, ó Israel:  “Não temas porque eu te resgatei, chamei-te pelo nome, tu és meu. Quando passares pela água, estarei contigo quando passares  rios, eles não te submergirão. Quando andares pelo fogo, não te queimarás. A chama não te atingirá.  Com efeito, eu sou Iahweh, o teu Deus, o Santo de Israel, o teu  Salvador. Por teu resgate dei o Egito, Cuch e Sebá, dei-os em teu lugar. Pois que és precioso aos meus olhos, és honrado e eu te amo, entrego pessoas no teu lugar e povos pela tua vida.  Não temas porque eu estou contigo, do oriente trarei a tua raça, e do ocidente te congregarei.” (Is 43,1-5). 
Por meio de Isaías, Deus continua dando prova do seu grande amor para cada um de nós: “Porventura pode uma mulher esquecer-se do seu filho que gerou, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu jamais me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu gravei o teu nome”. (Is 49,15-16). 
Moisés, o libertador do povo israelita da escravidão do Egito, foi uma figura de vital importância para o povo do Senhor e que o Senhor havia escolhido entre todos os povos para ser exclusivamente seu, somente seu povo. Moisés livra o povo de Deus da escravidão imposta pelo Egito e o conduz através do deserto por quarenta anos; doutrinou e ensinou esse povo sobre as coisas de Deus e deixou claro , sem nenhuma sombra de dúvida, como o Senhor Deus amou e ama o seu povo. 
O Senhor sempre amou  e ama os homens; por isso quer que todos tenham vida em abundância: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10,10) e sejam plenamente felizes.  Moisés é o portador da mensagem do Senhor para os homens de boa vontade, (cf Lc 2,14), séculos antes do nascimento de  Jesus Cristo  e, no deserto, como mensageiro de Deus, diz ao povo israelita: “Portanto, ó Israel, ouve e cuida de por em prática o que será bom para ti e te multiplicará muito, conforme te disse Yahweh, Deus dos teus pais, ao entregar-te uma terra onde mana leite e mel. Ouve, ó Israel:  Yahweh nosso Deus é o único Yahweh. Portanto, amarás a Yahweh, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força.  Que estas palavras que hoje te ordeno estejam em teu coração.” (Dt 6,3-7).    
A primeira lei que o Senhor deseja colocar no coração do homem é a lei do amor e, em primeiríssimo lugar,  o amor ao seu Deus e Senhor: “Assim diz Iahweh, o rei de Israel, Iahweh dos exércitos, o seu Redentor: “Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus. quem é como eu?... (Is 44,6-7). 
No que diz respeito ao amor o Senhor Nosso Deus é um Deus ciumento e não perdoa quem ama alguém ou alguma coisa mais que ao próprio Senhor Deus e, por isso, Ele nos chama a atenção: ”Não te prostrarás diante desses deuses, e não o servirás porque eu, Iahweh teu Deus,  sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Ex 20,5-6). O Senhor exige respeito a tudo aquilo que diz respeito ao seu Santíssimo Nome: Não pronunciarás em vão o nome de Iahweh teu Deus, porque Iahweh não deixará impune aquele que pronunciar em vão o seu nome.”  (Ex 20,7), e, “Guardareis os meus mandamentos e os praticareis.  Eu sou Iahweh.  Não profanareis o meu santo nome, a fim de que eu seja santificado no meio dos filhos de Israel, eu, Iahweh, que vos santifico.”  (Lv 22,31-32). “...Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento...” (Lc 10,27).   
Esse mandamento de amor foi ensinado ao povo judeu enquanto caminhava no deserto à busca da terra prometida.

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