SANTO
AFONSO MARIA DE LIGÓRIO - 1696-1787
Fundou a
Congregação do Santíssimo Redentor, os Padres Redentoristas, que são os
responsáveis pela Basílica de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida
do Norte/SP.
Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado
de Marianela, em Nápoles, na Itália, filho de pais cristãos, ricos e nobres,
que, ao se depararem com sua inteligência privilegiada, deram-lhe todas as
condições e todo o suporte para tornar-se uma pessoa brilhante.
Enquanto seu
pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em
educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão
fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade,
doutorou-se em direito civil e eclesiástico.
Passou a advogar e atender no
fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito
intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a
todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os
pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas
porque era cristão.
Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem sucedido
advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto,
por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão
social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral.
A experiência do mundo e
a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse
acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.
O pai, a
princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos
de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os
estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726.
Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da
Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.
Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus,
evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do
conforto espiritual que passava a seus semelhantes.
Em suas pregações, Afonso
Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do
Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e
orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante
todo o seu apostolado.
Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: "Deus
me enviou para evangelizar os pobres". Para viver plenamente o seu lema,
em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres
Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de
população abandonada, sob a forma de missões e retiros.
Ele mesmo viajou por
quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria,
entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e
teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.
Em 1762,
obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda
dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite
degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu
convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta
de cento e vinte livros e tratados.
Entre os mais célebres estão:
"Teologia moral"; "Glórias de Maria", "Visitas ao SS.
Sacramento"; além do "Tratado sobre a oração". Depois de doze
anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e
um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália.
Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII
proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos
Teólogos de Teologia Moral em 1950.
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