“EU SOU YAHWEH, O TEU DEUS, O SANTO DE ISRAEL, O TEU SALVADOR...”
Desde toda a
eternidade o Senhor Nosso Deus amou o homem. Amou-o tanto que fez o homem à
sua imagem e semelhança: “Deus disse: Façamos o homem à nossa
imagem e semelhança...” (Gn
1,26).
O Senhor criou o homem num estado de graça de extrema perfeição que, enquanto o homem permaneceu no paraíso para ele feito por Deus, vivia a
própria vida de Deus, a vida de
felicidade total.
Mas o homem não soube se manter nesse estado de vida.
Preferiu seguir as suas próprias idéias, caprichos, inclinações, os seus
próprios impulsos e cometeu o pecado da desobediência, da soberba, tentando ser
igual a Deus, o seu Criador, deixando-se iludir
pelo demônio que, segundo as Sagradas Escrituras, investido na figura de
uma serpente, o tentou, através de sua
companheira: “A serpente então disse à mulher: não, não morrereis! Mas Deus sabe que no dia em que dele (o
fruto) comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no
bem e no mal.” (Gn 3,4-5).
O capítulo terceiro do livro do Gênesis narra a
degradação e a expulsão do homem, como casal,
do paraíso, perdendo, com isso a participação da vida da graça, da
felicidade plena, a participação da vida divina: “E Yahweh Deus expulsou o homem do jardim do Éden para cultivar o solo
de onde fora tirado. Ele baniu o homem e
colocou, diante do jardim do Éden, os Querubins e a chama da espada fulgurante
para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gn 3, 23-24).
Apesar de toda a ingratidão por parte do homem em
relação ao seu Criador, o Senhor jamais abandonou o homem.
Mesmo tendo o homem,
por sua livre e espontânea vontade, mergulhado no pecado, o Senhor continuou a
acompanhá-lo através dos tempos e da história, sempre enviando ao povo homens
justos e santos, profetas, que não deixavam o povo se esquecer de seu Deus,
afastar-se do seu Senhor.
O Senhor sempre cuidou de seu povo, conforme Ele
mesmo disse pela boca do profeta Isaías: “Mas,
agora, diz Iahweh, aquele que te criou, ó Jacó, aquele que te modelou, ó
Israel: “Não temas porque eu te
resgatei, chamei-te pelo nome, tu és meu. Quando passares pela água, estarei
contigo quando passares rios, eles não
te submergirão. Quando andares pelo fogo, não te queimarás. A chama não te atingirá. Com efeito, eu sou Iahweh, o teu Deus, o
Santo de Israel, o teu Salvador. Por teu
resgate dei o Egito, Cuch e Sebá, dei-os em teu lugar. Pois que és precioso aos
meus olhos, és honrado e eu te amo, entrego pessoas no teu lugar e povos pela
tua vida. Não temas porque eu estou
contigo, do oriente trarei a tua raça, e do ocidente te congregarei.” (Is 43,1-5).
Por meio de Isaías, Deus
continua dando prova do seu grande amor para cada um de nós: “Porventura pode uma mulher esquecer-se do
seu filho que gerou, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas
ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu jamais me esquecerei de ti. Eis
que nas palmas das minhas mãos eu gravei o teu nome”. (Is 49,15-16).
Moisés,
o libertador do povo israelita da escravidão do Egito, foi uma figura de vital
importância para o povo do Senhor e que o Senhor havia escolhido entre todos os
povos para ser exclusivamente seu, somente seu povo. Moisés livra o povo de
Deus da escravidão imposta pelo Egito e o conduz através do deserto por
quarenta anos; doutrinou e ensinou esse povo sobre as coisas de Deus e deixou
claro , sem nenhuma sombra de dúvida, como o Senhor Deus amou e ama o seu povo.
O Senhor sempre amou e ama os homens;
por isso quer que todos tenham vida em abundância: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo 10,10)
e sejam plenamente felizes. Moisés é o
portador da mensagem do Senhor para os homens de boa vontade, (cf Lc 2,14),
séculos antes do nascimento de Jesus
Cristo e, no deserto, como mensageiro de
Deus, diz ao povo israelita: “Portanto, ó
Israel, ouve e cuida de por em prática o que será bom para ti e te multiplicará
muito, conforme te disse Yahweh, Deus dos teus pais, ao entregar-te uma terra
onde mana leite e mel. Ouve, ó Israel: Yahweh nosso Deus é o único Yahweh. Portanto, amarás a Yahweh, teu Deus,
de todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força. Que estas palavras que hoje te ordeno estejam
em teu coração.” (Dt 6,3-7).
A
primeira lei que o Senhor deseja colocar no coração do homem é a lei do amor e,
em primeiríssimo lugar, o amor ao seu
Deus e Senhor: “Assim diz Iahweh, o rei
de Israel, Iahweh dos exércitos, o seu Redentor: “Eu sou o primeiro e o último,
fora de mim não há Deus. quem é como eu?... (Is 44,6-7).
No que diz respeito ao amor o Senhor Nosso Deus é um
Deus ciumento e não perdoa quem ama alguém ou alguma coisa mais que ao próprio
Senhor Deus e, por isso, Ele nos chama a atenção: ”Não te prostrarás diante desses deuses, e não o servirás porque eu,
Iahweh teu Deus, sou um Deus ciumento,
que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração
dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração para
aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Ex 20,5-6). O Senhor exige respeito a tudo aquilo que diz
respeito ao seu Santíssimo Nome: “Não
pronunciarás em vão o nome de Iahweh teu Deus, porque Iahweh não deixará impune
aquele que pronunciar em vão o seu nome.” (Ex 20,7), e, “Guardareis os meus mandamentos e os praticareis. Eu sou Iahweh. Não profanareis o meu santo nome, a fim de
que eu seja santificado no meio dos filhos de Israel, eu, Iahweh, que vos
santifico.” (Lv 22,31-32). “...Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento...” (Lc 10,27).
Esse mandamento de amor foi ensinado ao povo
judeu enquanto caminhava no deserto à busca da terra prometida.
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