SÃO
DOMINGOS DE GUSMÃO - 1170-1221
Fundou a Ordem
dos frades Predicadores ou Dominicanos "Irmãos Pregadores".
Domingos
nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela,
atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica:
seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d'Aza e seus irmãos, Antonio e Manes.
O
primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto
com a mãe, foi beatificado pela Igreja.
Nesse berço exemplar, o pequeno
Domingos trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi
escolhido para homenagear são Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de
Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade.
E, como conta a
tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro
filho seria um santo para a Igreja Católica. Domingos dedicou-se aos estudos,
tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado.
Em
Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de
seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno
"fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes.
Aos vinte e quatro
anos, sentindo o chamado, recebeu a ordenação sacerdotal. Foi enviado para a
diocese de Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi
convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos diplomáticos do seu
governo e também para representar a Santa Sé, em algumas de suas difíceis
missões.
Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos
albigenses, ou cátaros, surgida no sul da França. O papa Inocêncio III enviou-o
para lá, junto com Diego de Aceber, seu companheiro, a fim de combater os
católicos reencarnacionistas.
Mas, devido à morte repentina desse caro amigo,
Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E o fez com muita
eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira
Palavra de Deus. Em 1207, em
Santa Maria de Prouille,
Domingos fundou o primeiro mosteiro
da Ordem Segunda, das monjas, destinado às jovens que, devido à carestia,
estavam condenadas à vida do pecado. Os biógrafos narram que foi na igreja
desse convento que Nossa Senhora apareceu para Domingos e disse-lhe para
difundir a devoção do rosário, como princípio da conversão dos hereges e para a
salvação dos fiéis. Por isso os dominicanos são tidos como os guardiões do
rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos.
A santidade
de Domingos ganhava cada vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam
seguir o seu modelo de apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado
"Irmãos Pregadores", do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o
bem-aventurado Manes. Em 1215,
a partir dessa irmandade, Domingos decidiu fundar uma
Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida apostólica.
Ela foi apresentada ao papa Inocêncio III, que, no mesmo ano, durante o IV
Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação. No ano seguinte, seu
sucessor, o papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, dando-lhe o nome
de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos.
Eles passaram a ser
conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características
essenciais a ciência, a piedade e a pregação.
Em 1217, para atrair a juventude
acadêmica para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da Ordem
fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época
eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao
esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois
primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da "carta
magna" da Ordem.
No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um
anos de idade, ele morreu. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe
dedicava especial estima e amizade, em 1234.
São Domingos de Gusmão foi sepultado
na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro
Perpétuo e Defensor dessa cidade.
São comemorados também neste dia: Santo
Emiliano, Santo Altmann de Passau (bispo), São Ciríaco de Roma (diácono e
mártir), Santo Emiliano de Cizico (bispoe mártir), Santo Hormisdas da Pérsia
(mártir), São Marino de Anazarbo (mártir), São Miro.
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